quarta-feira, 13 de maio de 2015

O JOGO LÚDICO ENTRE CORPO E OBJETO NA FOTOGRAFIA DE MARCEL MARIËN

Arte fotográfica
  
Publicado em fotografia por Bruna Regina Pietta Abrahão,
em obviusmagazine

 Bruna Regina

Usa batom vermelho. Simpatiza com os 'Canalhas'. Acredita no ócio como propulsor da criatividade e da reflexão. Estuda Psicologia. E sua banda favorita é Velvet Underground...

 Retirando objetos do seu lugar comum e incorporando-os ao corpo e as curvas femininas o fotógrafo concebeu imagens surrealistas inéditas. Em suas construções corpo e objeto se fundem rompendo qualquer fronteira, estamos diante de uma relação de simbiose, que provoca nossa lógica, ora fazendo ironia, ora remexendo com nossas fantasias mais excêntricas.

Filho único de uma família pobre, Marcel Mariën precisou começar a trabalhar cedo. Contudo, mal sabia ele que tal emprego estaria intimamente ligado ao que lhe traria reconhecimento mundial como artista.


Aos 15 anos de idade, Mariën tornou-se ajudante e aprendiz de um fotógrafo e, não demorou muito tempo para que ele montasse seu próprio estúdio em casa, dando início as suas experimentações.



Pouco tempo depois, comovido com uma exposição das obras de René Magritte, decide viajar até Bruxelas para encontrar o artista. Após o encontro os dois passaram a trocar correspondências e logo, Mariën passou a fazer parte do grupo de artistas surrealistas da Bélgica.



Frustrado com suas primeiras experiências fotográficas Mariën atuou também como ensaísta, poeta, cronista, cineasta, compositor de colagens e fabricante de objetos, retornando a orbe da fotografia no ano de 1943, quando finalmente conseguiu imprimir uma linguagem pessoal em suas composições.




Retirando objetos do seu lugar comum e incorporando-os ao corpo e as curvas femininas o fotógrafo concebeu imagens surrealistas inéditas.

Em suas construções corpo e objeto se fundem rompendo qualquer fronteira. Estamos diante de uma relação de simbiose, que provoca nossa lógica, ora fazendo ironia, ora remexendo com nossas fantasias mais excêntricas.

Mariën não tem receios de expor e brincar com o corpo o transformando em um agente lúdico, para ele, o corpo parece ser um espaço aberto de intervenção aonde cada parte tem o poder de se emancipar para se converter em um novo personagem a partir do qual, abraçará para si outro significado.


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