China,
Japão e EUA puxaram investimentos no setor no ano passado. Em todo o mundo,
energia renovável recebeu 17% mais investimentos, segundo um novo relatório do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Os investimentos em energias renováveis entre os países em
desenvolvimento foram liderados pela China segundo a ONU
A expansão das instalações solares na China e no Japão e os
investimentos recordes em projetos eólicos na Europa ajudaram a impulsionar os
investimentos globais em energias renováveis em 2014, alcançando o marco de 270
bilhões de dólares investidos – um aumento de 17% em relação aos 232 bilhões de
dólares investidos em 2013.
Os dados estão no relatório Tendências Globais de Investimentos em Energia Renovável, lançado na primeira semana de abril pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Os dados estão no relatório Tendências Globais de Investimentos em Energia Renovável, lançado na primeira semana de abril pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Este foi o primeiro aumento anual em dólares investidos em energia
renovável – excluindo os grandes projetos hidroelétricos – em três anos, e
apenas 3% menor que o recorde de 2011. As quedas nos valores nos últimos anos
são atribuídas em parte aos preços mais baixos das tecnologias de energia
renovável, devido à economia de escala.
Apesar de a China liderar de longe estes investimentos – foram 83,3 bilhões de dólares em 2014, aumento de 39% –, o Brasil aparece logo depois, contribuindo para o crescimento dos países em desenvolvimento. O país investiu, segundo o relatório do Pnuma, 7,6 bilhões de dólares no ano passado, seguido de perto pela Índia (7,4 bilhões) e pela África do Sul (5,5 bilhões). Estes três países aparecem entre os dez que mais investiram em energias renováveis em todo o mundo. Além disso, mais de 1 bilhão de dólares foram investidos, separadamente, na Indonésia, Chile, México, Quênia e Turquia.
A capacidade de geração de 103 gigawatts (GW) adicionada em todo o mundo fez de 2014 o melhor ano em termos de capacidade recém-instalada, de acordo com o relatório. Para se ter uma ideia, essa capacidade de geração é equivalente à de todos os 158 reatores de usinas nucleares nos Estados Unidos.
"Mais uma vez, em 2014, fontes de energia renovável foram responsáveis por quase metade da capacidade de energia adicionada em todo o mundo", diz Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Pnuma. "As tecnologias energéticas não prejudiciais ao clima são agora um componente indispensável ao esquema global de energia, importância que só vai aumentar à medida que o mercado amadurece, os preços de tecnologia continuam a cair e a necessidade de controlar as emissões de carbono torna-se cada vez mais urgente", acrescenta.
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