O amor-fou não cabe nas bem comportadas e muitas vezes
hipócritas regras sociais e desafiam a moral burguesa, altamente acoplada aos
mecanismos de poder da sociedade. O amor-fou grita, geme, chora, reivindica,
cria ruídos, desestabiliza. Vamos aos filmes?
Cena do filme Amantes
Amor-fou é uma expressão francesa que significa amor louco.
O amor-fou foi reverenciado pelos surrealistas por seu caráter espontâneo e
vital.
O amor-fou não cabe nas bem comportadas e muitas vezes
hipócritas regras sociais e desafiam a moral burguesa, altamente acoplada aos
mecanismos de poder da sociedade. O amor-fou grita, geme, chora, reivindica,
cria ruídos, desestabiliza. Vamos aos filmes?
1. Amantes, de Vicente Aranda
Baseado em fatos reais, este filme de 1991, concedeu o urso
de Prata no Festival de Berlim a espanhola Victoria Abril. A trama se passa nos
anos 1950 e gira em torno de um jovem que acabou de cumprir serviço militar e
necessita arrumar um emprego e se casar com sua noiva que trabalha como
empregada doméstica na casa de um comandante. Porém, ele aluga um quarto na
casa de uma viúva e acaba se envolvendo sexualmente e afetivamente com ela,
transformando irremediavelmente a vida de todos. Típico filme espanhol sobre o
amor. Passional, histérico, estridente, devastador.
2. Atame, de Pedro Almodóvar
Victoria Abril é a estrela também deste cult dirigido por
Almodóvar e protagonizado por Antonio Banderas. Atame é uma comédia romântica
sexy e nada convencional, em que um rapaz desajustado sequestra uma ex atriz
pornô viciada e a mantém presa em seu próprio apartamento até ela se apaixonar
por ele.
Atame
3. Último tango em Paris, de Bernardo Bertolucci
Este melancólico filme sobre a miséria da existência humana
e a imprevisibilidade da vida aproxima um homem de meia idade amargurado e
cínico de uma mocinha que está começando a vida: um casal improvável na
sociedade se forma na intimidade e no anonimato de um apartamento vazio. Um
brinde ao amor que se desenvolve à parte dos grilhões sociais.
Último tango em Paris
4. Esse obscuro objeto do desejo, de Luis Buñuel
Buñuel usava uma linguagem sóbria e racional para falar do
irracional, do ilógico, do inexplicável. Esta sutil e inteligente comédia faz
um paralelo entre a Espanha pós Franquismo com a relação turbulenta de um
complicado casal: Mathieu, um rico homem de meia idade e Conchita, uma instável
e ambígua jovem espanhola interpretada por duas atrizes.
Esse obscuro objeto do desejo. Angela Molina como Conchita
Esse obscuro objeto do desejo. Carole Bouquet como Conchita
5. A mulher do lado, de François Truffaut
Belíssimo filme do diretor que amava as mulheres sobre dois
amantes que se reencontram acidentalmente depois de 8 anos sem se verem. Ambos
estão casados e felizes, mas quando se reencontram toda a paixão e desespero
voltam à tona com violência.
A mulher do lado
6. O morro dos ventos uivantes, de Peter Kominsky
Baseado no romance homônimo de Emily Brontë , este filme
narra a Via Crucis pela qual o atormentado Heathcliff passa ao perder Cathy, a
mulher que ele amava desde a infância. Uma das mais famosas e marcantes
histórias de amor de todos os tempos.
O morro dos ventos uivantes
7. Fim de caso, de Neil Jordan
Baseado no romance homônimo de Graham Greene, este comovente
e melancólico filme mostra o romance entre Maurice, um escritor, e Sarah, a
esposa de um diplomata. Imaginando que o amante está morto, Sarah pede a Deus
por um milagre, mesmo sendo ateia. Quando a graça é obtida , o preço a se pagar
é maior do que ela pode suportar.
Fim de caso
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