Série: detetives mais famosos criados pela literatura mundial
Garcia-Roza,
é um escritor brasileiro. Estreou na
literatura de ficção em 1996, aos 60 anos de idade. Antes disso, foi professor
universitário e autor de livros sobre psicanálise.
O mais famoso detetive da literatura
brasileira
O delegado Espinosa, um homem de meia idade, magro e de
fala mansa é o detetive mais proeminente da literatura policial brasileira.
Natural do Rio de Janeiro, sua escola é a das praças e bares da capital
fluminense, um ambiente valorizado por Luiz Alfredo Garcia-Roza, autor de oito
livros sobre o personagem.
“Filósofo do crime, Espinosa nasceu para a literatura
em 1996, nas páginas do romance “O Silêncio da Chuva”.
Neste livro, é ainda inspetor da 1º Delegacia de
Polícia do Rio de Janeiro, um lugar onde o trânsito de ocorrências se restringe
a bêbados, punguistas e prostitutas da região do porto.
O delegado não é propriamente um conquistador, mas tem
sua parcela de charme. Costuma dizer que, após anos vivendo sozinho, não
consegue mais perceber o código que fundamenta aproximações de natureza
amorosa. Seu interesse é pelas mulheres bem resolvidas, de personalidades fortes
e, evidentemente, atraentes.
Encontra estes
atributos em Irene, um caso amoroso que floresce em “Vento Sudoeste”, de 1999,
e se estende por anos.
O perfil de Espinosa é singular. Garcia-Roza o imaginou
um homem viciado em café (levemente adocicado), simpatizante de um choppinho diário e praticante de
hábitos alimentares pouco elogiáveis. Ele não tem o mínimo interesse pelas
artes culinárias, e até considera seu fogão um aparato pré-histórico.
Já o profissional Espinosa é um delegado incorruptível,
mas pouco crente em uma conduta ética de excelência no que tange a categoria.
Esta é uma característica de Espinosa. Ele não se comporta como um herói
inatingível, paladino da lei e da ordem. O delegado nem sempre trilha o caminho
certo, e não são raras às vezes em que detalhes não são revelados, compondo o
que o autor chama de “zonas escuras” de mistérios inseridos no enredo.
Nas páginas da vida de Espinosa, a arte imita a
realidade, sem êxitos nem rodeios. Em um intervalo médio de dois anos,
Garcia-Roza costuma presentear o leitor com um novo livro de Espinosa. Até
hoje, foram mais de mil e oitocentas páginas de intrigas envolvendo o detetive.
Seja o mocinho da vez ou a figura moderna do anti-herói, o fato é que sua
popularidade cresce livro após livro. O
tempo vem agindo a seu favor, consolidando a marca de um detetive BRASILEIRO
que atrai, cada vez mais, o interesse dos fãs da literatura policial no país.”
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