quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

CIDADE DE ESTOCOLMO – A CAPITAL DA SUÉCIA

Mundo: cidade europeia


A ‘Veneza do norte’.

Estocolmo (em sueco: Stockholm,  é a capital e maior cidade da Suécia. É a sede do governo sueco, representado na figura do  Riksdag, parlamento nacional do país, além de ser a residência oficial dos membros da monarquia sueca. Em 2008, a área metropolitana de Estocolmo era o lar de cerca de 21% da população da Suécia e contribuía com mais de 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Segundo dados de 2010, a cidade de Estocolmo propriamente dita tinha uma população de 807 311 habitantes, enquanto que a área urbana (em sueco tätort) tinha cerca de 1,3 milhão de moradores, e sua região metropolitana, a maior aglomeração urbana do país, que engloba as demais cidades periféricas ou próximas de Estocolmo, além dela própria, cerca de 2 milhões.




Estocolmo é o maior e mais importante centro urbano, cultural, político, financeiro, comercial e administrativo da Suécia desde o século XIII. Sua localização estratégica sobre 14 ilhas no centro-sul da costa leste da Suécia, ao longo do lago Mälaren, tem sido historicamente importante. 


Uma vez que a capital sueca está situada sobre ilhas conhecidas por sua beleza, a cidade é destino de turistas de todo o mundo, tendo sido apelidada nos últimos anos de "Veneza do Norte". Estocolmo é conhecida pelos seus edifícios e monumentos extremamente bem preservados, por seus arborizados parques, por sua riquíssima vida cultural e gastronômica, e pela gigantesca qualidade de vida que oferece à seus moradores. Há décadas, Estocolmo figura como uma das cidades mais visitadas dos países nórdicos, com mais de um milhão de turistas internacionais anualmente. Nos últimos anos, tem sido citada entre as cidades mais "habitáveis" do mundo, sendo uma das mais limpas, organizadas e seguras do mundo.



O nome Stockholm nasce da junção de dois nomes; a primeira parte, stock, que significa literalmente "tronco de madeira", pode ser relacionado com uma palavra do antigo alemão (Stock), que significa "fortificação", enquanto que a segunda parte, holm significa ilha, referindo-se à ilhota de Helgeandsholmen na zona central de Estocolmo, de onde a cidade surgiu.

As duas referências mais antigas conhecidas da cidade de Estocolmo datam ambas inseridas em documentos em latim, o primeiro de Julho de 1252 e o segundo de 19 de Agosto do mesmo ano. Estocolmo era um centro de comércio importante nas atividades ligadas à exploração das minas de ferro Bergslagen.

A cidade foi fundada por Brigério Jarl, sem que haja a certeza de ter efetivamente ocorrido nessa altura, com o intuito de proteger a Suécia das invasões marítimas de navios estrangeiros, e também com o objetivo de tentar travar as pilhagens de cidades tais como Sigtuna nas margens do lago Mälaren.

Gravura da cidade de Estocolmo no final do século XVI.

A que agora é a cidade velha (Gamla Stan) foi edificada perto da ilha de Helgeandsholmen entre 1300 e 1500. A cidade original obteve alguma importância através da Liga Hanseática, um importante acordo económico entre países da região báltica. Estocolmo desenvolveu-se, crescendo tanto económica como culturalmente, estabelecendo importantes uniões nesses campos com cidades tais como Lübeck, Hamburgo, Danzig, Visby, Reval (atual Tallinn) e Riga. Entre 1296 e 1478 a Câmara Municipal de Estocolmo era constituída por 24 membros dos quais mais de metade eram representantes da Liga Hanseática.


A localização estratégica de Estocolmo no panorama económico de toda a região do mar Báltico fez com que a cidade fosse um elemento preponderante nas negociações entre os Reis da Dinamarca da União de Kalmar e o movimento de independência nacional no século XV. A 8 de Novembro de 1520, ainda antes da separação da Coroa Sueca da União de Kalmar, assistiu-se na cidade ao chamado banho de sangue de Estocolmo, um massacre sem precedentes de membros opositores da União, e por conseguinte apoiantes dos rebeldes independentistas. Com a ascensão de Gustavo I Vasa ao poder, em 1523, e com o estabelecimento da monarquia, Estocolmo atingiu tempos de prosperidade tendo a sua população crescido, atingindo uma dezena de milhares de habitantes em 1600.

No século XVII a Suécia atingiu grande prosperidade e respeito por parte dos países europeus, refletindo-se no desenvolvimento de Estocolmo. Desde 1610 até 1680, a população multiplicou-se seis vezes. Em 1634, a cidade tornou-se na capital oficial do Império Sueco. Foram aprovadas leis que deram a Estocolmo o monopólio do comércio da Suécia e dos territórios escandinavos.

Em 1710 a cidade sofreu um surto de peste bubónica. Depois do fim da Grande Guerra do Norte Estocolmo estagnou, tanto a nível de população como também a nível económico e cultural. Contudo, a cidade manteve-se como centro político da monarquia tendo retomado o rumo de crescimento com o rei Gustavo III. A Ópera Real é um bom exemplo da arquitetura que se praticava na época devido, sobretudo ao impulso cultural e artístico que o monarca provocou.

A praça de Sergels Torg, na distrito de Klara.

