quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

ELLA FITZGERALD, A PRIMEIRA DAMA DA CANÇÃO

Arte musical





Publicado por Camila Agner,
sou estudante de Direito e Jornalismo. A vida é extremamente puxada, mas sempre há um espacinho para encaixar as nossas paixões... No meu caso, é a arte que, por si só, me encanta de um modo específico.
Confesso que já tentei ser artista, mas descobri que a minha contribuição com ela envolve a escrita!




Famosa por uma carreira inconfundível no jazz e no blues, Ella foi a primeira diva, um ícone da música. Conheça um pouco mais da artista que ganhou o coração mundo e, hoje, é considerada uma artista atemporal.




Ella Jane Fitzgerald nasceu no ano de 1917, e teve a sua adolescência marcada por abandono afetivo, idas e vindas à delegacias e orfanatos, perda do irmão num acidente de carro e marginalidade motivada por um desespero imenso. Mesmo que tivesse um “destino” marcado para o insucesso, Ella encontrou consolo na dança e na música. A pequena menina de Newport News sempre sonhou em ser cantora ou dançarina, e aos poucos esse sonho foi chegando perto de se tornar real.


Possuidora de um talento musical inegável, aos 17 anos Ella se inscreveu numa competição que ocorreria no famoso Teatro Apollo e no meio de todo o fervor do evento, uma confusão aconteceu e ela teve que se apresentar como cantora e não como dançarina, como havia planejado e ensaiado anteriormente. Ao lado de uma banda que também estava na competição, Ella cantou duas músicas e logo de cara conquistou o coração da plateia. Antes de se dedicar a carreira solo, Ella fez 150 gravações com uma orquestra chamada “Ella Fitzgerald and her Famous Orchestra”.
Não estando mais amparada pela orquestra, Ella começou a tomar espaço no cenário do seu tempo com uma técnica vocal chamada scat, criada por Louis Armstrong, que consiste em se cantar vocalizando sem palavras, e com isso se tornou uma “boa peça” do jazz com a música inicial Flying Home.


Após uma longa carreira na música, a Sra. Fitzgerald ficou conhecida por ter uma dicção magnífica, por conseguir alcançar três oitavas (intervalo entre uma nota musical e outra com a metade ou dobro de sua frequência), por ter um presença de palco muito marcante e, é claro, por possui uma voz impecavelmente ‘moldada’ para o jazz e blues.
Com um repertório que consiste em mais de 200 álbuns, Ella vendeu mais de 40 milhões de discos. Após uma “congelada” na música, Ella voltou a fazer sucesso com um álbum relâmpago no ano de 1972. A surpresa geral vem quando declaram que Ella não fez o seu nome apenas no jazz, mas também na ópera, no blues e – também – deixou sua voz na bossa nova.


Até a música do nosso saudoso Antonio Carlos Jobim, ou Tom Jobim, esteve no repertório de Ella.
O fato é: seja no jazz, na ópera, no blues ou até mesmo na bossa nova, Ella foi uma magnífica cantora e é digna de eternas lembranças.



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