sábado, 8 de outubro de 2016

CIDADE DE CAMPINA GRANDE – PARAÍBA (BR)

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Onde se realiza a maior festa de São João do mundo


Campina Grande é um município do estado da Paraíba. Considerada um dos principais polos industriais da Região Nordeste bem como um dos maiores polos tecnológicos da América Latina, foi fundada em 1º de Dezembro de 1697, tendo sido elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864. De acordo com estimativas de 2014, sua população é de 402 912 habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da Paraíba, e sua região metropolitana, formada por dezenove municípios, possui uma população estimada em 630 788 habitantes.





Campina Grande é um importante centro universitário, contando com dezessete universidades e faculdades, sendo três delas públicas. É também proporcionalmente a cidade com o maior número de doutores do Brasil, 1 para cada 590 habitantes, seis vezes a média nacional.[11][12][13] Além de ensino superior, o município é destaque também em centros de capacitação para o nível médio e técnico. Também possui o segundo maior PIB entre os municípios paraibanos, representando 15,63% do total das riquezas produzidas na Paraíba. Uma evidência do desenvolvimento da cidade nos últimos tempos é o ranking da revista Você S/A, no qual Campina Grande aparece como uma das 100 melhores cidades para se trabalhar e fazer carreira do Brasil, única cidade do interior entre as capitais escolhidas no país[14]. O município é ainda considerado a cidade mais dinâmica do Nordeste e a 6ª mais dinâmica do Brasil segundo "A Gazeta Mercantil" e foi apontada como uma das 20 metrópoles brasileiras do futuro.


O município sedia ainda variados eventos culturais, destacando-se os festejos de São João, que acontecem durante todo o mês de junho (chamado de "O Maior São João do Mundo"), encontros religiosos como o Encontro da Nova Consciência (ecumênico) e o Encontro para a Consciência Cristã (cristão), realizados durante o carnaval, além do Festival de Inverno e outros 20 eventos.
A urbanização do município tem um forte vínculo com suas atividades comerciais desde os primórdios até hoje. Primeiramente o município foi lugar de repouso para tropeiros, em seguida se formou uma feira de gado e uma grande feira geral (grande destaque no Nordeste). Posteriormente, o município deu um grande salto de desenvolvimento devido às atividades tropeiras e ao crescimento da cultura do algodão, quando Campina Grande chegou a ser a segunda maior produtora de algodão do mundo. Atualmente, o município tem grande destaque no setor de informática e desenvolvimento de softwares. Abaixo, seguem-se as etapas da urbanização do município de Campina Grande, passando pelos estados de "sítio", vila e município. Os estrangeiros deram forte contribuição ao desenvolvimento do Município, destacando-se os árabesalemãesitalianos e dinamarqueses, que influenciaram a política durante 20 anos no século XX.

Parte da estrutura do museu sobre as águas do Açude Velho.
O museu foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
A obra é também conhecida como "Museu dos Três Pandeiros".
O município
Em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial nº 137, Campina Grande se eleva à categoria do município. Neste momento, a Paraíba tinha dezesseis vilas e mais seis cidades: Parahyba (atual João Pessoa), MamanguapeAreiaSousa e Pombal.
O município de Areia, que se tornou município já em 1846, havia se tornado a mais destacada da Paraíba, fora a capital, tanto econômica, social e politicamente. Além disso, Areia tinha grande influência cultural e intelectual. Embora Campina Grande não fosse tão bem edificada quanto Areia, não era menor que ela. Na época, o município de Campina Grande tinha três largos, quatro ruas e cerca de trezentas casas. Possuía, ainda, duas igrejas: a da Matriz (hoje a Catedral) e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, que veio a ser destruída mais tarde pelo prefeito Vergniaud Wanderley (hoje existe outra igreja com o mesmo nome). Possuía também uma cadeia e uma Câmara Municipal, entre outras construções.

