Colaboração de Alderico Sena é Bacharel em Teologia, Sociedade e Política,
Presidente Estadual e
Vice-presidente Nacional do Movimento do
Aposentado, Pensionista e Idoso
O Brasil é um país em crise. Crise que afeta o idoso e todas as outras
idades. Se as perspectivas dos velhos são poucas, o mesmo acontece com os
jovens, para os quais o caminho há de ser bem mais longo e as possibilidades
para o futuro bem menor.
O envelhecimento populacional é uma realidade. Alguns países já vêem
enfrentando essa questão há muito tempo. Outros como o Brasil só agora começa a
sentir este fenômeno, apesar de ações isoladas e tímidas tentativas de
estabelecer políticas de apoio aos idosos, tal questão não tem compartilhado
suficientemente com as preocupações de nossos governantes.
No ano de 2020, o Brasil será o quinto pais em população de idosos com
33 milhões de pessoas. O problema maior que se coloca é a velocidade com que
este envelhecimento ocorre e suas consequências. Nos chamados países maduros,
essa transição demográfica aconteceu de forma gradual, com maiores
possibilidades de enfrentar os problemas decorrentes.
O Brasil conta ainda com problemas adicionais, apenas como exemplo,
podemos citar a Previdência Social, onde além de termos que projetar o futuro,
em função do rápido envelhecimento da população, temos também que corrigir
distorções do passado decorrentes de um sistema previdenciário mal construído,
como também mal gerido.
Ressaltamos, ainda, que o problema maior nem é o envelhecimento da
população no Brasil, mas, sim, o envelhecimento sem saúde e sem qualidade de
vida. Neste contexto, os velhos retratam a exclusão do saber, do ter e,
principalmente, do ser, tendo em vista que muitos não sabem nem mesmo seus
direitos, vivendo numa sociedade individualista, em que as pessoas são
valorizadas pelo que tem e não pelo saber. Portanto, é fundamental despertar o
ser do idoso e construir um projeto para a sua vida que lhe confira
significado, valorizando a sua capacidade de sonhar, de ter vontade, desejar,
criar, pois sem projetos não há vida. A educação deve incentivar a
cidadania a conciliar seus projetos individuais a coletivos, na construção de
um significado maior. O tema da velhice ainda é despolitizado, até mesmo nas
unidades de ensino é necessário buscar caminhos para politizá-lo.
A conquista de um novo lugar e significado na sociedade, bem como a
marca de uma nova presença do segmento idoso passam pelo exercício pleno da
cidadania, exercício este de dimensão do ser político do homem. Deve-se
ultrapassar a visão de que o idoso precisa de quem lute e fale por ele, somente
desta forma poderá ser estabelecida uma relação de respeito efetivo entre o
idoso e quem o cerca. Considerando que o envelhecimento populacional é uma
questão social, econômica, política e cultural de responsabilidade do Estado,
sociedade e da família. Por esta razão o Movimento do aposentado do PDT defende
a participação do aposentado, pensionista e idoso na política para unidos
elegerem seus representantes para a Câmara de Vereadores na eleição de 2016,
como qualquer outro segmento da sociedade que tem o seu representante.
Hoje, o Brasil possui 31 (trinta e um) milhões de aposentados que estão
na expectativa de terem os seus direitos respeitados, reconhecidos e
valorizados por tudo que representaram e ainda representam para este imenso
Pais.
Senhora Dilma Rousseff, conforme Oficio n° 002/2014 do MAPI/Bahia,
encaminhado a Vossa Excelência, solicitamos de publico reconhecer os direitos
dos idosos para lhes garantir DIGNIDADE, conforme propostas
apresentadas a essa Presidência: PAC do Idoso – Hospital específico para o
Idoso nos Estados da Federação, acoplado de Farmácia com distribuição de
medicamentos; Criação de uma Secretaria Nacional de Proteção a Pessoa idosa;
Extinção do Fator Previdenciário e a reimplantação do PÉ NA COVA para devolução
das contribuições previdenciárias recolhidas pelo aposentado quando este deixar
o mercado de trabalho; Suspensão (Vetar) a retenção de Imposto de Renda sob o
benefício do aposentado, por ser uma bitributação, tendo em vista que trata de
benefício e não remuneração; Proibir publicidade na mídia de Instituição
Financeira que busca estimular a pessoa idosa, solicitar empréstimos, o que tem
provocado sérias violências para as pessoas idosas pelo Brasil e assegurar o
reajuste de todos os benefícios no mesmo percentual da concessão do salário
mínimo.
Senhora Presidenta, Deputados Federais e Senadores, envelhecer é um
triunfo, mas para gozar da velhice é preciso dispor de políticas publicas adequada
que possam garantir um mínimo de condições de qualidade de vida com dignidade.
Todos os jovens têm dentro de si o velho de amanhã.
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