quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

UM SONHO POSSÍVEL

Arte cinematográfica

Publicado por Eva Camargo
“é estudante de medicina veterinária, com aspiração a super heroína e disfarce de escritora. Uma completa bagunça, que teima em dizer que não quer ser arrumada.”





Baseado em fatos reais, uma história emocionante onde esporte e amor mostram que podem mudar a vida de uma pessoa. Michael Oher é um garoto carente, sem teto e com problemas de aprendizado. Leigh Anne é uma mulher bem sucedida, rica, com marido e filhos exemplares. Dois mundos diferentes que se aproximam e se conectam numa grande história de amor entre um filho e uma mãe. E é claro, esporte. Azul 36, Azul 36, vaaai!


Existem filmes e filmes baseados em fatos reais. O segundo entra em uma categoria que eu chamaria de: “poder de entrar na sua mente e seu coração fazendo-o chorar, rir ou ter medo há um nível sobre-humano (dependendo da categoria ao qual ele faz parte)”. As pessoas que conheço sempre que começam a assistir um filme, seja comédia, terror ou suspense e as palavrinhas “baseado em fatos reais” aparecem na tela, seus corações dão um pulinho no peito.

Em “Um Sonho Possível” eu posso afirmar que o meu coração fez um salto de paraquedas, sem o paraquedas. Ele é baseado na história de Michael Lewis, um astro do futebol americano, o que já me faria amar o filme por isso apenas. Sendo sincera, quando olhei para o filme, pensei ser mais um daqueles filmes motivadores sobre esporte, superação e sucesso. E sim, eu não estava errada. Porém neste longa cinematográfico é adicionado um elemento surpresa muito mais forte que eleva numa raiz quadrada bem grande seu sucesso: o amor de mãe.

Michael Oher “Big Mike” é um garoto de 17 anos, que vive como sem-teto, vagando pelas ruas e dormindo na lavanderia que usa para lavar sua única peça de roupa, até que conhece a pessoa capaz de mudar sua vida. Ou melhor, como a personagem mesmo diz durante o filme, a pessoa que foi mudada por Michael: Leigh Anne.

Leigh Anne é uma moderna mulher, esposa de Sean e mãe de S.J. e Collins. Parte da alta sociedade frequenta clubes para mulheres e faz ações sociais. E o que começou com um ato de solidariedade terminou numa das maiores felicidades da mulher.

Ela convida o garoto para passar a noite com a família, pois descobre que ele não tem onde ficar e ai se inicia uma linda história de amor familiar. O rapaz era um garoto tímido e com problemas de aprendizado, mas possuía um instinto de proteção fora do normal. E aqui, hoje, eu quero chamar de dom. Michael Oher possuía um dom que poucos possuem atualmente, ele era capaz de proteger as pessoas que amava com sua própria vida. Além dela, se fosse possível.

A mulher da alta sociedade e o menino sem-teto iniciam uma caminhada de descobrimento e de amor, capaz de te deixar com os olhos marejados. E há muito mais nessa história.


A aceitação por parte da família, a forma como Michael se torna da um membro daquele âmbito familiar, sua caminhada na escola. Uma parte interessante fica a cargo de uma das professoras que não desiste de Michael, procurando formas para que ele entenda a matéria e vá bem às provas. O humor leve fica por conta de SJ que no fim, torna-se moeda de negociação para o futuro esportivo de Michael.

E não pense que o filme é melodramático ao extremo, ele é bem construído e com cenas fortes. Toda parte esportiva (amo filmes com essas temáticas) se torna especial quando você percebe de onde vem à habilidade do protagonista no futebol. É um filme perfeito para uma tarde de domingo com a família.

Personagens bem construídos, atores incríveis, cenários práticos e cotidianos, experiências se chocando e mostrando uma realidade dura e sem polimento, onde mostra que o esporte e o amor podem sim mudar a vida de pessoas.


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