sexta-feira, 20 de março de 2015

MATRIARCA

 

Matriarca foi um termo cunhado no século XIX no âmbito dos estudos antropológicos, para indicar uma figura da mulher e mãe que assume uma posição dominante num determinado grupo social. Nas sociedades modernas, as matriarcas são geralmente mulheres já avós que, num modelo familiar alargado, tem um papel predominantemente e por vezes despótico com relação a outros membros da família.


Na biologia, nomeadamente no caso dos cavalos, a matriarca é uma égua normalmente de mais idade que possui posição superior a outras éguas, em geral todas aparentadas e seus potros.



Sobre alguns felinos, mais especificadamente 'Gatos', "Matriarca" é a felina (ex: A gata) que apresenta 3 cores na coloração dos pelos corporais.. Para os felinos, só é possível apresentar as "3 cores do Matriarcado" caso sejam fêmeas (Gatos machos que apresentam as 3 cores são na quase totalidade dos casos, inférteis/geneticamente incapazes de reproduzirem-se).. As "Três cores do Matriarcado" são o Preto, o Branco e o Marrom/Laranja/Avermelhado/Amarelado. Gatos que possuem as 3 cores são invariavelmente fêmeas ou machos-inférteis).

 “Ter sido a de uma mulher, de uma mãe, a mais antiga estátua até então encontrada na Europa, quiçá no mundo todo, só fez por reforçar as teorias antropológicas do século XIX, que apontavam para a existência do matriarcado, como a mais remota forma de organização social conhecida. O mais singular defensor dessa teoria, a Teoria do Matriarcado, foi o antropólogo suíço J.J Banhofen, um admirador de Darwin. Desde que as ideias do grande naturalista tomaram corpo, com a difusão da Origem das Espécies, publicada por Charles Darwin em 1859, trataram todos de alinhar na história, na religião, na sociologia e na economia numa classificação evolucionista. Como consequência disso, pensavam que tudo partia de formações mais toscas e simples para as mais avançadas e complexas, e, claro, mais civilizadas.

 Uma deusa grega, exaltação da beleza feminina


J.J. Banhofen (Mito, Religião e Direito Materno, 1861), aplicou tal linha progressiva na antropologia. Para ele, as sociedades humanas em seus primórdios eram seguramente sociedade matriarcais. As mulheres, assegurou, dominavam o mundo de então. E a razão disso era muito simples, devido à inerente promiscuidade sexual, que se supunha dominar o comportamento das comunidades primitivas, onde imperava um acasalamento circunstancial, imediato, sem regras ou compromissos estabelecidos, as mulheres, que tinham inúmeros parceiros, eram as únicas a poderem determinar com certeza de quem eram os filhos. Nesse sistema, os homens eram apenas machos reprodutores que não mantinham nenhum vínculo afetivo ou responsável com os recém-nascidos. Para esses só existia a mãe. Ela era o centro e a razão do seu viver.


Segundo Banhofen, que recorreu largamente à literatura clássica, isso explicava não só existência e a persistência dos ofícios, dos louvares e da exaltação às deusas-mães existentes em todas as sociedades, como também à estrutura jurídica derivar da ideia da existência de um Mutterrechts, um Direito Materno, ao redor do qual tudo o mais se estruturou. A evolução da situação, de semipromiscuidade para uma posterior família monogâmica, ocorreu devido à vitória dos deuses masculinos que, progressivamente, foram deslocando os mitos e as celebrações das deusas-mães”.

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