quarta-feira, 14 de outubro de 2015

“FERNANDO (BAIANO) REVELOU EM DELAÇÃO PAGAMENTO DE MILHÕES DE REAIS PARA LULINHA”

Política-Lava-Jato


O repasse de recursos teria sido destinado ao pagamento de despesas pessoais de Lulinha

Por
Estadão Conteúdo e Tribuna da Bahia




Foto: Reprodução



Preso desde o ano passado em Curitiba (PR), Fernando Soares, também conhecido como Fernando Baiano e acusado de ser um dos operadores do esquema de desvios na Petrobras, afirmou ao Ministério Público Federal ter feito pagamentos ao empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o jornal O Globo, Fernando Baiano relatou, em acordo de delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o pagamento de aproximadamente R$ 2 milhões a Fábio Luís, filho mais velho de Lula.
O repasse de recursos teria sido destinado ao pagamento de despesas pessoais de Lulinha, como o empresário é conhecido. Um profissional com acesso aos autos da Operação Lava Jato confirmou (dia 11/10) ao Estado a citação ao filho do ex-presidente, porém não soube precisar os valores. O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa o filho do ex-presidente Lula, negou as afirmações de Fernando Baiano. “O senhor Fábio Luís Lula da Silva jamais recebeu qualquer valor do delator mencionado”, afirmou.
O Instituto Lula, mantido pelo ex-presidente, não comentou. As afirmações de Fernando Baiano incluem também campanhas presidenciais do PT em 2006, quando Lula disputou a reeleição, e em 2010, ano da primeira candidatura de Dilma Rousseff ao Planalto. Ainda de acordo com O Globo, na mesma delação, Fernando Baiano teria admitido contato com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porém, sem fazer qualquer revelação mais comprometedora a respeito do presidente da Câmara.
Fernando Baiano é apontado como lobista do PMDB no esquema de desvios da Petrobrás e alvo de investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Fernando Baiano foi preso em novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que alcançou o braço empresarial do esquema de corrupção na Petrobrás. Em uma primeira ação, ele foi condenado a uma pena de 16 anos e um mês de prisão. Ele ainda responde a outros processos no âmbito da Lava Jato.


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