O atentado de 20 de julho foi um fracassado atentado ocorrido em igual dia do ano de 1944 contra Adolf Hitler, líder da Alemanha Nazista, dentro de uma cabana na Toca do Lobo em Wolfsschanze, o Quartel General Secreto de Hitler na Prússia Oriental. O plano foi organizado por um grupo de oficiais do Wehrmacht, liderados pelo Coronel Claus von Stauffenberg que estavam insatisfeitos com o andamento da guerra. O atentado fez parte de um golpe de estado baseado na chamada Operação Valquíria. O atentado mostrou o aumento significativo da resistência alemã contra o governo nazista. Stauffenberg levou uma bomba em uma pasta para uma reunião de lideranças e a deixou próxima de Hitler. Ao explodir, Stauffenberg pensava que Hitler havia morrido, e horas depois declarou aos oficiais que sua força de comando estava assumindo o controle da Alemanha. Os conspiradores pretendiam assinar uma rendição condicional (cessar fogo) com os Aliados e concentrar todas as tropas alemãs na guerra contra a União Soviética, precisando fazer isto antes que o Exército Vermelho invada a Europa central e chegasse à Berlim. Entretanto, Hitler havia sobrevivido, e mais tarde descoberto a lista de conspiradores. 5.000 pessoas foram presas, e 200 foram executadas, incluindo o coronel Stauffenberg.
A conspiração
Cerca de 500 oficias alemães iniciaram a conspiração por estarem frustrados com a forma como Segunda Guerra Mundial estava sendo administrada, as enormes baixas do exército alemão desde a queda em Stalingrado, a incompetência de Hitler em recuos militares e os crimes cometidos contra civis e em especial o Holocausto.
O sucesso da conspiração dependia do coronel conde Claus von Stauffenberg, que levaria a bomba que explodiria Hitler à Toca do Lobo. Stauffenberg estava realizando o assassinato, pois naquele momento, era o único traidor que tinha acesso direto à Hitler e também, se considerava o único mais preparado para realizar o atentado. Na Toca do Lobo também havia outro traidor, o General Erich Fellgiebel, que deveria ligar para Berlim para informar se o atentado foi bem-sucedido, depois ele cortaria as comunicações entre a Toca do Lobo e o resto do mundo, fazendo com o quartel ficasse isolado. Com a morte de Hitler confirmada, os generais em Berlim telegrafariam para informar ao exército de que estavam no controle. À tarde, Stauffenberg assumiria o controle e pediria aos Aliados uma rendição condicional. Este foi somente o último de um total de 42 atentados sem sucesso contra Hitler, sendo que somente Stauffenberg já havia tentado pessoalmente duas vezes assassinar o Führer (antes do atentado de 20 de julho).
Pouco antes das 8:00 horas da manhã, Stauffenberg parte de avião em um campo militar fora de Berlim com seu ajudante pessoal Werner von Haeften, chegando em três horas no Quartel General Secreto de Hitler na Prússia Oriental, a Toca do Lobo. Seu suposto objetivo seria levar informações a Hitler, pois como Chefe das Tropas de Reserva, Stauffenberg tem às vezes acesso ao Führer, mas seu propósito é explodir Hitler com duas bombas em sua pasta. Enquanto isso os líderes Aliados na guerra contra Hitler estão alheios ao fato de que seu inimigo mútuo é alvo de um atentado de seus próprios homens. Às 13h00min horas pontualmente, Hitler se reunirá com seus oficiais em uma cabana para discutir a situação na Frente Oriental, Stauffenberg estará lá, levando em sua pasta duas bombas capturadas dos ingleses, ele as colocará o mais perto possível de Hitler, então ele irá se retirar da reunião sobre um falso pretexto antes da bomba explodir, deixando sua pasta lá, então as bombas detonarão, matando todos no local.
Em torno das 9:00 horas da manhã o Führer acorda. A secretária de Hitler, Krista Schroeder escreverá que o Führer suspeita que um atentado contra ele seja iminente, mas jamais pensou que isso viria de seus próprios oficiais, sempre acreditou que o perigo partiria dos ingleses. Em seu bunker, Hitler relata à sua secretária que vai alterar seus horários, antecipando a reunião para 12:30, pois o Führer receberá a visita de Mussolini, então ele quer mais tempo com seu aliado fascista. Parece algo banal, mas mudará todos os acontecimentos do dia.
Em torno de 11:00 horas, o avião de Stauffenberg pousa no Campo Militar de Rastenburg, próximo à Toca do Lobo. Às 11:30, Stauffenberg chega à Toca do Lobo, sendo que ele acredita possuir pouco mais de uma hora para armar as bombas. Stauffenberg é recebido pelo seu superior, o Marechal de Campo Keitel, que lhe diz que a reunião foi adiantada em meia hora. Keitel nada sabia sobre o atentado, e ele queria que Stauffenberg animasse o Führer, que andava muito depressivo.
Stauffenberg percebeu que tinha muito pouco tempo para armar as bombas e realizar um dos atos mais importantes de sua vida. Era um dia quente e Stauffenberg, para se livrar da companhia de Keitel, pediu algum tempo para se refrescar e trocar sua camisa, essa foi sua desculpa para armar as bombas. Assim, pouco antes do 12:00, Stauffenberg e seu assistente Werner von Haeften vão para uma sala, enquanto isso Hitler se prepara para a reunião. Stauffenberg começa a armar a primeira bomba, uma mina adesiva inglesa chamada de “grampo”, cada bomba contém 900 gramas de explosivos. para carregá-los, uma cápsula de ácido é quebrada, o ácido corrompe o fio de retenção, que começa a se dissolver, podendo levar de 10 a 20 minutos para corroer o fio, depois disso, uma pequena faísca é solta em um detonador. Uma vez armada é impossível desarmá-la. Às 12:15, Hitler está saindo de seu bunker para o local da reunião juntamente com outros oficiais, Stauffenberg com seu alicate adaptado, rompe a cápsula de ácido de uma das bombas, mas quando ele está prestes a quebrar a cápsula da segunda bomba, um auxiliar o interrompe e diz para apressar-se, ele o vê colocando um dos pacotes na pasta, mas nada faz, já que não sabe do que se trata. Assim, Stauffenberg não arma a segunda bomba e se dirige à reunião, Haeften guarda a bomba desarmada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário