Helô Sampaio
Eu sempre disse a vocês que eu acreditava que o Papai Noel existe. Agora, tive a prova, e prova real, palpável. Eu, e o Mundo inteiro vimos depois de mais de 50 anos: por interferência do meu Papinha Francisco, lindo e amado, caiu o embargo e isolamento americano a Cuba, a nossa amada ilha caribenha. Agora só falta o Obama e Raul Castro brindarem a esta reabertura com um delicioso ‘cuba libre’. Tintim! E que o progresso – e os cubanos – retornem à Ilha querida trazendo dignidade e conforto aos moradores.
Não, queridinhos, eu não conheço a Ilha, nem tenho qualquer relação com Raul ou Obama. Mas tenho conhecimento com Cuba, tenho a ilha em minha vida desde criança, quando comecei a ler e entender as noticias. Quando Fidel derrubou o governo do Fulgêncio Batista – até o nome era de ‘bicho papão’ para mim – eu passei a torcer por Cuba, mesmo sem entender nada de politica. Sabia que Fidel e Che eram heróis.
Veio um período difícil, no inicio dos anos 60, que houve até possibilidade de desencandear a Terceira Guerra Mundial. Passaram a perseguir os meus ídolos, Fidel e Che Guevara, guerrilheiros lindos que lutaram pela independência da ilha. Eu tinha foto do Che no quarto, andava com camisa com a cara dos barbudos, lia todas as matérias, guardava as fotos sobre os meus heróis. E os anos se passavam...
Che morreu e Fidel está aí. Ficou 50 anos no governo e passou, tempos atrás, a ‘herança’ para o irmão. É patrimônio da família? Estive depois com vários cubanos que me retrataram a vida na ilha. E falaram da falta de liberdade de opinião, das arbitrariedades que viveram com o ditador, que, por acaso, era o meu ídolo. Dei as fotos de presente aos amigos que ainda permaneceram ‘fidelizados’ e passei a torcer pela blogueira Yoani e a sua luta pela liberdade.
Ela viu agora a sua ilha reatar relações com o ‘monstro imperialista’, onde as pessoas fazem o que desejam pois tem liberdade plena e cidadania. ‘Brigadão’, Papai Noel, por não ter deixado o meu sonho acabar de todo. Continuo amando Cuba. Quero que a heroica ilha volte a ser um lugar atrativo para cubanos e turistas. Inda vou lá, não vou, Valter Xéo?
Não mudem para o lado de cá, nem me perguntem pelo nosso Brasilzinho, que eu fico a-pá-virada. Já imagino o quanto vamos ter que pagar de impostos, aumento de combustível, de água, luz, comida, etc. para pagar o rombo dos mensalões, “petrolões”, lavas jatos e outras roubalheiras. Mas nós, brasileiros, somos tão bonzinhos...
Vamos pagar tudo como cabritinhos bons que não berram. Nós merecemos. Perdemos aquela força que nos movia, que nos fez enfrentar, dar trabalho aos ditadores da terrinha, força e fé que não nos deixava acomodados. Foram 21 anos de lutas. Para quê? Para vermos esta sujeirada, esta desmoralização política e empresarial. “O petróleo não é meu, não é seu, não é de ninguém. O petróleo é nosso”, era o mantra de uma época de defesa da nossa estatal, hoje conspurcada, sendo fonte para todo tipo de roubalheira. Tenho vergonha de tanta safadeza!
Mas Papai Noel vai nos trazer um presente muito especial: vai nos presentear com um 2015 limpo, com trabalho, alimentação, segurança e educação para todos. Nós vamos reconstruir o nosso Brasil limpando a política, restaurando a dignidade, voltando a ter orgulhos de sermos brasileiros. Botem fé. E brindemos ao novo tempo que, com as bênçãos de Deus, virá para o nosso povo. Tintim!
E vamos preparar esta receita do restaurante espanhol Don Curro, em São Paulo, que também a chama de Torta de Santiago, em homenagem ao apóstolo São Tiago, que hoje é celebrado pela peregrinação pelo Caminho de Santiago de Compostela. Já eu prepararei a torta em homenagem ao meu apóstolo amado, lindo, por quem estou apaixonada e me fez voltar a acreditar nos homens: o Papa Francisco. Vamos nessa!
Torta do Apóstolo
Ingredientes
-- 4 ovos
-- 6 colheres (sopa) de açúcar
-- Raspa de dois limões
-- 2 colheres (chá) de canela em pó
-- 500g de amêndoas sem pele moídas no processador ou liquidificador
-- Manteiga para untar e farinha de trigo para polvilhar a forma
-- Açúcar de confeiteiro para polvilhar
Modo de preparar
-- Quebrar os ovos e bater com uma colher. Juntar o açúcar, incorporar as raspas dos limões e a canela em pó e misturar bem, até obter uma mistura homogênea
-- Acrescentar as amêndoas, reservando 50g para polvilhar sobre a massa antes de leva-la ao forno. Continuar misturando a massa até ficar uniforme
-- Untar com manteiga e polvilhar com farinha uma forma de fundo solto; colocar a massa na forma, polvilhar com as amêndoas reservadas sobre a massa, tampar a forma e levar a torta ao forno em temperatura baixa (150ºC), por cerca de 45 minutos
-- Desenformar a torta depois de fria e, no momento de servir, depositar sobre ela um molde da cruz da Ordem dos Cavaleiros de Santiago. Finalizar polvilhando o açúcar de confeiteiro (o Don Curro faz o desenho com açúcar pulverizado). Servir a torta de imediato, com todo sabor e fé que virá um ano pródigo, com saúde e dignidade para todo o povo brasileiro.
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