Orixás do candomblé da Bahia
Dia:
Sábado
Cores:
Amarelo – Ouro
Símbolo:
Leque com espelho (Abebé)
Elemento:
Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
Domínios:
Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
Saudação:
Eri Yéyé ó!
Na Nigéria, mais precisamente em
Ijesá, Ijebu e Osogbó, corre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela
Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protetora das crianças, a mãe da doçura
e da benevolência.
Generosa
e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais
importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das
mulheres, a dona do grande poder feminino.
Oxum
é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e
formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto
com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:
O primeiro filho de Oxum chama-se
Ide, é uma verdadeira joia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum
devem colocar nos seus braços.
Oxum não vê defeitos nos seus filhos,
não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras joias, e ela só
consegue ver seu brilho.
É por isso que Oxum é a mãe das
crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que
adquiram a sua independência.
Seus filhos, melhor, as suas joias,
são a sua maior riqueza.
Características dos filhos de Oxum
Dão muito valor à opinião pública,
fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças
com habilidade e diplomacia. São obstinadas na procura dos seus objetivos.
Oxum
é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas
finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um
grande desejo de ascensão social.
Têm
uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado
combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida
lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição,
pois detestam escândalos.
Não
se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu
amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de
alguém.
Graça,
vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de
Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e
caro.
O
lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas
das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.
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