Ciência/tecnologia
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O Sentinel-2a, novo satélite de
observação da União Europeia, entrou em operação.
Usuários
podem agora, mediante um registro simples na internet, baixar qualquer imagem
do planeta.
Suas
imagens serão usadas por pesquisadores para acompanhar uma série de situações,
do crescimento das megalópoles ao desenvolvimento das principais culturas de
alimentos do mundo. Outro emprego promissor será em estudos climáticos.
A
política de dados abertos da União Europeia permite que qualquer pessoa possa
baixar e manipular as imagens do Sentinel.
E
diferentemente de registros de satélites especializados, que são de difícil
interpretação, as imagens coloridas do Sentinel-2a são simples.
A
Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que controla o satélite,
espera uma grande demanda pelas imagens.
Milhares
de pessoas já se registraram para fazer downloads do Sentinel - a maioria
estava interessada nos registros mais complexos de radar produzidos por outro
equipamento da mesma família, o Sentinel-1a.
"Esperamos
que a procura por dados do Sentinel supere todos os precedentes. Já está sendo
algo nunca visto. Nunca tivemos tantos downloads", afirmou Volker Liebig,
diretor de Observação da Terra na ESA.
"É
difícil estimar qual será a demanda para o Sentinel-2a, mas certamente será em
petabytes." Um petabyte equivale a aproximadamente a 200 mil DVDs.
Imagens
óticas (basicamente aquelas que podemos ver) são a pedra fundamental da
observação da Terra, e aparecem cada vez mais em aplicativos móveis e na
internet.
Um
grande sucesso nessa área é a série do programa americano Landsat, que há mais
de 40 anos fornece um registro contínuo das mudanças do planeta.
O
Sentinel-2a terá um papel complementar ao Landsat, mas com maior capacidade - o
que explica a estimativa de alta procura pelas imagens.
Os
instrumentos do 2a são sensíveis a um maior número de espectros de luz,
permitindo o discernimento de mais informações sobre a superfície. Também irão
cobrir uma faixa maior de solo (290 km contra 185 km no Landsat). Suas imagens
coloridas possuem ainda uma resolução de dez metros, contra 30 metros do
sistema americano.
O
Sentinel-2a ainda não opera em plena capacidade, mas especialistas avaliam que
os primeiros registros já cumprem as expectativas de qualidade.
Bianca
Hoersch, da ESA, diz que ajustes de qualidade estão em curso, e que o download
de um registro de 5 GB deverá demorar menos de dez minutos.
Quem
planeja baixar imagens do satélite deverá ter memória suficiente no computador,
pois os arquivos são pesados.
O
próximo satélite da família Sentinel a ser lançado dentro do bilionário
programa Copernicus da União Europeia é o 3a. O foco desse equipamento, que
deverá ser lançado no próximo mês, será os oceanos.
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