Brasil
A “cidade verde”
Cuiabá município do estado de Mato
Grosso. Fundada em 1719 por Paschoal
Moreira Cabral e descoberta por Miguel Sutil, ambos bandeirantes
nascidos na cidade de Sorocaba-SP
ficou praticamente estagnada desde o fim das jazidas de ouro até
o início do século XX. Desde então, apresentou um crescimento populacional
acima da média nacional, atingindo seu auge nas décadas de 1970 e1980. Nos últimos 15 anos, o
crescimento diminuiu, acompanhando a queda que ocorreu na maior parte do país.
Hoje, além das funções político-administrativas, é o principal polo industrial,
comercial e de serviços do estado. É conhecida
como "cidade verde", por causa da grande arborização. Situa-se na margem
esquerda do rio de mesmo
nome.
A cidade foi umas das 12 sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014, representando
o Pantanal (a cidade se situa a cerca de 100
quilômetros da região pantaneira).
Já o Estado de Mato Grosso alcançou um superavit de 3,5 bilhões de dólares estadunidenses no primeiro quadrimestre de 2012,
valor 32 por cento superior ao registrado no mesmo período do ano anterior,
quando chegou a 2,65 bilhões de dólares estadunidenses. Os valores acumulados
com as exportações até abril foram de 3,93 bilhões de dólares estadunidenses,
num incremento de 26,8 por cento sobre o montante de 3,1 bilhões obtido entre
janeiro e abril de 2011. O saldo comercial no período foi favorecido pela
redução de 5,3 por cento nas importações, que caíram de 450,224 milhões de
dólares estadunidenses no acumulado dos 4 primeiros meses de 2011 para 426,379
em 2012. Dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior demonstram que o saldo da balança comercial mato-grossense foi o quarto maior do
país, superado apenas por Minas
Gerais (6,650 bilhões de dólares
estadunidenses),Rio de Janeiro (4,980
bilhões de dólares estadunidenses) e Pará (3,858 bilhões de dólares
estadunidenses).
Há várias versões para a origem do nome
"Cuiabá":
Uma delas diz que o nome tem origem na palavra bororo ikuiapá,
que significa "lugar da ikuia" (ikuia: flecha-arpão, flecha
para pescar, feita de uma espécie de canabrava; pá: lugar). O nome
designa uma localidade onde os bororos costumavam caçar e pescar com essa
flecha, o córrego da Prainha, afluente da esquerda do rio Cuiabá.
Outra explicação possível é a de que Cuiabá seria
uma aglutinação de kyyaverá (que em guarani significa
"rio da lontra brilhante") em cuyaverá, depois cuiavá e
finalmente cuiabá.
Uma terceira hipótese diz que a origem da palavra está no fato de
existirem árvores produtoras de cuia à beira do rio, e que
"Cuiabá" seria "rio criador de vasilha" (cuia:
vasilha e abá: criador). Martius traduz o vocábulo como
"fabricante ou fazedor de cuias". Teodoro Sampaio interpreta,
seguindo a origem tupi, como "homem da farinha", o farinheiro.
De cuy: farinha e abá: homem.
O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro propõe que o nome
vem do termo tupi kuîaba, que designa uma variedade de cuia.
O nome pode se referir, também, aos índios bororos, que também são
conhecidos como "cuiabá".
A economia de
Cuiabá, hoje, está concentrada no comércio e na indústria. No
comércio, a representatividade é varejista, constituída por casas de gêneros
alimentícios, vestuário, eletrodomésticos, de objetos e artigos diversos. O
setor industrial é representado, basicamente, pela agroindústria. Muitas
indústrias, principalmente aquelas que devem ser mantidas longe das áreas
populosas, estão instaladas no Distrito Industrial de Cuiabá, criado em 1978.
Na agricultura, cultivam-se lavouras de subsistência e hortifrutigranjeiros.
