Publicado por Lynn Colling
Publicitária, cinéfila e editora do blog 'Película Criativa'.
Ainda sobre as mulheres, para celebrar o dia Internacional das Mulheres.
Uma seleção especial para homenagear a presença feminina dentro da sétima arte. Neste ranking, confira quais são as principais cineastas da atualidade.
Todos os anos surgem novos nomes para provar o talento feminino na criação de filmes surpreendentes. Em 2010, Kathryn Bigelow tornou-se a primeira mulher ganhadora do Oscar de Melhor Direção por "Guerra ao Terror" (The Hurt Locker), após uma disputa emocionante com James Cameron e Quentin Tarantino.
Para honrar o poder feminino na sétima arte, foi elaborada uma lista com as melhores cineastas da atualidade - do Irã à Nova Zelândia, conheça o meu Top 25º de diretoras de cinema.
#25 - Samira Makhmalbaf (Irã)
É uma das maiores revelações do circuito internacional. A jovem cineasta dirigiu e escreveu o longa “A Maçã”, e tornou-se uma das figuras mais queridas do Festival de Cannes. Com apenas cinco trabalhos na bagagem, o filme “O Quadro Negro” (Blackboards) também causou uma ótima impressão e ganhou o prêmio do júri em Cannes.
#24 – Maiwenn (França)
Ela iniciou a carreira no cinema aos 12 anos e há boatos que foi a verdadeira inspiração para o papel de Matilda - personagem de Natalie Portman em “O Profissional” (Léon). Após se casar com Luc Besson, Maiween começou sua aventura atrás das câmeras e já dirigiu quatro filmes na França. O mais famoso é “Polissia” (Polisse), lançado em 2011.
#23 – Andrea Arnold (Reino Unido)
Ganhadora do Oscar na categoria de Melhor Curta-Metragem, a cineasta é mais conhecida pelo excelente "Aquário" (Fish Tank), com Katie Jarvis e Michael Fassbender - o filme recebeu o BAFTA de Melhor Filme Britânico. Ela também recebeu um BAFTA por "Marcas da Vida" (Red Road).
#22 – Anna Muylaert (Brasil)
Sua carreira começou na direção de programas de televisão e de vários curtas, entre eles "Rock Paulista". Com o longa "Durval Discos" (2002), ela recebeu o prêmio de Melhor Filme e Melhor Diretor no Festival de Gramado. Entre seus trabalhos mais recentes estão "É Proibido Fumar", com Glória Pires e Paulo Miklos, e "Que Horas Ela Volta?", com Regina Casé.
#21 – Catherine Hardwicke (EUA)
Seu filme mais popular ainda é “Crepúsculo” (Twillight), mas é impossível deixar de mencionar seus primeiros trabalhos no cinema. “Aos Treze” (Thirteen) marcou sua estreia como diretora, e foi um sucesso de crítica e público. Ela também se destacou ao dirigir “Os Reis de Dogtown” (Lords of Dogtown), filme estrelado por Heath Ledger.
#20 - Nicole Holofcener (EUA)
Seu sucesso no cinema independente veio com o prêmio "Robert Altman" no Independent Spirit Awards, por seu trabalho em “Sentimento de Culpa” (Please Give). Ela também foi responsável pela direção de “Amigas com dinheiro” (Friends With Money), filme que reuniu um grande elenco feminino, composto por Jennifer Aniston, Catherine Keener e Frances McDormand.
#19 – Debra Granik (EUA)
Sua estreia atrás das câmeras foi em “Down to the Bone”, filme estrelado por Vera Farmiga e indicado ao Independent Spirit Awards. Mas seu nome começou a ganhar destaque através do sucesso internacional de “Inverno da Alma” (Winter’s Bone) - filme que rendeu a primeira indicação ao Oscar de Melhor Atriz para Jennifer Lawrence.
#18 - Sarah Polley (Canadá)
Ela ganhou seu lugar na lista pela direção de “Longe Dela” (Away From Her), um dos melhores filmes do circuito canadense. Sua carreira ainda é recente, mas já pode ser considerada como uma das grandes promessas femininas do cinema. Ela também é a queridinha do Toronto International Film Festival e chama atenção de atrizes consagradas, como Julie Christie e Michelle Williams - protagonista de “Entre o Amor e a Paixão” (Take This Waltz).
