Museus bizarros
Publicado por Diana Caldeira Guerra,
gosta de caracóis temperados no
verão, canja de galinha no inverno e autores clássicos em todas as estações do
ano. É uma leitora ávida, gosta de escrever e tem colaborado com a Obvious
desde 2009. Gosta de viajar e conhecer novos recantos. Mas como diria o
Fernando Pessoa na voz do Bernardo Soares: "Viajar? Para viajar, basta
existir. (...)
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos."
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos."
Existe um homem na
Califórnia que criou o Museu das Bananas e a sua fascinação pelo fruto é tão
grande que apenas se veste de amarelo berrante. Os bonecos velhos têm um local
seguro para gozar a reforma, no Museu dos Ventríloquos, em Ohio. Pode também
descobrir as profundezas de Paris, no Museu dos Esgotos, ou a origem das
sanitas no Museu das Casas-de-Banho, em Nova Deli. Os museus mais estranhos do
mundo expõem tudo e não têm vergonha de nada.
O Museu da Banana, fundado em
1976 em Palm Springs, está registado no Guiness Book como a maior coleção de
bananas de sempre. O seu fundador, Ken Bannister, só se veste de amarelo
berrante e conseguiu juntar mais de 17 mil artefatos ligados ao fruto. Depois
de ter estado à beira de fechar, o museu vai reabrir no início de 2011 num novo
local na Califórnia que possa albergar todas as peças ligadas ao fruto:
licores, doces, cervejas, chapéus, pasta de dentes, gravatas, pinturas,
cerâmicas, cremes, perfumes, roupas - há peças para todos os gostos. Este museu
pode parecer no mínimo estranho, mas a verdade é que há museus para todos os
gostos, curiosidades e bizarrias.
Para quem teve uma infância assombrada pelos
filmes do Chucky, o Museu dos Ventríloquos não é um local
aconselhável. Fundado por W.S. Bergerem em Ohio, abre apenas com marcações
prévias e é o único do tipo no mundo. Ao seu portfólio pertencem mais de 700
bonecos na reforma, além de milhares de fotografias e livros sobre a arte
ventríloqua.
Além do trio maravilha dos museus
Louvre-Pompidou-Orsay, existe em Paris uma galeria que nenhum turista deveria
perder: o Museu dos Esgotos. O cheiro é quase insuportável, mas
diz-se que esta rede de esgotos é uma das maiores do mundo e constitui uma
autêntica cidade subterrânea, com um cenário decadente saído d' "Os
Miseráveis".
"Tente pensar nos parasitas sem sentir
medo e leve o tempo necessário para aprender acerca desse mundo
fantástico" é o slogan do Museu Parasitológico Meguro, em
Tóquio. Com mais de 300 espécies - a maioria em tubos de ensaio - as galerias
mostram o ciclo de vida de animais que você nunca quis conhecer, como
lombrigas, larvas ou bactérias.
Na Islândia existe um templo ao pénis.
O Museu Islandês do Falo conta com mais de 200 exemplares do
dito provenientes de vários mamíferos (de baleias a ursos polares ao próprio
ser humano) e muitas outras peças alusivas ao tema: desde cornos, a esculturas,
quadros e pinturas.
Das mais práticas às mais ornamentadas:
o Museu Internacional das Casas de Banho Sulabh, na Índia, conta
com centenas de sanitas de todo o mundo, acompanhadas de uma linha cronológica
que remonta a 2500 anos A.C. - altura em que já existiam sistemas de drenagem
em Mohenjo que levavam para uma vala comum as águas sujas dos lares. Estes e
outros factos desconhecidos, bem como modelos e fotografias, podem ser
descobertos nestas galerias de Nova Deli.
Em contraponto ao MoMA de Nova Iorque, Boston
criou o MOBA, The Museum Of Bad Art. Desproporção falta de
perspectiva, imitações baratas e falta de técnica: aqui pode encontrar-se de
tudo um pouco no que à má arte diz respeito. Sob o mote de "levar a pior
arte ao maior público possível", o museu foi criado em 1993 e neste
momento procura instalações que possam albergar o crescente número de telas que
os responsáveis recebem (e encontram).
Em Merseyside, uma pequena cidade perto de
Liverpool, está sediado o Museu dos Corta-Relvas. Há os que
funcionam a energia solar, os mais antigos, o que foi usado pelo Príncipe
Carlos (e outros famosos) e o mais rápido. Além da mostra, existem ainda
workshops de reparação das máquinas, para os aficionados em cuidar da relva do
jardim. Mas há muitos mais museus bizarros a serem descobertos por todo o
mundo. Na Turquia, o Museu do Cabelo. No Japão, o Museu dos
Noodles e o Museu do Cocô. O Museu Mütter nos
EUA dedica-se aos fenómenos estranhos da medicina, mas há também um acerca
da Conspiração e outro da Pesquisa OVNI (em
Roswell, claro). E ainda o Museu das Muletas no Azerbaijão,
o Museu da Tortura em Amsterdão e o Museu das
Carruagens Funerárias em Barcelona. E os mais obscuros de todos:
o Museu das Almas do Purgatório, em Roma e o Museu da Feitiçaria
em Cornwall, Inglaterra.
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