Cinema brasileiro
Morreu
aos 87 anos o mais criativo diretor das chanchadas brasileiras. Sua ousadia e
engenho levaram-no a dirigir os mais retumbantes sucessos da cinematografia da
Atlântica. As bilheterias dos seus filmes são até hoje imbatíveis.
José Carlos Aranha Manga (Rio de Janeiro, 6 de
janeiro de 1928 — Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2015) foi um montador, roteirista e diretor de cinema e televisão brasileiro. Manga inovou a comédia e asátira no cinema brasileiro.
Manga começou a ganhar a vida
como bancário,
mas gostava de cinema. Essa paixão o levou para a Atlântida Cinematográfica, através do ator Cyll Farney[2] que
integrava o primeiro time da companhia. Começou como almoxarife,
mas aos poucos foi aprendendo o ofício e galgando posições. De contra-regra,
passou a assistente de montagem e de direção. Por
volta de 1951, atuou como diretor
musical em filmes da Atlântida, o que o qualificou para a sua primeira
empreitada como diretor.[2]
Carlos Manga fez sucesso na
época das "chanchadas"
da Atlântida, da qual foi um dos mais destacados diretores.
Procurou acrescentar situações
do cotidiano e até da política em seus filmes, como quando Oscarito imitava o então
presidente Getúlio Vargas.
Sob a direção de Manga, o ator espanhol fez uma dupla
inesquecível com Grande Otelo,
em filmes marcados pelo engenho e pela criatividade. Ambos atuaram com outros
grandes atores e diretores da Atlântida, como J.B. Tanko, José Lewgoy, José
Carlos Burle, Watson
Macedo e o próprio Manga.
Entrou na televisão pelas mãos
de Chico
Anysio, que o convidou para trabalhar na TV Rio e dirigir Chico Anysio
Show, o primeiro programa da TV brasileira a usar truques de video-tape.
Até então os programas eram gravados "ao vivo" e reproduzidos..
Foi publicitário e diretor
artístico de minisséries da
Rede Globo. Foi diretor de núcleo de novelas como a refilmagem de Anjo Mau (1997) e Torre de Babel (1998) e Eterna Magia (2007), bem como das minissériesAgosto (minissérie) (1993), Memorial de Maria Moura (1994) e Um Só Coração (2004). 1952 - Carnaval
Atlântida (direção das cenas musicais)
Filmografia:
·
1952 - Amei um Bicheiro (assistente
de direção)
·
1953 - A Dupla do Barulho (roteiro,
direção e montagem)
·
1954 - Matar ou Correr (direção
e montagem)
·
1955 - Nem Sansão nem Dalila (direção e
montagem)
·
1955 - Colégio
de Brotos (diretor e montador)
·
1956 - Guerra ao Samba (direção e
montagem)
·
1956 - Vamos com Calma (roteiro, direção
e montagem)
·
1956 - O Golpe (roteiro e direção)
·
1957 - Garotas e Samba (roteiro
e direção)
·
1957 - Papai Fanfarrão (direção)
·
1957 - De Vento em Popa (direção)
·
1958 - É a Maior (direção)
·
1959 - O Homem
do Sputnik (direção)
·
1959 - Esse
Milhão É Meu (direção)
·
1960 - Quanto Mais Samba Melhor (direção)
·
1960 - O Palhaço o que É? (direção)
·
1960 - O Cupim (direção)
·
1960 - Pintando o Sete (direção)
·
1960 - Cacareco Vem Aí (roteiro e
direção)
·
1960 - Os Dois Ladrões (direção)
·
1961 - Entre Mulheres e Espiões (direção)
·
1962 - As Sete Evas (direção)
·
1974 - O
Marginal (roteiro, produção e direção)
·
1974 - Assim Era a Atlântida (roteiro
e direção)
·
1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol (direção)
·
1968 - Quem tem medo da verdade? (direção
e apresentação)
TV
·
1973 - Chico City (direção)
·
1990 - A, E,
I, O… Urca (roteiro)
·
1991 - Vamp (produção)
·
1993 - Agosto (produção)
·
1995 - Decadência (direção)
·
1997 - Anjo Mau (produção)
·
1998 - Torre de Babel (produção
·
2004 - Um Só
Coração (direção e montagem)[5]
·
2006 - Sítio do Pica-Pau Amarelo (direção
de 185 episódios)
·
2007 - Eterna Magia (produção
e direção)
·
2010 - Afinal, o Que Querem as Mulheres? Don
Carlo[6] [4]
Prêmios
Em 1983 recebeu o um
prêmio Kikito especial no Festival
de Gramado e, em 1995, recebeu o Troféu Oscarito, no mesmo festival
Nenhum comentário:
Postar um comentário