Colaboração de Luiz Eduardo Costa.
É jornalista atuante no Jornal O Povo de Aracaju, Sergipe
Os trogloditas estão de volta. Eles reaparecem de tempos em tempos. No começo da década dos sessenta, andavam sugerindo que para salvar o Brasil era preciso que cada um bom brasileiro matasse um comunista por dia. Naquele tempo surgiu o Comando de Caça aos Comunistas, formado na sua maior parte por universitários da elite paulista, que ensaiaram atos de terrorismo. Nos anos setenta quando a ditadura exacerbou-se e surgiram os movimentos guerrilheiros, outra vez o CCC voltou a agir. Agora, contudo, nem há mais comunismo, que foi levado de roldão com todas as suas iniquidades pela queda do Muro de Berlim. Mas há quem queira reinventar a guerra- fria, e até enxergam o perigo de ser o Brasil invadido por Cuba, que para aqui mandara os seus médicos, a quinta coluna dos agentes castristas, todos disfarçados com seus jalecos brancos. Enxergaram comunismo também nos programas sociais. É comunismo matar a fome de quem não tem o que comer.
Dividir, polarizar a sociedade, criar falsamente o maniqueísmo do bem contra o mal, é sempre uma tarefa de mentes entorpecidas, que desconhecem a convivência plural e imaginam a salvação na ignomínia de uma ditadura. São apologistas do ódio e da truculência.
O CCC, na covarde proteção das sombras noturnas, apareceu em Aracaju para sujar, com frases idiotas, a fachada da sede do PC do B, partido que de comunismo não guarda mais nada além do nome, e que tem um dos seus integrantes, o honrado homem público Aldo Rebelo, exercendo o cargo de Ministro da Defesa. E o seu dirigente em Sergipe, Edvaldo Nogueira, é católico praticante, desses que assistem missa e pedem a benção ao bispo.
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