Allocution du président de la
République à la suite de l'attentat au siège de Charlie Hebdo
Tradução livre de Luiz
Carlos Facó
Meus queridos compatriotas,
Hoje, a França foi atacada em seu coração,
Paris, no mesmo local de um dos nossos jornais. O tiroteio de extrema violência
matou 12 pessoas e fez vários feridos. Talentosos desenhistas e colunistas
corajosos foram mortos. Eles estavam marcados por suas marcantes e influentes
personalidades, pela insolência que guardaram de gerações e gerações que
lutaram pela independência francesa. Aqui, quero dizer-lhes esta mensagem de
liberdade: nós continuaremos a defendê-la em nome de todos eles e de toda a
nação.
Este ataque covarde também matou dois
policiais, aqueles que foram encarregados de proteger o CHARLIE HEBDO, jornal
sempre ameaçado por anos de obscurantismo e que sempre defendeu a plena
liberdade de expressão.
Estes homens morreram em nome do ideal
de uma França de liberdade. Quero apresentar
aqui, em nome de todos os nossos cidadãos, nossos agradecimentos e gratidão pelo
sacrifício a que se submeteram para manter de pé suas convicções e os ideais
desta República.
Estes sacrificados são nossos heróis,
hoje e amanhã serão dias de luto nacional. Eu decretei isto. Haverá um momento
de recolhimento em todos os serviços públicos, e convido toda a população a se
juntar para homenageá-los. As Bandeiras ficarão a meia haste, por três dias.
François Hollande – Presidente da
França
Hoje, toda a República foi agredida. A
República, repousa na liberdade de expressão. A República, é cultura, é
criação, pluralismo, é democracia. Foram essas conquistas que os assassinos
tentaram abortar. Além do ideal de Justiça e paz que a França defende em suas
relações internacionais. Assim como o da tolerância, através de nossos soldados
em luta contra o terrorismo e o fundamentalismo.
A França tem recebido mensagens de
solidariedade e fraternidade do mundo inteiro e, para honrá-las, temos de tomar
todas as medidas que se imponham. Encontramo-nos, a essa altura procurando os
autores do crime, dessa infâmia, e, certifiquem-se, serão presos e sofrerão
exemplar castigo. Hoje, a investigação avança sob a autoridade da justiça.
Precisamos também proteger todos os
locais públicos e o governo implantou o chamado plano Vigipirate, isso implica
em mais segurança, assegurada pelas nossas forças de defesa que têm o dever de
garantir, onde houver ameaças ou distúrbios.
Finalmente, devemos nos conscientizar
de que nossa melhor arma é a nossa unidade, a unidade de todos os cidadãos
perante tamanho teste de sofrimento. Nada de nos separarmos, nada de nos opormos.
Amanhã, eu, assim como os presidentes das duas assembleias, e as forças
políticas representadas no Parlamento, mostraremos a nossa determinação comum.
A França é grande quando é capaz, em
uma emergência, de chegar ao seu melhor nível de determinação, estágio que
sempre a conduziu superar provações ou
provocações. Liberdade será sempre mais forte do que a barbárie. A França
sempre derrotou seus inimigos através dos seus valores. Este é o meu convite
para todos os franceses, acolha-o e não descuidem atendê-lo. O encontro de
todos, em todas as suas formas, pensamento, ação, será a nossa resposta.
Vamos enfrentar essa provação. Vamos
ganhar, porque temos toda a capacidade de acreditar no nosso destino, nada e
ninguém nos fará dobrar a determinação que é a nossa marca.
Viva a República e viva a França!
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