sábado, 29 de agosto de 2015

O PODER DA ARTE: CONHEÇA O PINTOR FRANCÊS PAUL CÉZANNE




Formando em Direito na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Assíduo leitor sobre o que a filosofia pode corroborar com a formação do ser. Orientação política à esquerda..

Publicado por Victor Oliveira



A arte tem o poder de embelezar nosso cotidiano. Para Schopenhauer as obras de arte eram um dos elementos estéticos capazes de suprimir momentaneamente o nosso estado de dor. Paul Cézanne foi um artista singular, a ponte que ligara o impressionismo ao cubismo.



Paul Cézanne nascido em Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839, foi um pintor pós-impressionista francês, visto como o arquiteto, a ponte que ligara o impressionismo – corrente do Século XIX, artisticamente mais técnica – e o cubismo, corrente mais vanguardista e inovadora surgida no Século XX.
Os cenários abordados por Cézanne eram retratados sob sua própria perspectiva, em outras palavras, Cézanne se preocupava mais com a forma dos objetos demonstrados, do que com o próprio ambiente atmosférico. Nos ambientes retratados, é fácil notar a coloração, a atmosfera colorida que tanto caracterizou a corrente impressionista. Ao mesmo tempo, se faz presente características claras do cubismo, como as formas geométricas fundamentais – esfera, cilindro e cone – que alicerçam os objetos retratados. Por exemplo: a cabeça humana e uma maçã podem ser retratadas por uma esfera, já o tronco de uma árvore com um cone.
Outra característica marcante do pintor francês é o apreço por representações compostas por 'natureza morta' e representações de figuras humanas. Antes de adentrarmos sobre o tema, é importante conceituarmos o que seria “natureza morta”. São tipos de pinturas originárias do período clássico grego, mas recentemente muito utilizado pela arte contemporânea. Trata-se das representações de seres inanimados, como frutas, louças, instrumentos musicais, flores, livros, taças, porcelanas, entre outros, dando a ideia da passagem do tempo, como se a natureza do ambiente estivesse em decomposição.
- Agora será comentado sobre algumas de suas obras.


Natureza Morta e um relógio preto (1871)

Nela, podemos ver o preto e o branco contrastar com cores vibrantes da cesta. Além disso, ao analisar com cuidado percebemos que o relógio não possui ponteiros, dando uma sensação de o tempo estar parado.

Os jogadores de cartas (1892)

Os jogadores de cartas é uma série de quadros do pintor francês em que se retratada situações comuns do cotidiano. Ao todo, são cinco quadros, sendo o aqui exposto a quinta versão, a mais famosa da série.

Mulher com cafeteira (1894)

Ao retratar figuras humanas, notamos a impessoalidade do artista. Nesse quadro, a mulher é construída através da integração de objetos misturados com a sutileza criada pelas cores. Além disso, o bule e a xícara possuem formas cilíndricas, denunciando assim uma obra cubista. Como diria Picasso “Cézanne é o pai de todos nós”.

Vida ainda com gesso cupido (1895)

Essa obra poderia ser uma perfeita representação da “natureza morta”, de Cézanne, se não fosse a escultura. Como evidencia o título, com essa escultura o pintor brinca com o próprio conceito de natureza morta, o que marca a singularidade do artista.

Três crânios (1900)

Dessa vez uma obra mais “macabra” do pintor. Representações do crânio humano são temas de várias obras de Cézanne. Para ele o crânio representava os conflitos existenciais que culminavam em uma angústia sentida pelo artista. Nessa obra são representados três crânios lado a lado.



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