O município, com um produto interno
bruto de 12,4 bilhões de reais em 2011, de acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, respondeu por 17,4% do total
do produto interno bruto estadual, ocupando a primeira posição no ranking mas
ainda estando a baixo de Campo Grande e Goiânia . Contudo, possui um PIB per capita de R$23.690,82, correspondendo como a 10°
maior entre as capitais do país e a melhor entre as capitais do Centro-Oeste
(com exceção do Distrito Federal).
Cuiabá gera boa parte da energia
elétrica consumida pelo estado. Próximo ao Distrito Industrial funciona
a Usina Termelétrica de Cuiabá. Concluída em 2002 e abastecida
com gás natural boliviano, através de um ramal do Gasoduto
Brasil-Bolívia. Esta usina possui potência instalada de 480megawatts,
respondendo em 2005 por 23,13 por cento, do total da potência instalada do
estado.
Quanto a
sua pauta de exportações ela foi, em 2012, baseada principalmente em soja
(37,04%), milho (25,77%), farelo de soja (14,70%), algodão cru (8,83%) e carne
bovina congelada (5,66%).
Cuiabá tem diversos atrativos turísticos por estar
situada em uma região de variadas paisagens naturais, como a Chapada dos
Guimarães e o Pantanal, e por ser um município muito antigo, com um patrimônio
histórico importante. O turismo de
eventos também é crescente no município.
A arquitetura da
área urbana inicial de Cuiabá, como em outras cidades históricas brasileiras, é
tipicamente colonial, com modificações e adaptações a outros
estilos (como o neoclássico e o eclético) com o tempo. Ela foi
bem preservada até meados do século XX, mas, depois dessa época, o crescimento demográfico e o
desenvolvimento econômico afetaram o patrimônio arquitetônico e paisagístico do centro
histórico. Vários prédios foram demolidos, entre eles a antiga igreja
matriz, demolida em 1968 para dar lugar à atual.
Museu da Imagem e do Som de Cuiabá.
Somente na década de 1980 ações para a
preservação desse patrimônio foram tomadas. Em 1987, o centro foi tombado
provisoriamente como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN e,
em 1992, esse tombamento foi homologado pelo
Ministério da Cultura do Brasil. Desde então vários
prédios foram restaurados, entre os quais estão as Igrejas do Rosário e
São Benedito, do Bom Despacho e do Nosso Senhor dos Passos, o Palácio da
Instrução (hoje museu histórico e biblioteca), o antigo Arsenal da Guerra (hoje
centro cultural mantido pelo SESC), o mercado de peixes (atualmente Museu
do Rio Cuiabá) e um sobrado onde hoje funciona o Museu da Imagem e do Som
de Cuiabá (o MISC). A área tombada pelo IPHAN é a que mais preserva as
feições originais. As antigas ruas de Baixo, do Meio e de Cima (hoje,
respectivamente, as ruas Galdino Pimentel, Ricardo Franco e Pedro Celestino) e
suas travessas ainda mantêm bem preservadas as características arquitetônicas
das casas e sobrados.
Igreja do Rosário e São Benedito.
Além dos locais já citados, há vários outros para
se visitar, como o zoológico, o Museu Rondon (com artefatos
indígenas) e o Museu de Arte e Cultura Popular, no campus da Universidade
Federal de Mato Grosso, o obelisco e o marco do centro
geodésico da América do Sul, a atual Catedral
Metropolitana, a Igreja de São Gonçalo no bairro do Porto, a Mesquita de
Cuiabá, os parques Mãe Bonifácia, Massairo Okamura, Zé Bolo
Flô e o Parque Urbano da Vila Militar, com áreas para exercícios
físicos e pistas de caminhada e ciclismo, o Horto Florestal, na
confluência do rio Cuiabá com o Coxipó e o Estádio José Fragelli, conhecido
como Verdão.
É possível também visitar as comunidades
ribeirinhas, onde se pode conhecer o modo de vida da população local e os
artesanatos fabricados por eles, bem como os rios e baías frequentados para
banho e pesca.
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