sábado, 19 de setembro de 2015

CARLOS MANGA

Cinema brasileiro




 Morreu aos 87 anos o mais criativo diretor das chanchadas brasileiras. Sua ousadia e engenho levaram-no a dirigir os mais retumbantes sucessos da cinematografia da Atlântica. As bilheterias dos seus filmes são até hoje imbatíveis.



José Carlos Aranha Manga (Rio de Janeiro6 de janeiro de 1928 — Rio de Janeiro17 de setembro de 2015) foi um montadorroteirista e diretor de cinema e televisão brasileiro. Manga inovou a comédia e asátira no cinema brasileiro.



Manga começou a ganhar a vida como bancário, mas gostava de cinema. Essa paixão o levou para a Atlântida Cinematográfica, através do ator Cyll Farney[2] que integrava o primeiro time da companhia. Começou como almoxarife, mas aos poucos foi aprendendo o ofício e galgando posições. De contra-regra, passou a assistente de montagem e de direção. Por volta de 1951, atuou como diretor musical em filmes da Atlântida, o que o qualificou para a sua primeira empreitada como diretor.[2]
Carlos Manga fez sucesso na época das "chanchadas" da Atlântida, da qual foi um dos mais destacados diretores.


Procurou acrescentar situações do cotidiano e até da política em seus filmes, como quando Oscarito imitava o então presidente Getúlio Vargas. Sob a direção de Manga, o ator espanhol fez uma dupla inesquecível com Grande Otelo, em filmes marcados pelo engenho e pela criatividade. Ambos atuaram com outros grandes atores e diretores da Atlântida, como J.B. TankoJosé LewgoyJosé Carlos BurleWatson Macedo e o próprio Manga.


Entrou na televisão pelas mãos de Chico Anysio, que o convidou para trabalhar na TV Rio e dirigir Chico Anysio Show, o primeiro programa da TV brasileira a usar truques de video-tape. Até então os programas eram gravados "ao vivo" e reproduzidos..
Foi publicitário e diretor artístico de minisséries da Rede Globo. Foi diretor de núcleo de novelas como a refilmagem de Anjo Mau (1997) e Torre de Babel (1998) e Eterna Magia (2007), bem como das minissériesAgosto (minissérie) (1993), Memorial de Maria Moura (1994) e Um Só Coração (2004). 1952 - Carnaval Atlântida (direção das cenas musicais)




Filmografia:

·         1952 - Amei um Bicheiro (assistente de direção)
·         1953 - A Dupla do Barulho (roteiro, direção e montagem)
·         1954 - Matar ou Correr (direção e montagem)
·         1955 - Nem Sansão nem Dalila (direção e montagem)
·         1955 - Colégio de Brotos (diretor e montador)
·         1956 - Guerra ao Samba (direção e montagem)
·         1956 - Vamos com Calma (roteiro, direção e montagem)
·         1956 - O Golpe (roteiro e direção)
·         1957 - Garotas e Samba (roteiro e direção)
·         1957 - Papai Fanfarrão (direção)
·         1957 - De Vento em Popa (direção)
·         1958 - É a Maior (direção)
·         1959 - O Homem do Sputnik (direção)
·         1959 - Esse Milhão É Meu (direção)
·         1960 - Quanto Mais Samba Melhor (direção)
·         1960 - O Palhaço o que É? (direção)
·         1960 - O Cupim (direção)
·         1960 - Pintando o Sete (direção)
·         1960 - Cacareco Vem Aí (roteiro e direção)
·         1960 - Os Dois Ladrões (direção)
·         1961 - Entre Mulheres e Espiões (direção)
·         1962 - As Sete Evas (direção)
·         1974 - O Marginal (roteiro, produção e direção)
·         1974 - Assim Era a Atlântida (roteiro e direção)
·         1986 - Os Trapalhões e o Rei do Futebol (direção)
·         1968 - Quem tem medo da verdade? (direção e apresentação)




TV

·         1973 - Chico City (direção)
·         1990 - A, E, I, O… Urca (roteiro)
·         1991 - Vamp (produção)
·         1993 - Agosto (produção)
·         1995 - Decadência (direção)
·         1997 - Anjo Mau (produção)
·         1998 - Torre de Babel (produção
·         2004 - Um Só Coração (direção e montagem)[5]
·         2006 - Sítio do Pica-Pau Amarelo (direção de 185 episódios)
·         2007 - Eterna Magia (produção e direção)
·         2010 - Afinal, o Que Querem as Mulheres? Don Carlo[6] [4]

Prêmios

Em 1983 recebeu o um prêmio Kikito especial no Festival de Gramado e, em 1995, recebeu o Troféu Oscarito, no mesmo festival


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