Ciência
Linda
GeddesDa BBC Future
Compartilhar
Qual o formato de corpo ideal? Ter
barriga é mesmo prejudicial à saúde? Os gordinhos levam a pior na cama? A BBC
Future peneirou evidências vindas de estudos científicos para derrubar certos
mitos que ainda temos sobre nossa saúde.
O
que ocorre é que as pessoas mais pesadas têm órgãos maiores, que consomem mais
energia.
É verdade que o tecido muscular consome cerca de
três vezes mais energia do que a gordura, mas as células de nossos outros
órgãos são ainda mais “famintas”, conforme demonstrou um recente estudo do
Instituto Alemão de Nutrição, publicado no Journal of Nutritional Sciences.
Pessoas
mais gordas têm órgãos maiores e mais células que precisam ser abastecidas, em
comparação com os mais magros. Isso significa que o consumo geral de energia em
um indivíduo acima do peso – ou seu metabolismo basal – é maior.
2. Ter o quadril largo não é necessariamente melhor
do que ter barriga
Muitos
cientistas já chegaram a defender a ideia de que o chamado “corpo de pera” (que
acumula gordura nos quadris) é mais saudável que um no formato de maçã (com o
excesso de peso em torno da barriga). Não é bem assim.
No
passado, o “corpo de maçã” era, de maneira geral, considerado sob risco maior
de doenças cardíacas e diabetes porque a gordura abdominal secreta substâncias
que desencadeiam inchaços, aumentam a pressão arterial e provocam a resistência
à insulina. Já a gordura que se acumula nos quadris era vista como
relativamente benigna.
Mas
uma pesquisa recente da Universidade da Califórnia em Davis sugere que essa
gordura dos glúteos também libera substâncias prejudiciais.
Em
outras palavras, independentemente da forma do corpo, o excesso de gordura pode
ser uma má notícia.
3. Em países europeus, a maioria das mulheres tem a
forma de um retângulo
Apesar
de muitas mulheres gostarem de se descrever como tendo uma “silhueta de
ampulheta”, ressonâncias magnéticas em 3D mostram algo diferente.
Quando
pesquisadores da Universidade Manchester Metropolitan, na Grã-Bretanha, usaram
essa técnica para avaliar 240 mulheres, descobriram que 63% delas tinham
medidas semelhantes de busto, cintura e ombros, e um quadril menor, o que as
aproxima mais da figura de um “retângulo”.
Apenas
13% das mulheres estudadas tinham a figura de ampulheta. O restante apresentava
um formato de “pera” (8%), de “colher” (ampulheta com volume nos seios) (7%),
de “triângulo invertido” (ombros largos) (6%) ou “triângulo” (3%).
O
estudo também percebeu que as mulheres tendem a ficar mais “retangulares” com a
idade: 80% das que têm mais de 56 anos caem nessa categoria.
4. Os ‘seios masculinos’ não são só gordura, mas
mamas de verdade
Apesar
de a ginecomastia (ou “seios masculinos”) normalmente surgir associada a uma
“barriga de cerveja” e um “queixo duplo”, não se trata apenas de acúmulo de
gordura.
Na
realidade, na maioria dos casos, esse volume é provocado pelo aumento do tecido
mamário.
Homens
que estão acima do peso às vezes desenvolvem esse aumento porque as células de
gordura produzem o hormônio feminino estrogênio, que estimula o crescimento das
mamas.
E,
apesar de a testosterona normalmente inibir esse crescimento, o nível desse
hormônio no organismo do homem tende a cair com a idade.
5. Homens mais gordinhos podem manter uma ereção
por mais tempo do que os magros
Quando
pesquisadores da Turquia analisaram 200 homens em seu desempenho sexual,
descobriram que aqueles com um maior índice de massa corpórea (IMC) e uma
barriga saliente conseguiam manter uma ereção por uma média de 7,3 minutos.
Já
a dos mais magros durava apenas 2 minutos na cama, e eles tinham mais propensão
a sofrer de ejaculação precoce.
A explicação mais provável, defendida em artigo no International Journal of Impotence Research, é o
menor nível de testosterona nestes indivíduos, já que o hormônio costuma andar
de mãos dadas com a obesidade.
No
entanto, apesar de homens mais gordos terem ereções mais duradouras, eles
costumam sofrer mais para conseguir ter uma: o excesso de peso é uma das
principais causas da disfunção erétil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário