MÚSICA: Memórias
O virtuose do piano
apareceu em inúmeros filmes hollywoodianos e foi considerado o mago dos
teclados. Foi ídolo entre 1960 e 1980
Wladziu Valentino
Liberace, (West Allis, 16 de maio de 1919 — Palm
Springs, 4 de fevereiro de 1987) foi um
popular pianista e showman
estadunidense.
Liberace nasceu numa
família de músicos. Seu pai, o italiano Salvatore Liberace, tocava trompa na Orquestra
Filarmônica de Milwaukee. Sua mãe, a polaco-americana Frances Zuchowski,
tocava piano. Seu irmão George era violinista. Desde muito cedo o menino
demonstrou uma aptidão excepcional pelo piano. Quando tinha sete anos, tocou
para Paderewski, que, impressionado com
a precocidade do rapaz, ajudou-o a entrar como bolsista no Colégio de Música de Wisconsin. Os estudos do jovem estenderam-se por dezessete
anos. Com apenas onze anos, ele foi solista num concerto com orquestra e,
durante sua adolescência, apareceu tocando com importantes orquestras.
Parecia que Liberace
iria tornar-se um pianista clássico; porém, ao apresentar um recital, escolheu
tocar como encore não uma obra de um compositor erudito, mas sim um
arranjo virtuosístico de uma música popular. Nascia assim o showman Liberace. Um pianista
extraordinariamente treinado sob o ponto de vista da escola tradicional do
piano, mas que ousou fazer o inusitado, usar toda a sua arte não apenas num
repertório clássico, mas também na música popular. Além de tocar, ele cantava e
dançava. Posteriormente Liberace jamais executaria qualquer canção sem um
arranjo pessoal e inimitável. Sua
inesgotável capacidade pianística levou-o a ser chamado de o "Liszt de Las Vegas".
A partir de 1953,
apresenta um programa semanal na televisão em rede nacional. Nesta década,
Liberace processa alguns jornais que publicaram matérias alegando sua suposta
homossexualidade. Seu vestuário era ao mesmo tempo luxuoso e espalhafatoso. Uma
exposição de alguns dos valiosos bens pertencentes à Liberace é realizada em Hollywood, na Califórnia em 1966. Liberace era um notório colecionador,
principalmente de mobiliário antigo, pianos antigos e carros de luxo. Entre os muitos pianos que chegou a
possuir, havia um que pertencera a Chopin e outro que pertencera a George Gershwin.
Em 1973, Liberace
publica sua autobiografia. Em Las Vegas, é inaugurado, em 1979, o Museu Liberace, uma
oportunidade para seus admiradores verem seus pianos, carros, e outros objetos.
No auge de sua carreira, Liberace chegou
a ganhar cerca de cinco milhões de dólares anualmente, tendo construído cinco
luxuosas mansões. Nunca antes, na história da música, um instrumentista
havia ganhado tanto dinheiro.
Em 1980, a morte de sua
mãe deixa-o profundamente abalado. Seu irmão George morre de leucemia em 1983. Sua última aparição pública foi em novembro
de 1986, no Radio City Music Hall, em Nova Iorque. Três meses depois, morreria aos 67 anos por
complicações causadas pelo vírus da AIDS, em sua residência de Palm Springs, na
Califórnia. Seus restos mortais jazem,
juntamente com os de sua mãe e seu irmão, em um túmulo encimado por uma bela
estátua, no Cemitério Forest Lawn, em Hollywood, Los Angeles.
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