A República Popular da China é o país mais populoso do mundo e um dos
maiores produtores e consumidores de produtos agrícolas. De acordo
com o Programa Mundial para Alimentação das Nações Unidas, em 2003, a
China tem quase 20% da população terrestre, mas tem somente 7% das terras aráveis disponíveis
mundialmente. A China é a maior produtora de produtos
agrícolas do mundo, e como resultado de fatores climáticos e topográficos, apenas 10
a 15% do território chinês é adequado para o cultivo. Disto, pouco mais da metade não está
irrigada, e o restante está grosseiramente dividido entre arrozais e áreas irrigadas. Todavia,
cerca de 60% da população vive em áreas rurais, e até a década de 1980, a
maioria destes vivia diretamente da agricultura. Desde então, muitos têm sido
encorajados a deixar a agricultura para procurar outras atividades, tais como
a manufaturação
leve, o comércio e
o transporte. Em meados
da década de 1980, a produção agrícola representava menos da metade de toda a
produção agropecuário. Atualmente, a agricultura colabora com menos de 13% do
PIB chinês.
A qualidade do solo varia.
Problemas ambientais, tais como enchentes, estiagens e erosão são
sérias ameaças em várias partes do país. A grande destruição das florestas deu
lugar a um energético programa de reflorestamento, que se
provou ser inadequado, e os recursos florestais são ainda razoavelmente
limitados. As principais florestas são encontradas nas Montanhas Qinling, nas
montanhas centrais e no planalto de Sichuan-Yunnan. Devido a sua inacessibilidade, as florestas de Qiling não são
exploradas extensivamente, e boa parte dos recursos madeireiros do país vem
de Heilongjiang, Jilin, Sichuan e
de Yunnan.
Cerca de 45% da
força de trabalho da China está empregada na agricultura. Há cerca de 300
milhões de trabalhadores do campo - a maioria trabalha em pequenos minifúndios.
Todas as terras aráveis são usadas virtualmente para as plantações de
alimentos. A China é a maior produtora de arroz e
está entre os maiores produtores de trigo, milho, tabaco, soja, amendoim, algodão, batata, sorgo, chá, milhete, cevada, óleo vegetal, carne suína e peixe. Grandes
plantações de produtos não-alimentícios, tais como o algodão, e outras fibras,
e o óleo vegetal, abastecem a China juntamente com reservas do
comércio internacional. Produtos agrícolas, tais como vegetais, frutas e grãos
e seus derivados, além de peixes e frutos do mar, e carnes e seus derivados,
são exportados para Hong Kong. A
produção é rentável por causa do cultivo intensivo de suas terras aráveis. Por exemplo, as áreas
aráveis chinesas são 25% menor do que as áreas aráveis dos Estados Unidos, mas produzem 30% de produtos agrícolas a mais do
que todo o Estados Unidos. A China espera aumentar ainda mais a sua produção
agrícola por meio de maiores estoques, de fertilizantes e de
tecnologia.
Embora os lucros na
agricultura tenham continuado a crescer nas duas últimas décadas, o crescimento agrícola tem crescido a um
ritmo menor do que o crescimento do número de pessoas que vivem na cidade,
levando a uma maior diferença no nível de riqueza entre as áreas urbanas e o
interior. As políticas governamentais que têm enfatizado a autossuficiência
de grãos e o fato dos fazendeiros não possuírem suas terras - não podem comprar
ou vender - contribuíram para esta situação. Além disso, a infraestrutura
inadequada dos portos, a falta de um sistema de armazenagem e a sua
infraestrutura estagnada impedem o comércio nacional e internacional pleno.
A China Ocidental, que
compreende o Tibete, Xinjiang e Qinghai, tem pouca
participação na agropecuária, exceto na floricultura e
na pecuária. O arroz,
o principal produto agrícola da China, é dominante nas províncias do Sul da
China, muitas das quais têm duas colheitas ao
ano. No norte, o trigo é de suma importância, enquanto que na China Central, o trigo e
arroz são os principais produtos agrícolas. Milhete e kaoliang (uma
variedade de sorgo) são
cultivados principalmente no nordeste do país e em algumas províncias centrais,
que juntamente com algumas áreas do Norte da China, também provêm quantidades
consideráveis de cevada. A maior
parte das plantações de soja estão
concentradas no norte e no nordeste chinês. O milho é plantado no norte e na
região central, enquanto que as plantações de várias variedades de chá estão
nas áreas montanhosas do Sudeste da China. A maior parte das plantações de
algodão estão na região central da China, mas também é encontrado nas regiões
sudeste e norte do país. O tabaco vem
da região central e do sul da China. Outros importantes produtos agrícolas
chineses são batatas, beterraba para
a produção de açúcar, e óleo vegetal.
Há ainda escassez
da agricultura mecanizada, especialmente de máquinas agrícolas avançadas. A
maior parte dos camponeses e dos fazendeiros ainda é dependente de implementos
agrícolas não-mecanizados. Tem-se feito um bom processo no aumento da conservação da água, e cerca
de metade das áreas cultivadas são irrigadas artificialmente.
A pecuária constitui
o segundo mais importante produto agropecuário da China.
A China é a maior produtora de carne suína, de frangos e de ovos do
mundo. O país também tem criações consideráveis de carneiros e de gado. Desde
a metade da década de 1970, o governo chinês tem dado ênfase no aumento da
produção de gado. A China
tem uma longa tradição na pesca de peixes de água salgada e doce, além
da piscicultura. Tanques para
a criação de peixes sempre foram importantes para a economia, e a sua utilização
está sendo incentivada para fornecer peixes para peixarias de
regiões costeiras e do interior, que estão sendo ameaçadas
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