terça-feira, 31 de março de 2015

FERDINAND VICTOR EUGÈNE DELACROIX OU SIMPLESMENTE EUGÈNE DELACROIX

Arte pictórica


O artista que sempre soube que “nem sempre a pintura precisa de um tema”



Ferdinand Victor Eugène Delacroix (Saint-Maurice, 26 de abril de 1798 — Paris, 13 de agosto de 1863) foi um importante pintor (artista) francês do Romantismo.




Delacroix é considerado o mais importante representante do romantismo francês. Na sua obra convergem a voluptuosidade de Rubens, o refinamento de Veronese, a expressividade cromática de William Turner e o sentimento patético de seu grande amigo Géricault. O pintor, que como poucos soube sublimar os sentimentos por meio da cor, escreveu: ”…nem sempre a pintura precisa de um tema". E isso seria de vital importância para a pintura das primeiras vanguardas.



Delacroix nasceu em Saint-Maurice, numa família de grande prestigio social, e seu pai virou ministro da república. Acreditava-se que seu pai natural teria sido na realidade o príncipe Talleyrand, seu mecenas. O fato é que Delacroix teve uma educação esmerada, que o transformou num erudito precoce: frequentou grandes colégios de Paris, teve aulas de música no Conservatório e de pintura na Escola de Belas-Artes. Também aprendeu aquarela com o professor Soulier e trabalhou no ateliê do pintor Pierre-Narcisse Guérin, onde conheceu Géricault. Visitava quase todos os dias o Louvre, para estudar as obras de Rafael Sanzio e Rubens.


Seu primeiro quadro foi A Barca de Dante — a obra deste escritor italiano foi um dos temas preferidos do romantismo. A tela lembra A Barca da Medusa, de Géricault, para quem o pintor havia posado.


Algumas pessoas viram no artista um grande talento como o de Rubens e o as semelhanças de Michelangelo. Não tão apreciados da mesma maneira: O Massacre de Quios (1822), Jovem Órfã no cemitério (1824), A Morte de Sardanápalo (1827) e A Tomada de Constantinopla pelos Cruzados (1840), baseadas em temas exóticos e históricos, de composições bem mais caóticas e de uma dramaticidade e simbolismo cromático incompreensíveis para a Academia.


Delacroix se interessou também pelos temas políticos do momento. Sentindo-se um pouco culpado pela sua pouca participação nos acontecimentos do país, pintou A Liberdade Guiando o Povo (1830), um quadro que o estado adquiriu e que foi exibido poucas vezes, por ter sido considerado excessivamente panfletário. O certo é que a bandeira francesa tremulando nas mãos de uma liberdade resoluta e destemida, prestes a saltar da tela, impressionou um número grande de espectadores.


Em 1833, Delacroix foi contratado para decorar prédios públicos em Paris, tais como o palácio do rei, o palácio Bourbon em Paris, o Palácio de Luxemburgo e a biblioteca


de Saint-Sulpice, também situada em Palais du Luxembourg . Nos seus últimos anos preferiu a solidão de seu ateliê.


Encontra-se sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, Paris na França.

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