Arte fotográfica
Publicado em fotografia por Bruna
Regina Pietta Abrahão,
em obviusmagazine
Bruna Regina
Usa batom vermelho. Simpatiza com os
'Canalhas'. Acredita no ócio como propulsor da criatividade e da reflexão.
Estuda Psicologia. E sua banda favorita é Velvet Underground...
Retirando objetos do seu lugar comum e incorporando-os ao corpo e as
curvas femininas o fotógrafo concebeu imagens surrealistas inéditas. Em suas
construções corpo e objeto se fundem rompendo qualquer fronteira, estamos
diante de uma relação de simbiose, que provoca nossa lógica, ora fazendo
ironia, ora remexendo com nossas fantasias mais excêntricas.
Filho único de uma família pobre, Marcel Mariën precisou começar a
trabalhar cedo. Contudo, mal sabia ele que tal emprego estaria intimamente
ligado ao que lhe traria reconhecimento mundial como artista.
Aos 15 anos
de idade, Mariën tornou-se ajudante e aprendiz de um fotógrafo e, não demorou
muito tempo para que ele montasse seu próprio estúdio em casa, dando início as
suas experimentações.
Pouco tempo
depois, comovido com uma exposição das obras de René Magritte, decide viajar
até Bruxelas para encontrar o artista. Após o encontro os dois passaram a
trocar correspondências e logo, Mariën passou a fazer parte do grupo de
artistas surrealistas da Bélgica.
Frustrado
com suas primeiras experiências fotográficas Mariën atuou também como ensaísta,
poeta, cronista, cineasta, compositor de colagens e fabricante de objetos,
retornando a orbe da fotografia no ano de 1943, quando finalmente conseguiu
imprimir uma linguagem pessoal em suas composições.
Retirando
objetos do seu lugar comum e incorporando-os ao corpo e as curvas femininas o
fotógrafo concebeu imagens surrealistas inéditas.
Em suas
construções corpo e objeto se fundem rompendo qualquer fronteira. Estamos
diante de uma relação de simbiose, que provoca nossa lógica, ora fazendo
ironia, ora remexendo com nossas fantasias mais excêntricas.
Mariën
não tem receios de expor e brincar com o corpo o transformando em um agente
lúdico, para ele, o corpo parece ser um espaço aberto de intervenção aonde cada
parte tem o poder de se emancipar para se converter em um novo personagem a
partir do qual, abraçará para si outro significado.
© obvious: http://lounge.obviousmag.org/pauta_para_o_cha_das_4h/2015/05/o-jogo-ludico-entre-corpo-e-objeto-na-fotografia-de-marcel-marien.html#ixzz3Zv5onY9L
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