É
considerada uma das mais chiques e mais caras do mundo
A Avenida da
Liberdade é uma das
principais avenidas da cidade de Lisboa, em Portugal, que liga a praça
dos Restauradores à Praça
do Marquês de Pombal. Com cerca de 90 m de largura
e 1100 m de comprimento, conta com várias faixas e largos passeios decorados
com jardins e calçada à portuguesa.
A avenida da Liberdade e a praça dos Restauradores têm a sua
origem no boulevard chamado Passeio
Público, iniciado em 1764, e criado pelo arquiteto Reinaldo Manuel.
Inicialmente murada, a encosta foi alvo de grandes alterações nas décadas de
1830 e 1840 pelo arquiteto Malaquias Ferreira Leal, que introduziu um novo
arranjo de jardins e fontes, com quedas de água e estátuas alegóricas que
representam o rio Tejo e o rio Douro.
Após muita polémica, a avenida foi construída entre 1879 e 1886,
à imagem dos boulevards de Paris. A sua criação foi um marco na expansão da cidade para
norte, e tornou-se rapidamente uma referência para as classes mais abastadas aí
localizarem as suas residências.
Parque Eduardo VII – Av. Liberdade
Muitos dos edifícios originais da avenida foram sendo
substituídos nas últimas décadas por edifícios de escritórios e hotéis. Hoje a
avenida ainda contém edifícios muito interessantes do ponto de vista artístico
e arquitetônico, sobretudo no final do século XIX e início do século XX. Há
ainda estátuas de escritores como Almeida Garrett, Alexandre
Herculano, António
Feliciano de Castilho e outros, e um Monumento
aos Mortos da Grande Guerra (Primeira
Guerra Mundial) que foi inaugurado em 1931, obra de
Rebelo de Andrade e Maximiano Alves, e que se situa perto do Parque Mayer.
As suas
qualidades cénicas, as lojas de prestígio, hotéis, teatros e edifícios
históricos tornam-na um marco turístico da cidade. É considerada a 35ª avenida
mais cara do mundo.
A
avenida da Liberdade é ainda o palco principal dos desfiles tradicionais das
festas da cidade que se executam na noite de véspera da festividade de Santo
António de Lisboa (noite de 12 para 13 de junho), em que os bairros de
Lisboa competem entre si pela "melhor marcha".
A 18 de Junho de 2013, a Avenida da Liberdade foi classificada
como o Conjunto de Interesse Público.
Depois do Terramoto de 1755, o Marquês
de Pombal mandou construir o Passeio
Público na área atualmente ocupada pela parte inferior da Avenida da
Liberdade e Praça dos
Restauradores. Embora se denominasse de Passeio
Público, inicialmente era rodeado por muros e portões por onde só passavam os
membros da alta sociedade. Porém, em 1821, o rei D.
João VI ordenou que os muros fossem derrubados para que toda a
gente, rica ou pobre, pudesse circular pelo Passeio. Pombal teve o cuidado de
aproveitar pequenos riachos que por ali passavam e, em vez de os
drenar/desviar, integrou-os na ornamentação do passeio. Porém, com o passar do
tempo, os mesmos foram secando naturalmente e/ou foram drenados para permitir
as construções que hoje aí se encontram.
A avenida atualmente existente foi construída entre 1879/1882 no estilo dos Campos
Elísios em Paris. A grande avenida arborizada tornou-se num centro de
cortejos, festividades e manifestações. A avenida ainda conserva a sua
elegância, com fontes e esplanadas magníficas sob as árvores. Majestosa, com
90 m de largura e pavimentos decorados com padrões abstratos, está agora
dividida por dez faixas de trânsito que ligam a Praça dos Restauradores, a sul, à Praça
do Marquês de Pombal, a norte.
Algumas das mansões originais foram preservadas, incluindo o neoclássico Teatro Tivoli,
com um quiosque da década
de 1920 no exterior. Infelizmente, muitas das fachadas no estilo arte
nova deram lugar a edifícios ocupados por escritórios, hotéis
ou complexos comerciais.
Os automóveis com matrículas anteriores a 2000 passaram a estar
proibidos, a partir de 15 de janeiro de 2015, de circular, entre as 07:00 e as
21:00 dos dias úteis, na Avenida da Liberdade. Excetuam-se, a estas restrições,
os veículos de emergência, históricos, de residentes, de polícia, militares, de
transporte de presos, blindados de transporte de valores, os carros a gás
natural, GPL e os motociclos.
Esta medida gerou controvérsia, sendo considerada por muitos
como uma de “exclusão social” pois determina que, “no fundo, só os ricos podem
andar em Lisboa" e que "os pobres, que não têm dinheiro para trocar
de carros, não podem”
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