quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

FREIA – FREYA

Mitologia nórdica

A deusa nórdica da sensualidade, fertilidade e do amor

 Uma das deusas mais antigas na mitologia nórdica e germânica, da qual se preservaram numerosos relatos que a descrevem, devido ao fato de que as fontes mais bem documentadas desta tradição religiosa foram transmitidas ou alteradas por historiadores cristãos medievais e em muitos casos escritas mais de um século e meio mais tarde.



Frey, Freya, (Freia) derivam de palavras germânicas cujo o significado são senhor e senhora (em nórdico antigoFreyja, também grafado Freya, FrejaFreyia, e Frøya) é a deusa mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica.
Filha de Njord um mítico rei da suécia e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa da sexualidade, da sensualidade, da fertilidade, do amor , da beleza, da atração, da luxúria, ouro , guerra e morte, da música e das flores.

 

Völuspá é o primeiro e um dos principais poemas da edda  poética
No poema Völva nos dá muita informação sobre os eventos futuros e passados ao deus Odin, Freia (Freya) é citada brevemente no poema, sendo mencionada quando os deuses se reúnem para romper o acordo com o construtor das muralhas de Asgard. A deusa é citada ainda nesta composição como a noiva de Óôr.
É também a deusa da magia, da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro), da sabedoria e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
As eddas mencionam que recebiam metade das almas mortas em combate em seu palácio chamado Fólkvang, enquanto que Odin recebia a outra metade em Valhalla.
A origem do Seid e seu aprendizado pelos ases (Aesir) se atribuía a Freia.
De carácter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra, chamado Brisingamen.

Freja por John Bauer

Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freia e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os Aesir (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra.

Heimdall retornando com o colar de Freia

Usava o colar de Brisingamen, Supostamente feito de ouro, o colar representava o Sol e o ciclo do dia e noite, de acordo com as notas de Saxo grammaticus o colar estava entre os objetos dados aos deus por Alberich. Em uma parte do poema húsdrápa, no Skáldskaparmál. é  relatado o roubo do colar por parte de Loki, colar este que era considerado um tesouro de grande valor e beleza, quando freia deu-se conta, do desaparecimento de seu colar solicitou a ajuda de Heimdall.


Depois de uma longa batalha, Heimdall vence a loki, retornando vencedor e devolvendo o colar a deusa. É um relato importante já que marca um o ódio mutuo que ao futuro, os destinará a combater-se e derrotar um ao outro no final do Ragnarok.
Este mito supracitado, se dá no mar e talvez esteja relacionado com a origem de um dos nomes de freia (Freia, Freja, Froya, etc.) neste caso "Mardoll" o "brilho do mar" sendo o brilho aqui o do colar roubado por Loki.(Brisingamen) já que "brisinga" que significa brilhante, cintilante, flamejante.


No próprio nome de Heimdall, a palavra dallr (luz) e é o masculino de döll e "heim" terra. Esta é talvez uma das histórias que se perderam na busca de freia por seu esposo
Freia frequentemente conduzia um carro de guerra, puxado por um par de Linces.
No Gilfaginning há relatos que conduziu este carro até o funeral de Balder
Os Felinos são sagrados para a freia, assim como os corvos e os lobos para Odin.
Freia compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Folkvang.

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