Durante a segunda metade do século XIX desenvolveram-se novas indústrias e Estocolmo tornou-se num importante centro de serviços e comércio, tal como também na principal porta de entrada por via marítima na Suécia. A sua população cresceu exponencialmente nesta época devido principalmente à imigração que a cidade foi alvo. No final do século, Estocolmo contava já com pouco menos de quarenta por cento de habitantes nascidos na cidade; nessa medida, começou a desenvolver-se para além dos limites da cidade. Durante esta época surgiram na cidade importantes institutos ligados às ciências tais como o Instituto Karolinska e a Universidade de Estocolmo.


Mais tarde, já durante a segunda metade do século XX, a cidade de Estocolmo tornou-se tecnologicamente muito evoluída, e etnicamente muito variada. Muitos edifícios históricos foram deitados abaixo, incluindo o distrito inteiro de Klara para serem substituídos por edifícios de arquitetura contemporânea. Ao longo do século muitas companhias de trabalho mais duro foram-se afastando da cidade, dando lugar a novas empresas ligadas a áreas tecnológicas e científicas e também ligadas aos serviços

Fotografia aérea da cidade mostrando as ilhas que formam Estocolmo.

Estocolmo fica na parte da costa oriental da Suécia. Está situada num arquipélago de catorze ilhas e ilhotas, unidas por 53 pontes, na região onde o lago Mälaren encontra o mar Báltico. A fisiografia da cidade é muito homogénea, sendo que predominam as planícies, chegando no máximo a 200 m de altitude em alguns pontos. Cerca de 30% da cidade está coberta de canais e outros 30% são ocupados por parques e zonas verdes, proporcionando à cidade um clima mais favorável do que se deveria esperar, principalmente devido à elevada latitude no contexto europeu.


A cidade de Estocolmo tem um clima continental. Devido à latitude da capital sueca, o clima deveria ser mais frio, no entanto é ameno devido à influência da Corrente do Golfo. A duração do dia, em média, varia entre 18 horas, no Verão, e 6 horas no Inverno, sendo que a cidade desfruta de 1821 horas de sol anualmente.

Os Verões são agradáveis com a temperatura máxima a variar entre os 20 e os 23 °C e a mínima à volta dos 15 °C. Os Invernos são frios com temperaturas a rondar os 0 °C. A precipitação anual é de 539 mm, sendo que a média de dias húmidos por ano é 164. Durante os meses de Dezembro a Março ocorrem normalmente nevões que cobrem a cidade durante várias semanas.


Os subúrbios de Estocolmo são lugares com antecedentes culturais diferentes. Algumas áreas nos subúrbios, incluindo Tensta, Jordbro, Fittja, Husby,Brandbergen, Rinkeby, Kista, Hagsätra, Rågsved, Södertälje, Huddinge, têm elevada percentagem de imigrantes e de descendentes de imigrantes. Estes imigrantes vêm, principalmente, do Oriente Médio (sírios, turcos e curdos) e da antiga Iugoslávia. Mas também há imigrantes provenientes da África, do Sudeste Asiático e da América Latina. Outras partes dos subúrbios citados, como Hässelby, Vällingby, Flysta e Hökarängen, têm a maioria das etnias suecas.

Conselho Municipal de Estocolmo.

Parlamento da Suécia.

O município é governado pela assembleia municipal (kommunfullmäktige) constituída por 101 membros eleitos através de eleições municipais, levadas a cabo a par das eleições legislativas de quatro em quatro anos. A assembleia reúne duas vezes ao mês, sendo que as sessões são abertas ao público. A kommunfullmäktige elege um comité executivo municipal (kommunstyrelse), constituído por 13 membros representando os dois partidos maioritários na assembleia. A função deste comité é de criar e implementar medidas a aplicar na governação de Estocolmo, tendo essas medidas de ser aprovadas pela maioria da assembleia para serem aplicadas. A organização política inclui ainda oito comissários efetivos (borgarråd) e outros quatro representantes dos partidos da oposição. Os trabalhos são coordenados pelo comissário responsável pela pasta das Finanças (finansborgarråd, às vezes apelidado de Presidente da Câmara), que também preside o comité executivo municipal. O atual responsável pelo cargo é Sten Nordin, do Partido Moderado.

A política da cidade de Estocolmo é ser cidade-irmã informalmente de todas as capitais do mundo, com foco nas capitais da Europa Setentrional. Estocolmo não assina qualquer geminação formal de tratados, embora a cidade afirma estabelecer que tais tratados no passado ainda são válidos.

Pontos turísticos


Palácio Real de Estocolmo

Palácio Real de Estocolmo

A Igreja Riddarholmskyrkan

Teatro Drottningholms

A "Gamla stan" ou cidade velha

O centro da cidade, ou Stadsholmen, a Riddarholmen (Ilha dos Cavaleiros) e a Helgeandsholmen (ilha onde se encontra o Parlamento Sueco, ou Riksdag)

A Sager House, casa do primeiro-ministro da Suécia


A praça Norrmalmstorg, no centro da área comercial da cidade

A praça Sergel (Sergels torg), local de manifestações, com seu pilar central de 37 m e fonte de forma superelíptica

A península Djurgården (com seus museus e zoológico, no centro da cidade), que inclui o museu ao ar livre Skansen, retratando a Suécia do passado.


O parque de diversões Gröna Lund

A torre de TV Kaknästornet, com seus 155 metros de altura e seu mirante no topo.

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