História: Monumento
Histórico de Salvador – Bahia, Brasil
Texto de
Ricardo Siqueira, em
Fortes e
Faróis
O Forte de
Santa Maria foi excepcionalmente construído para rechaçar o desembarque de
tropas por aquela barra e formar, junto com os (fortes) de Santo Antonio e São
Diogo , uma rede de defesa conjugada.
Era considerado um ponto de artilharia tão importante que recebeu os
três melhores canhões de bronze existentes na cidade naquele momento.
Em 1638,
aconteceu novo ataque holandês. Agora, sob a liderança de Maurício de Nassau,
governador que da capitania que a Holanda instalou em Recife e Olinda. Os três
fortes, porém, impediram o novo desembarque do inimigo. Quatro canhões de Santa
Maria ainda foram transportados em batéis (pequenas embarcações) para outros
pontos da cidade (Salvador) e posicionados nas igrejas da Sé e do Carmo. Sendo
os primeiros a bombardear o acampamento de Nassau na região do Recôncavo
(baiano). Anos mais tarde, Santa Maria foi tomado pelos revoltosos da Sabinada,
movimento de caráter republicano que defendia maior autonomia das províncias do
país em relação ao poder imperial. Ao abandoná-lo, os sabinos levaram doze de
seus canhões para lutar contra as tropas governistas em outras partes de
Salvador. Logo depois do conflito, o forte foi desarmado.
Santa Maria
foi um dos fortes que mantiveram o brasão imperial, mesmo depois da Proclamação
da República.
O forte foi
erguido sobre rochas, avançando 35 metros no mar, na parte sul de Salvador.
Suas duas cortinas, muralhas recuadas ligando dois baluartes, terminam em duas
guaritas em forma de torreão. O prédio de dois andares, muito alto, logo os
banhistas que disputam as areias da praia (Porto da Barra) que se espremem
entre esse forte e o de São Diogo, é considerada a mais maravilhosa de
Salvador.
No momento,
a Prefeitura Municipal de Salvador, revela-se capaz de restaurá-lo, zelando por
preservar a história de lutas do povo soteropolitano, e bens históricos da
primeira capital do Brasil.
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