Matriarca foi um termo cunhado no século
XIX no âmbito dos estudos antropológicos, para indicar uma
figura da mulher e mãe que assume uma posição dominante num determinado grupo social. Nas sociedades modernas, as matriarcas são geralmente mulheres já
avós que, num modelo familiar alargado, tem um papel predominantemente e por
vezes despótico com relação a outros membros da família.
Na biologia, nomeadamente no caso dos cavalos,
a matriarca é uma égua normalmente de mais idade que possui
posição superior a outras éguas, em geral todas aparentadas e seus potros.
Sobre alguns felinos, mais
especificadamente 'Gatos', "Matriarca" é a felina (ex: A gata) que
apresenta 3 cores na coloração dos pelos corporais.. Para os felinos, só é
possível apresentar as "3 cores do Matriarcado" caso sejam fêmeas
(Gatos machos que apresentam as 3 cores são na quase totalidade dos casos,
inférteis/geneticamente incapazes de reproduzirem-se).. As "Três cores do
Matriarcado" são o Preto, o Branco e o
Marrom/Laranja/Avermelhado/Amarelado. Gatos
que possuem as 3 cores são invariavelmente fêmeas ou machos-inférteis).
“Ter sido a de uma mulher, de uma mãe, a mais
antiga estátua até então encontrada na Europa, quiçá no mundo todo, só fez por
reforçar as teorias antropológicas do século XIX, que apontavam para a
existência do matriarcado, como a mais remota forma de organização social
conhecida. O mais singular defensor dessa teoria, a Teoria do Matriarcado, foi
o antropólogo suíço J.J Banhofen, um admirador de Darwin. Desde que as ideias
do grande naturalista tomaram corpo, com a difusão da Origem das
Espécies, publicada por Charles Darwin em 1859, trataram todos de alinhar
na história, na religião, na sociologia e na economia numa classificação
evolucionista. Como consequência disso, pensavam que tudo partia de formações
mais toscas e simples para as mais avançadas e complexas, e, claro, mais
civilizadas.
Uma deusa grega, exaltação da beleza feminina
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J.J. Banhofen (Mito,
Religião e Direito Materno, 1861), aplicou tal linha progressiva na
antropologia. Para ele, as sociedades humanas em seus primórdios eram
seguramente sociedade matriarcais. As mulheres, assegurou, dominavam o mundo de
então. E a razão disso era muito simples, devido à inerente promiscuidade
sexual, que se supunha dominar o comportamento das comunidades primitivas, onde
imperava um acasalamento circunstancial, imediato, sem regras ou compromissos
estabelecidos, as mulheres, que tinham inúmeros parceiros, eram as únicas a
poderem determinar com certeza de quem eram os filhos. Nesse sistema, os homens
eram apenas machos reprodutores que não mantinham nenhum vínculo afetivo ou
responsável com os recém-nascidos. Para esses só existia a mãe. Ela era o
centro e a razão do seu viver.
Segundo Banhofen,
que recorreu largamente à literatura clássica, isso explicava não só existência
e a persistência dos ofícios, dos louvares e da exaltação às deusas-mães
existentes em todas as sociedades, como também à estrutura jurídica derivar da
ideia da existência de um Mutterrechts, um Direito Materno, ao redor do
qual tudo o mais se estruturou. A evolução da situação, de semipromiscuidade
para uma posterior família monogâmica, ocorreu devido à vitória dos deuses
masculinos que, progressivamente, foram deslocando os mitos e as celebrações
das deusas-mães”.
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