quarta-feira, 22 de julho de 2015

A BELA AVENIDA DA LIBERDADE – LISBOA, PORTUGAL




É considerada uma das mais chiques e mais caras do mundo

A Avenida da Liberdade é uma das principais avenidas da cidade de Lisboa, em Portugal, que liga a praça dos Restauradores à Praça do Marquês de Pombal. Com cerca de 90 m de largura e 1100 m de comprimento, conta com várias faixas e largos passeios decorados com jardins e calçada à portuguesa.


A avenida da Liberdade e a praça dos Restauradores têm a sua origem no boulevard chamado Passeio Público, iniciado em 1764, e criado pelo arquiteto Reinaldo Manuel. Inicialmente murada, a encosta foi alvo de grandes alterações nas décadas de 1830 e 1840 pelo arquiteto Malaquias Ferreira Leal, que introduziu um novo arranjo de jardins e fontes, com quedas de água e estátuas alegóricas que representam o rio Tejo e o rio Douro.
Após muita polémica, a avenida foi construída entre 1879 e 1886, à imagem dos boulevards de Paris. A sua criação foi um marco na expansão da cidade para norte, e tornou-se rapidamente uma referência para as classes mais abastadas aí localizarem as suas residências.


Parque Eduardo VII – Av. Liberdade

Muitos dos edifícios originais da avenida foram sendo substituídos nas últimas décadas por edifícios de escritórios e hotéis. Hoje a avenida ainda contém edifícios muito interessantes do ponto de vista artístico e arquitetônico, sobretudo no final do século XIX e início do século XX. Há ainda estátuas de escritores como Almeida Garrett, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho e outros, e um Monumento aos Mortos da Grande Guerra (Primeira Guerra Mundial) que foi inaugurado em 1931, obra de Rebelo de Andrade e Maximiano Alves, e que se situa perto do Parque Mayer.


As suas qualidades cénicas, as lojas de prestígio, hotéis, teatros e edifícios históricos tornam-na um marco turístico da cidade. É considerada a 35ª avenida mais cara do mundo.
A avenida da Liberdade é ainda o palco principal dos desfiles tradicionais das festas da cidade que se executam na noite de véspera da festividade de Santo António de Lisboa (noite de 12 para 13 de junho), em que os bairros de Lisboa competem entre si pela "melhor marcha".
A 18 de Junho de 2013, a Avenida da Liberdade foi classificada como o Conjunto de Interesse Público.
Depois do Terramoto de 1755, o Marquês de Pombal mandou construir o Passeio Público na área atualmente ocupada pela parte inferior da Avenida da Liberdade e Praça dos Restauradores. Embora se denominasse de Passeio Público, inicialmente era rodeado por muros e portões por onde só passavam os membros da alta sociedade. Porém, em 1821, o rei D. João VI ordenou que os muros fossem derrubados para que toda a gente, rica ou pobre, pudesse circular pelo Passeio. Pombal teve o cuidado de aproveitar pequenos riachos que por ali passavam e, em vez de os drenar/desviar, integrou-os na ornamentação do passeio. Porém, com o passar do tempo, os mesmos foram secando naturalmente e/ou foram drenados para permitir as construções que hoje aí se encontram.


A avenida atualmente existente foi construída entre 1879/1882 no estilo dos Campos Elísios em Paris. A grande avenida arborizada tornou-se num centro de cortejos, festividades e manifestações. A avenida ainda conserva a sua elegância, com fontes e esplanadas magníficas sob as árvores. Majestosa, com 90 m de largura e pavimentos decorados com padrões abstratos, está agora dividida por dez faixas de trânsito que ligam a Praça dos Restauradores, a sul, à Praça do Marquês de Pombal, a norte.


Algumas das mansões originais foram preservadas, incluindo o neoclássico Teatro Tivoli, com um quiosque da década de 1920 no exterior. Infelizmente, muitas das fachadas no estilo arte nova deram lugar a edifícios ocupados por escritórios, hotéis ou complexos comerciais.


Os automóveis com matrículas anteriores a 2000 passaram a estar proibidos, a partir de 15 de janeiro de 2015, de circular, entre as 07:00 e as 21:00 dos dias úteis, na Avenida da Liberdade. Excetuam-se, a estas restrições, os veículos de emergência, históricos, de residentes, de polícia, militares, de transporte de presos, blindados de transporte de valores, os carros a gás natural, GPL e os motociclos.


Esta medida gerou controvérsia, sendo considerada por muitos como uma de “exclusão social” pois determina que, “no fundo, só os ricos podem andar em Lisboa" e que "os pobres, que não têm dinheiro para trocar de carros, não podem”

Nenhum comentário:

Postar um comentário