Apesar de todo o desenvolvimento comercial que a cidade obteve, o aspecto urbano da mesma não mudava praticamente nada. Em alguns anos, apenas os prédios da Cadeia Nova, da Casa de Caridade, do Grêmio de Instrução e o Paço Municipal foram construídos. Porém,se tratando de casas, muitas foram construídas fazendo com que, no fim do século XIX, Campina Grande tivesse cerca de 500 casas.
No ano de 1864 foi construído um prédio onde se faria o mercado. Este lugar teve vários nomes, dentre os quais "Largo do Comércio Novo", "Praça da Uruguaiana", "Praça das Gameleiras", "Praça da Independência" e, por fim, "Praça Epitácio Pessoa". Em 1870 uma lei (Lei Provincial nº 381) proibia que se fizessem banhos ou lavagem de roupas e de animais no Açude Novo, assim como ficou proibido vaquejadas nas ruas da cidade. Em 1872, conforme o Decreto Imperial do dia 18 de setembro de 1865, faz padrão o sistema métrico decimal francês em Campina Grande.
Crescimento com o ouro branco


Algodão pronto para colheita.
Com o tempo a cidade ia se desenvolvendo, mas somente no início do século XX foi que mudanças econômicas e mudanças nas condições de vida vieram a realmente acontecer significativamente.
algodão no início do século XX foi para Campina Grande a principal atividade responsável pelo crescimento da cidade, atraindo comerciantes de todas as regiões da Paraíba e de todo o Nordeste. Até a década de 1940, Campina Grande era a segunda maior exportadora de algodão do mundo, atrás somente de Liverpool, na Inglaterra. Por isto, Campina Grande já foi chamada de a "Liverpool brasileira". Devido ao algodão, nesses anos Campina viu crescer sua população de vinte mil habitantes, em 1907, para cento e trinta mil habitantes, em 1939, o que representa um crescimento de 650% em 32 anos. João Pessoa só chegou a possuir uma população equivalente na década de 1950 (conforme gráfico da demografia de João Pessoa).


É importante ressaltar que a cidade nunca produziu algodão, seu sucesso na atividade se deve ao fato de que Campina era a única cidade do interior do Brasil a possuir uma máquina de beneficiamento de algodão, a matéria prima necessária para a produção vinha de cidades produtoras vizinhas.
O beneficiamento do algodão teve um impulso importante com a chegada das linhas ferroviárias para a cidade. Com o uso do trem, houve uma grande mudança na economia local: Campina pôde mais facilmente exportar sua produção de algodão beneficiado (o "ouro branco"), assim como outros produtos para os portos mais próximos, principalmente o de Recife.
Até 1931, a Paraíba foi o maior produtor de algodão do Brasil, com produção de 23 milhões de quilos de algodão em caroço. Com a crise do café em São Paulo, este passou a produzir algodão como alternativa. Em 1933, São Paulo já produzia 105 milhões de quilos em comparações com seus 3,9 milhões em 1929. Vários fatores foram responsáveis para a decadência de Campina Grande no ramo do algodão, os principais foram: 1) inexistência de um porto na Paraíba para grandes navios, fazendo com que Campina Grande tivesse que usar o porto de Recife, mais distante, para o transporte do algodão); 2) preço em comparação ao produto de São Paulo; 3) Ingresso de outras empresas estrangeiras no mercado do algodão.

Estação Ferroviária Great Western, inaugurada em 1907. Hoje o prédio sedia o Museu de História e Tecnologia do Algodão.
No decorrer do século XX, a capital da Paraíba, João Pessoa, perdeu importância e viu a ascensão de Campina Grande, cidade do interior do estado. A economia pessoense, na primeira metade do século, praticamente se estagnou. Até os anos 1960, era, com um exagero talvez, praticamente uma capital administrativa, pois Campina Grande aproximou-se do posto de João Pessoa de cidade mais importante do estado, já que, nesse período, Campina Grande despontava como importante polo comercial e industrial não só do estado, mas também da Região Nordeste. João Pessoa, naquela época, tinha poucas indústrias e apenas desempenhava funções administrativas e comerciais. A partir dos anos 1960, após grandes investimentos privados e governamentais, tanto do governo estadual quanto do governo federal, João Pessoa ganhou novas indústrias e importância, reafirmando sua posição de cidade principal do estado, em termos econômicos.