#17 - Lucrecia Martel (Argentina)
Formada em Comunicação, ela realizou alguns curtas, entre eles "Rey Muerto" (1995) - que recebeu vários prêmios em festivais internacionais. Em 1999, a cineasta fez sucesso em Sundance com "O Pântano" (La Ciénaga) e contou com o apoio dos irmãos Almodóvar em "A Menina Santa" (La Niña Santa). O trabalho mais elogiado pela crítica é "A Mulher Sem Cabeça" (La Mujer sin cabeza).
#16 - Julie Taymor (EUA)
Ela começou a carreira brilhando nos palcos, ao dirigir espetáculos de ópera e peças teatrais. Sua estreia com o cativante “Frida” atraiu os olhares mais exigentes - o filme recebeu seis indicações ao Oscar. Em "Across the Universe", a cineasta dirigiu seu primeiro musical e prestou uma homenagem aos Beatles. Seu último sucesso no cinema foi o épico “A Tempestade” (The Tempest), baseado na peça de William Shakespeare.
#15 - Nancy Meyers (EUA)
É uma das diretoras de maior sucesso dentro do gênero de comédia-romântica. Seu primeiro trabalho foi o popular “Operação Cupido” (The Parent Trap). Mais tarde, ela também começou a trabalhar como roteirista, focando em personagens femininos maduros, como nos filmes “Alguém tem que ceder” (Something’s Gotta Give), “Do que as mulheres gostam” (What Women Want), “Simplesmente Complicado” (It’s Complicated) e “O Amor não tira férias” (The Holiday).
#14 – Ava DuVernay (EUA)
A cineasta começou com a direção de comerciais, mas foi o longa "Selma" que despertou a atenção da crítica. A cinebiografia de Martin Luther King foi indicada ao Oscar em 2015 e venceu o prêmio de Melhor Canção Original. DuVarnay também entrou para a história: foi a primeira mulher negra a receber uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Direção.
#13 - Isabel Coixet (Espanha)
Ganhadora de três prêmios Goya, é a cineasta de maior sucesso do circuito espanhol. Ela também marca presença nos principais festivais de cinema da Colômbia e Argentina. Sua consagração chegou em 2003, com “Minha Vida Sem Mim” (The Secret Life of Words). Coixet também dirigiu grandes estrelas do cinema, como Penélope Cruz e Ben Kingsley no drama “Fatal” (Elegy).
#12 - Lisa Cholodenko (EUA)
Seu trabalho começou na televisão, mas ela logo passou para o cinema e dirigiu a comédia disfuncional “Minhas Mães e Meus Pais” (The Kids Are All Right), indicado ao Oscar. Mas foi o longa “Laurel Canyon - A Rua das Tentações” que a colocou no mapa, estrelado por Kate Beckinsale, Frances McDormand e Christian Bale. Por se tratar de uma cineasta de filmes independentes, Cholodenko consegue atrair grandes nomes de Hollywood em seus projetos.
#11 - Anne Fontaine (França)
Mais conhecida no circuito europeu, ela atingiu a fama com a cinebiografia de Coco Chanel, estrelada por Audrey Tautou. Entre seus principais projetos, estão “A Garota de Mônaco” (La fille de Monaco), “Em suas mãos” (Entre ses mains) e “Lavagem à seco” (Nettoyage à sec).
#10 - Nadine Labaki (Líbano)
Sua estreia aconteceu com "Caramelo" (Caramel). Além de dirigir o longa, ela também escreveu o roteiro e foi a protagonista da trama. Labaki já demonstrou que conhece a crítica de Cannes: todos seus filmes tiveram momentos de destaque no festival. Um de seus projetos, “E agora, aonde vamos?” (Et maintenant on va où?), concorreu ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
#09 - Lone Scherfig (Dinamarca)
É um dos nomes mais requisitados do mercado, principalmente quanto o assunto é drama e romance. Ela ganhou destaque internacional após o lançamento de “Educação” (An Education), com Carey Mulligan, e também dirigiu filmes baseados nas regras do Dogma 95, como o ganhador do Urso de Prata, “Italiano para principiantes” (Italian for Beginners). Ela passou a dirigir grandes nomes como Anne Hathaway em “Um Dia” (One Day), e Keira Knightley em “Procura-se um amigo para o fim do mundo” (Seeking a friend for the end of the world).
#08 - Jane Campion (Nova Zelândia)
Ela acumulou uma legião de fãs desde o lançamento de “O Piano” (The Piano) - ganhador do Oscar de Melhor Roteiro Original. Sinônimo de histórias clássicas e grandes personagens femininos, um de seus principais filmes é "Retrato de Mulher" (Portrait of a Lady), com Nicole Kidman. Jane Campion também já cometeu deslizes ao dirigir “Em Carne Viva” (In the Cut), filme com Meg Ryan. Seu último sucesso foi “O Brilho de Uma Paixão” (Bright Star).
