Por Leandro Carvalho, mestre em História.
A cavalaria medieval era formada por nobres que
juravam proteger os interesses da Igreja Católica e do rei.
Os cavaleiros medievais seguiam um Código de conduta da Cavalaria
A cavalaria
medieval se constituiu como principal mecanismo de defesa para a
proteção dos interesses da nobreza durante o feudalismo. A cavalaria era
exclusivamente formada por nobres. De acordo com a sociedade de ordens na Idade
Média, a divisão social era composta pelos que oravam (clero), os que
trabalhavam (servos) e os que guerreavam (nobres).
Segundo
estudiosos do feudalismo, os nobres se ocupavam da guerra
permanentemente. Os componentes de uma cavalaria geralmente eram filhos de
nobres que não tinham o direito há heranças patrimoniais, sobretudo nas
famílias com maior número de pessoas, nas quais o filho primogênito seria o
herdeiro. Essa prática era denominada primogenitura (quando o
filho mais velho herdava todos os bens da família) e seu principal objetivo era
evitar a divisão dos bens patrimoniais da família.
A
Igreja Católica exerceu enormes influências no processo de composição das
cavalarias e designou que as ações dos cavaleiros seriam efetivadas para
defender a moralidade da religião cristã.
Para que
um nobre se tornasse cavaleiro na Idade Média era realizada uma cerimônia
religiosa seguida por um juramento, em que o cavaleiro se comprometia a seguir
os princípios da fé e da moralidade cristã. O cavaleiro medieval até hoje está
presente em nossa mentalidade ocidental como a figura de um homem forte, leal,
destemido e generoso (protegiam os fracos e oprimidos).
A
formação de um cavaleiro acontecia durante toda a sua vida, não era de um
momento para outro que alguém se tornava membro de uma cavalaria. Para
conseguir esse feito, os homens tinham que dedicar suas vidas.
Quando
a criança completava 7 anos de idade, estava começando sua vida de cavaleiro,
ou seja, era quando a criança começava a cavalgar e a ter lições de boas
maneiras. Ao completar 14 anos, ela se tornava escudeira (sua principal função
era levar o escudo do senhor até a zona de batalha).
Ao
completar 18 anos, o aprendiz de cavaleiro se tornava cavaleiro. Na cerimônia
de investidura no cargo ele recebia a espada, o capacete e o escudo. A partir
daí iniciava-se o ritual de formação do cavaleiro: primeiro acontecia o jejum
de 24 horas, posteriormente tomava um banho purificador para rezar.
Após
o cavaleiro realizar a oração, ele era vestido de uma túnica e era levado até o
sacerdote para ser abençoado com a sua espada. Finalizando o ritual, o
cavaleiro se ajoelhava escutando as leis da cavalaria e jurava sobre a Bíblia
proteger o rei, defender os cristãos contra os infiéis (mulçumanos, pagãos),
ser leal à Igreja e ao rei e ter generosidade.
Fonte: Brasil Escola
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