Município baiano
Brotas é um município do estado da Bahia, na
microrregião da Chapada Diamantina, a 580 km da capital.
Em 1751 Manoel de Saldanha da Gama e sua mulher
Joana da Silva Guedes de Brito, herdeira desses sertões – doaram ao capitão-mor
Romão Gramacho Falcão os terrenos intermediários aos rios Paramirim e Jacaré
(APEB, SJ/15/91, f. 27 v), que envolvem, atualmente, vários municípios, desde
Brotas de Macaúbas a Irecê.
Depois com a doação das terras da Chapada
Diamantina, Romão Gramacho começa o povoamento da região sempre em busca de
ouro e diamantes. Em 1755 ergue a igreja de São Miguel das Figuras
padroeiro dos garimpeiros em Ibipetum. Funda os
povoados de Oliveira dos Brejinhos e Caiam Bola que posteriormente ficou
conhecido como Brotas de Macaúbas. Foi ali que em 1792 Romão Gramacho descobre
os primeiros diamantes da província da Bahia. Essa região ficaria conhecida
como Chapada Velha.
Por várias vezes, Brotas já figurou no cenário
político nacional. Primeiro, quando das contendas entre o Coronel Militão Rodrigues Coelho e Horácio de Matos na segunda década do século passado, disputas
que envolveram cidades como Brotas, Barra do Mendes e
Campestre (atual Seabra), entre
outras, e, ainda mais recentemente, nos
anos da ditadura militar, quando foi assassinado no povoado de
Pintada, o capitão desertor Carlos Lamarca.
Carlos Lamarca,
morto
O filho mais ilustre da cidade é o acadêmico e
geógrafo Milton Santos, conhecido internacionalmente.
Nascida nas
terras desbravadas pelo sertanista Romão Gramacho, na segunda metade do século
XVIII, há registros de que foi nesta região onde se encontraram os primeiros
diamantes na então província da Bahia. Pode-se afirmar que o município deve sua
origem ao aparecimento de jazidas carboníferas e auríferas em seu solo, quando
das primeiras penetrações, em 1792, pelo português Romão Gramado, o qual
denominou esse novo eldorado Caiam-bola (Esse nome foi
originário da Carambola, fruta que era abundante na época), os primeiros
habitantes eram garimpeiros e
pessoas que trabalhavam na extração e comercialização de diamantes.
Pela Lei
Provincial nº 256, de 17 de março de 1847, o povoado
foi elevado à freguesia com o nome de Macaúbas,
originário do fruto da macaba e tendo como padroeira Nossa Senhora das
Brotas.
Em 1878,
por Lei Provincial nº 1817, de 16 de julho de 1878, seu
território foi desmembrado de Macaúbas e denominado Vila Agrícola de
Nossa Senhora de Brotas, com Sede na vila de Brotas de Macaúbas. Instalada
em 20 de
junho de 1882.
Teve o nome
alterado para Brotas pelos decretos leis estaduais nºs 7455, de 23 de junho de 1931 e
7479, de 09 de
julho de 1931.
A data da
emancipação política do município de Brotas é fixada em 30 de março de 1938 e
se baseia no decreto Lei no 10.724, assinado em 1938, pelo então interventor
estadual Landulpho Alves de Almeida.
O nome
Brotas de Macaúbas foi restaurado pelo decreto-lei estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943,
confirmado pelo decreto estadual nº 12978, de 01 de junho de 1944.
Brotas teve
seu território desmembrado para formar os Municípios de Oliveira dos Brejinhos,
em 1933, Barra do
Mendes e Ipupiara, em1958 e
Morporá, em 1962.
O
significado do atual topônimo foi a adoção do nome da padroeira (nossa Senhora
das Brotas), acrescido de Macaúbas (vocábulo tupi que significa o fruto de
macaba), os nativos de Brotas de Macaúbas são chamados brotenses.
A economia
de Brotas, outrora próspera pela extração de diamante, ouro e
turmalina, assim como pela criação de gado, passou
por várias crises. Merece destaque a agricultura na década de 1950, com uma
safra recorde de fumo na
localidade de Lagoa de Dentro. Agricultura e a pecuária hoje
são exploradas na região apenas para subsistência. Digna de nota é a extração de cristais de quartzo, atividade muito difundida nas décadas de 1970 e
1980.
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