Tech City
Há muito tempo o município apresenta forte participação na área tecnológica. Nos anos 40, Campina Grande era a segunda exportadora de algodão do mundo, sendo o primeiro lugar Liverpool, na Grã-Bretanha. Em 1967, a cidade recebe o primeiro computador de toda a Região Nordeste do Brasil, que ficou no Núcleo de Processamento de Dados da Universidade Federal da Paraíba, Campus II (hoje Universidade Federal de Campina Grande). Hoje, tantos anos depois, Campina Grande é referência em se tratando de desenvolvimento de Software e de indústrias de informática e eletrônica.

Antigo Núcleo de Processamento de Dados da Universidade Federal de Campina Grande. O primeiro computador em universidades do norte-nordeste do Brasil (um IBM 1130) foi instalado aqui, em 1967, ocupando o primeiro andar do prédio
A revista americana Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, nove cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico. O Brasil está presente na lista com Campina Grande, que foi a única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o "Vale do Silício brasileiro", graças, além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto. As nove cidades escolhidas pela Newsweekforam: Akron (Ohio - EUA); Huntsville (Alabama - EUA); Oakland (Califórnia - EUA); Omaha (Nebraska - EUA); Tulsa (Oklahoma - EUA); Campina Grande (Paraíba - Brasil);Barcelona (Espanha); Suzhou (China); Côte d'Azur (França)).


Segundo a revista, o motivo para o sucesso foi a Universidade Federal da Paraíba, Campus II (que em 2002 tornou-se a Universidade Federal de Campina Grande). Desde1967, quando os acadêmicos conseguiram apoio para comprar o primeiro computador do nordeste, um mainframe IBM de US$ 500 mil, criou-se uma tradição na área de computação que hoje tem reconhecimento em todo o mundo.
Campina Grande possui cerca de setenta e seis empresas produtoras de software, o que representa mais de 500 pessoas de nível superior faturando, ao todo, 25 milhões de reais por ano, o que representa 20% da receita total do município.
Ultimamente, o mais importante vínculo criado na cidade foi com o TecOut Center, em 2004, que fez aliança com a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, que desde1984, em sua fundação em Campina Grande, deu origem a mais de 80 empresas de tecnologia. O TecOut Center surgiu com o objetivo de aproximar as empresas de tecnologias brasileiras das chinesas, propiciando uma interação tecnológica entre o Brasil e a China, gerando empregos e fortalecendo o desenvolvimento local.
Campina Grande possui um PIB de 5,339 bilhões de reais (IBGE 2011, sendo o segundo município com maior PIB do estado da Paraíba. Em 2009, possuía o segundo maior PIB do interior do Nordeste ficando atrás apenas de Feira de Santana (BA).
As principais atividades econômicas do município de Campina Grande são: extração mineral; de beneficiamento e de desenvolvimento de softwarecomércio varejista,culturas agrícolaspecuáriaindústrias de transformaçãoatacadista e serviços.
O município é grande produtor de software para exportação.
A posição privilegiada de Campina Grande contribui para que seja um centro distribuidor e receptor de matéria-prima e mão-de-obra de vários estados. Campina Grande tem grande proximidade com três capitais brasileirasNatalJoão Pessoa e Recife. Além disso, dentro do próprio estado, situa-se no cruzamento entre a BR-230 e a BR-104.
Herdeira da cultura nordestina, Campina Grande luta por manter vivo o rico patrimônio representado pelas manifestações culturais e populares dessa região. A quadrilha junina, o pastoril, as danças folclóricas, o artesanato, etc., são alguns exemplos de manifestações da cultura popular que ainda encontram lugar na cidade.
Maior São João do Mundo, evento que acontece na cidade de Campina Grande. É O maior evento do estado da Paraíba, onde durante um mês a festividade no Parque do Povo costuma reunir 2 milhões de pessoas. Foto: 2015

