sexta-feira, 27 de novembro de 2015

FONTANA DI TREVI – ROMA, ITÁLIA

Fonte pública






Fontana di Trevi (em português Fonte de Trevi) é a maior (cerca de 26 metros de altura e 20 metros de largura) e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália e está localizada no rione Trevi, em Roma.


A fonte situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de Marco Vipsânio Agripa e serviu a cidade por mais de 400 anos.
O "golpe de misericórdia" desferido pelos invasores godos em Roma foi dado com a destruição dos aquedutos, durante as Guerras Góticas. Os romanos durante a Idade Média tinham de abastecer-se da água de poços poluídos, e da pouco límpida água do rio Tibre, que também recebia os esgotos da cidade.
O antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV, com o Renascimento. Em 1453, o papa Nicolau II, determinou que fosse consertado o aqueduto de Acqua Vergine, construindo ao seu final um simples receptáculo para receber a água, num projeto feito pelo arquiteto humanista Leon Battista Alberti.


Fontana di Trevi com turistas.


Fontana di Trevi (Roma)
Em 1629, o papa Urbano VIII achou que a velha fonte era insuficientemente dramática e encomendou a Bernini alguns desenhos, mas quando o papa faleceu o projeto foi abandonado. A última contribuição de Bernini foi reposicionar a fonte para o outro lado da praça a fim de que esta ficasse defronte ao Palácio do Quirinal (assim o papa poderia vê-la e admirá-la de sua janela). Ainda que o projeto de Bernini tenha sido abandonado, existem na fonte muitos detalhes de sua ideia original.
Muitas competições entre artistas e arquitetos tiveram lugar durante o Renascimento e o período Barroco para se redesenhar os edifícios, as fontes, e até mesmo a Scalinata di Piazza di Spagna (as escadarias da Praça de Espanha). Em 1730, o papa Clemente XII organizou uma nova competição na qual Nicola Salvi foi derrotado, mas efetivamente terminou por realizar seu projeto. Este começou em 1732 e foi concluído em 1762, logo depois da morte de Clemente, quando o Netuno de Pietro Bracci foi afixado no nicho central da fonte.

Cena do filme a Doce Vida na Fontana

Salvi morrera alguns anos antes, em 1751, com seu trabalho ainda pela metade, que manteve oculto por um grande biombo. A fonte foi concluída por Giuseppe Pannini, que substituiu as alegorias insossas que eram planejadas, representando Agrippa e Trívia, as virgens romanas, pelas belas esculturas de Netuno e seu séquito.


A fonte foi restaurada em 1998; as esculturas foram limpas e polidas, e a fonte foi provida de bombas para circulação da água e sua oxigenação.
A fonte passou pela maior reforma em 252 anos entre 2014 e 2015. A restauração da Fontana di Trevi é a primeira de uma série de restaurações financiadas pela Fendi e seu programa "Fendi for Fountains". Apresentado em janeiro de 2013, que visa a conservação e valorização de algumas fontes históricas de Roma, através de constante suporte ao patrimônio histórico-artístico da capital italiana.
Depois de 17 meses de obras, a esbelta fonte romana reabriu em 3 de novembro de 2015. Agora com um sistema moderno que permitirá que a água possa escorrer sem danificar o mármore da escultura. O sistema de iluminação artística também foi revisto e melhorado.


Claudio Parisi Presicce, superintendente romano, e o presidente da casa de moda Fendi, Pietro Beccari, que financiou o projeto com um donativo de 2,2 milhões de euros, inauguraram a fonte com o gesto tradicional: atirar uma moeda à água enquanto se formula um desejo.
Em 1964, foi lançado o filme que leva seu nome Fontana di Trevi - filmado pelo diretor Carlo Campogalliani.
O monumento foi o cenário de uma das cenas mais famosas do cinema italiano: em La Dolce Vita de Federico FelliniAnita Ekberg entra na água e convida Marcello Mastroianni a fazer o mesmo.
Precedentemente, a fonte foi o cenário do filme estadunidense Three Coins in the Fountain, onde a fonte do título é a própria Fontana di Trevi.
Em Tototruffa 62, Totò tenta vender a fonte a um turista.


A fonte aparece como fundo principal no videoclip da canção Thank You for Loving Me do grupo Bon Jovi.

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