Formando
em Direito na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Assíduo leitor
sobre o que a filosofia pode corroborar com a formação do ser. Orientação
política à esquerda..
Publicado por Victor Oliveira
A arte tem o poder de embelezar
nosso cotidiano. Para Schopenhauer as obras de arte eram um dos elementos
estéticos capazes de suprimir momentaneamente o nosso estado de dor. Paul
Cézanne foi um artista singular, a ponte que ligara o impressionismo ao
cubismo.
Paul Cézanne nascido em
Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839, foi um pintor pós-impressionista
francês, visto como o arquiteto, a ponte que ligara o impressionismo – corrente
do Século XIX, artisticamente mais técnica – e o cubismo, corrente mais
vanguardista e inovadora surgida no Século XX.
Outra característica marcante do pintor
francês é o apreço por representações compostas por 'natureza morta' e
representações de figuras humanas. Antes de adentrarmos sobre o tema, é
importante conceituarmos o que seria “natureza morta”. São tipos de pinturas
originárias do período clássico grego, mas recentemente muito utilizado pela
arte contemporânea. Trata-se das representações de seres inanimados, como
frutas, louças, instrumentos musicais, flores, livros, taças, porcelanas, entre
outros, dando a ideia da passagem do tempo, como se a natureza do ambiente
estivesse em decomposição.
- Agora será comentado sobre algumas de suas
obras.
Natureza Morta e um relógio preto (1871)
Nela, podemos ver o preto e o branco
contrastar com cores vibrantes da cesta. Além disso, ao analisar com cuidado
percebemos que o relógio não possui ponteiros, dando uma sensação de o tempo
estar parado.
Os jogadores de cartas (1892)
Os jogadores de cartas é uma série de quadros
do pintor francês em que se retratada situações comuns do cotidiano. Ao todo,
são cinco quadros, sendo o aqui exposto a quinta versão, a mais famosa da
série.
Mulher com cafeteira (1894)
Ao retratar figuras humanas, notamos a
impessoalidade do artista. Nesse quadro, a mulher é construída através da
integração de objetos misturados com a sutileza criada pelas cores. Além disso,
o bule e a xícara possuem formas cilíndricas, denunciando assim uma obra
cubista. Como diria Picasso “Cézanne é o pai de todos nós”.
Vida ainda com gesso cupido
(1895)
Essa obra poderia ser uma perfeita
representação da “natureza morta”, de Cézanne, se não fosse a escultura. Como
evidencia o título, com essa escultura o pintor brinca com o próprio conceito
de natureza morta, o que marca a singularidade do artista.
Três crânios (1900)
Dessa vez uma obra mais “macabra” do pintor.
Representações do crânio humano são temas de várias obras de Cézanne. Para ele
o crânio representava os conflitos existenciais que culminavam em uma angústia
sentida pelo artista. Nessa obra são representados três crânios lado a lado.
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