Publicado por Adriane Pereira.
“É por meio da escrita que me relaciono com o mundo externo e o meu mundo interior. Bem vindo ao meu mundo que ao ser compartilhado se torna nosso.”
Nem toda crítica nos serve. No entanto a crítica construtiva, baseada em fatos, pode nos levar à mudança. Cabe a nós avaliarmos quais críticas devem ou não ser aproveitadas como forma de crescimento próprio. Receber e oferecer crítica exige boa dose de análise, flexibilidade, intenção sadia e discernimento.
Georges Vastagh (Chatting): data desconhecida
Esses dias pensei no quanto difícil é encontrar alguém que aceite as críticas construtivas como meio de aprender alguma coisa. Quando se fala em crítica, rapidamente alguns associam como forma de denegrir a própria imagem ou a imagem alheia, mas não necessariamente precisa ser assim.
A crítica construtiva é aquela em que quem critica deseja o melhor ao outro. Deseja que por meio de suas observações o outro possa crescer e tirar partido da mesma para melhorar-se. Talvez muitos de nós tenhamos experiências desagradáveis por que nem sempre se recebe a crítica de maneira embasada e nem sempre todo mundo a faz com boa intenção. Mas lhe digo: aceite as críticas. Nem sempre elas serão ruins. Aceite principalmente àquelas vindas de pessoas que os amam. Aceite a crítica daqueles que a farão com a única intenção de lhe fazer enxergar o que você talvez por medo ou por arrogância não queira ver.
Aceite a crítica daqueles que podem de algum modo contribuir por que já possuem experiências suficientes para saber o que fazer para que você não erre. Não sou contra o erro. Aliás, é muitas vezes por meio dele que aprendemos, infelizmente ou felizmente não sei. Todavia, quando alguém nos oferece sua vivência e conseguimos aprender com ela queimamos etapas e economizamos tempo.
O Pensador - Auguste Rodin
Sei bem que ser criticado nos coloca numa condição vulnerável. Ela muitas vezes nos força a sair da zona de conforto, nos força a rever pontos de vista, contudo, se baixar a guarda, analisar e ponderar pode ser que ela favoreça para que seu comportamento ou seu trabalho seja ainda mais enriquecido ou reconhecido. Por trabalho aqui se entenda qualquer obra que você ofereça aos demais. A ideia da crítica construtiva é justamente isso: elevar o nível da pessoa e não rebaixá-lo. Aí está a diferença da crítica que tem por bem favorecer o crescimento do indivíduo, daquela feita com intuito de baixar a autoestima de alguém.
Se não aprendeu a receber ou oferecer a crítica, aprenda. Pode lhe ser útil numa ou noutra situação. As palavras podem levar uma pessoa às nuvens assim como, quando mal empregada pode levar a pessoa ao chão. Sejamos àqueles que elevam! Além disso, se parte da crítica ou toda ela não for pertinente, não por seu medo de aceitá-la, mas por que de fato não é real, desconsidere-a, ou aproveite a parte que lhe cabe, mas não a recuse sem antes mesmo ouvi-la. Não se pode ter visão ampla das coisas sem ouvir as pessoas, mas aceitar críticas não significa calar sua voz e concordar com tudo que lhe digam, ou ainda fazer tudo o que lhe digam, por isso, se autoconhecer evita autoenganos. Somente quem de fato sabe quem é, pode discernir se o que lhe dizem serve ou não para si.
Aceite a crítica, pois nem sempre o mundo lá fora lhe criticará com o amor que as pessoas que o amam fazem e a vida ensina, mas nem sempre do modo mais gentil.
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