#07 - Claire Denis (França)
Ela dirigiu seu primeiro longa em 1988, "Chocolate" - indicado ao prêmio César. Desde então, Denis conseguiu destaque internacional com "Bom Trabalho", "Nenette e Boni", "35 Doses de Rum", "L'intrus" e "Bastardos", lançado na mostra Un Certain Regard, durante a edição 2013 do Festival de Cannes.
#06 - Susanne Bier (Dinamarca)
Ela possui uma filmografia de sucesso e ganhou destaque com o longa “Depois do Casamento” - indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Bier já dirigiu os maiores astros do cinema da Dinamarca, e também migrou para Hollywood, com “Coisas que Perdemos pelo Caminho” (Things We Lost In The Fire). Mas ela já provou ser uma das cineastas mais promissoras com uma sequência de filmes bem recebidos pela crítica, como “Em Um Mundo Melhor” (In a Better World), vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2011.
#05 - Agnieszka Holland (Polônia)
Uma das cineastas mais importantes da Europa, sua filmografia apresenta grandes filmes dramáticos. Ela entrou para o radar em 1990, após dirigir “Filhos da Guerra” (Europa Europa) – indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. A cineasta também se destacou com a Academia por seu trabalho em “Colheita Amarga” (Angry Harvest) - indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. “Complô Contra a Liberdade” (To Kill A Priest), “Voltando para casa” (The Healer) e “Os Segredos de Beethoven” (Copying Beethoven) são alguns de seus filmes mais populares. Ela ainda conseguiu sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com “Na Escuridão” (In Darkness).
#04 - Sofia Coppola (EUA)
Criada em uma família de artistas, suas influências cinematográficas não poderiam ser melhores. Coppola é dona de duas qualidades fatais: seu trabalho como roteirista é espetacular, e também possui de um olhar peculiar para a direção. "As Virgens Suicidas" (The Virgin Suicides) marcou sua estreia como diretora. Mas foi "Encontros e Desencontros" (Lost in Translation) que rendeu elogios unânimes da crítica. O filme recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original. Seus demais trabalhos incluem: “Maria Antonieta” (Marie Antoinette), “Em Um Lugar Qualquer” (Somewhere) e “A Gangue de Hollywood” (The Bling Ring).
#03 - Lynne Ramsay (Reino Unido)
Com apenas um grande projeto em sua filmografia, Ramsay ganhou o terceiro lugar por dirigir um dos filmes mais surpreendentes dos últimos anos: “Precisamos Falar Sobre Kevin” (We Need To Talk About Kevin) foi um sucesso no Festival de Cannes e uma das maiores revelações da temporada de 2011. A cineasta escocesa apresentou uma estética única e intrigante.
#02 - Kathryn Bigelow (EUA)
Após ser consagrada ao receber o Oscar de Melhor Direção por “Guerra ao Terror” (The Hurt Locker), ela é a prova viva que diretoras também sabem criar cenas recheadas de ação e violência. Mas a cineasta também dirigiu filmes de drama, como “O Peso da Água” (The Weight of Water), estrelado por Sean Penn. Seu último projeto foi “A Hora Mais Escura” (Zero Dark Thirty), indicado ao Oscar de Melhor Filme.
#01 - Mira Nair (Índia)
Ela é uma das cineastas mais renomadas da atualidade, dona da Mirabai Films e de uma filmografia intocável. Seus filmes encantam plateias do mundo inteiro, desde sua estreia com “Salaam Bombay!” - indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Mira Nair segue uma linha muito cultural, mostrando que nunca esqueceu das raízes indianas. Ela também é conhecida por prestar homenagens constantes à figura feminina, e por trabalhar delicadamente os valores familiares. Com uma estética deslumbrante e rica em detalhes, Nair começou a chamar atenção com polêmico “Kama Sutra – A Tale of Love”, lançado em 1996.
O trabalho mais aclamado pela crítica internacional foi o drama indiano “Um Casamento à Indiana” (Monsoon Wedding), lançado em 2001. O filme foi indicado ao Globo de Ouro e BAFTA de Melhor Filme Estrangeiro. Ele também ganhou o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza. Mira Nair já dirigiu projetos americanos como “Amélia”, estrelado por Hilary Swank.
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