Historicamente, Campina Grande teve, e continua tendo, papel destacado como polo disseminador da arte dos mais destacados artistas arraigados na cultura popular nordestina, a exemplo dos "cantadores de viola", "emboladores de coco", poetas populares em geral. Especialmente na música, é inegável a importância desta cidade na divulgação de artistas do quilate de Luiz Gonzaga, Rosil Cavalcante, Jackson do Pandeiro, Zé Calixto, dentre muitos, e até pelo surgimento de outros tantos como Marinês, Elba Ramalho, etc
Eventos como "O Maior São João do Mundo", Festival de Violeiros, "Canta Nordeste", as vaquejadas que se realizam na cidade, além de programações específicas das emissoras de rádio campinenses, contribuem fortemente para a preservação da cultura regional. Campina Grande também é a sede do maior encontro de apologia cristã do mundo, o Encontro para a Consciência Cristã, que reúne milhares de pessoas das mais diversas denominações cristãs durante o carnaval, para debater temas ligados à fé, ética e sociedade. O evento foi incluído do calendário oficial da cidade em 2007[32] e no calendário turístico do Estado da Paraíba em 2015
Teatros/História
A história do teatro em Campina Grande tem início em 1925, quando foi fundado o "Cine Teatro Apolo", o que acarretou no surgimento do primeiro grupo teatral campinense, "O Corpo Cênico do Grêmio Renascença".
década de 1940 não ofereceu novidades para as artes cênicas em Campina. Na década de 1950, foi implantado o "Rádio-Teatro Borborema", por Fernando Silveira. Ainda nos anos 1950, o pernambucano Raul Prhyston criou o grupo teatral "Os Comediantes", com principais peças sendo "A Mulher que Veio de Londres" e "A Vida tem três Andares". Atualmente existe um teatro com o nome deste pernambucano, o Teatro Raul Prhyston.
Em 1962, o Teatro Municipal Severino Cabral foi fundado, de grandes dimensões para a época, impulsionando o teatro campinense.
Festival de Inverno de Campina Grande surgiu em 1975, divulgando e apresentando muitas peças e shows teatrais.
Na década de 1980, a crise econômica brasileira, que afetou o teatro, e a decadência física do Teatro Municipal Severino Cabral, reduziram o número de grupo teatrais, sendo esta época de poucos acontecimentos no campo das artes cênicas, a não ser pelo Festival de Inverno.
Principais teatros
Teatro Municipal Severino Cabral
Teatro Paulo Pontes (anexo do Municipal)
Teatro Ariano Suassuna Colégio Motiva Ambiental
Museus
Campina Grande possui doze museus, onde guardam-se partes importantes de acervos culturais da Campina Grande, Estado e do Brasil. São eles:
Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande - Localiza-se no centro da cidade.
O acervo do Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande dedica-se ao desenvolvimento históricosocial e cultural de Campina Grande. Possui Fotografiasartigo,mapasmóveisarmasveículosjoiasbonecos e ferramentas organizados de forma a contar a história da cidade.
Museu de História Natural
Museu de Artes Assis Chateaubriand
Museu de Artes Assis Chateaubriand é composto atualmente de 474 obras de arte ONDE podem ser encontradas várias técnicas e procedimentos de artes, incluindo desenhospinturasesculturasgravurascolagens e outros métodos. Apresenta a arte em diversos momentos do cenário brasileiro.
Coleção Assis Chateaubriand, com 120 obras, pode ser vista em parte no Prédio Histórico da Reitoria, na UEPB. Localiza-se no Catolé, bairro da zona sul da cidade.
Museu Luiz Gonzaga
Museu de Luiz Gonzaga é dedicado ao compositor popular Luiz Gonzaga. O acervo é composto de fotosdiscosjornais, gravações sobre o Rei do Baião Luiz Gonzaga. Localiza-se no Santa Rosa, bairro da zona oeste da cidade; mas está momentaneamente desativado.
Museu de História e Tecnologia do Algodão - Localiza-se na tradicional Estação Velha, área bem próxima ao centro da cidade.
Museu de Esporte Plínio Lemos - Localiza-se no José Pinheiro, bairro da zona leste da cidade.
Feira de Campina Grande
Centros culturais
No Centro Cultural Lourdes Ramalho, a prefeitura de Campina Grande oferece diversos cursos (várias áreas, como dançaartes marciaismúsicaidiomas, etc.) em todos os turnos e horários, por mensalidades ou anualidades acessíveis à população em geral. Também existem outros centros ou espaços culturais: Espaço Cultural do SESC Centro, Espaço Cultural Casa Severino Cabral e o Centro de Cultura Hare Krisna.
Artesanato
A Vila do Artesão foi construído na gestão do então prefeito Veneziano Vital do Rêgo Neto. É um complexo com 77 lojas, 04 restaurantes, 04 lanchonetes e 06 galpões, onde, mais de trezentos artesãos e artesãs produzem e comercializam seus produtos.


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