segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

VOCÊ É MULHERENGO?

Cuidado...

Passei muitos e muitos anos – e acredito que a maioria de vocês também – certo de que “mulherengo” significava o homem que desejava exageradamente as mulheres e conquistava grande número delas. Na
literatura, ficou famosa a figura do D. Juan. Pois bem, um dia, por recomendação de um amigo, resolvi consultar o “Aurélio”. Para minha surpresa, lá estava: “que ou aquele que se compraz em misteres do sexo feminino; efeminado, maricas”. Não conformado, busquei o “Houaiss”, o qual, na primeira acepção, afirma: “que ou aquele que é dado a mulheres, femeeiro, fragateiro”. Em seguida, assinala: “que ou aquele que se ocupa do que em termos gerais é considerado feminino, afeminado”. Como se observa, os dicionários tendem mais a dar um sentido à palavra ao contrário do que, na prática, costumamos utilizar. Interessante é que os dois mencionados dicionários citam “femeeiro” como sinônimo de “mulherengo”. Uma curiosidade: “Aurélio” usa o termo “efeminado”, enquanto “Houaiss” prefere “afeminado”, do que se conclui que ambas as formas estão corretas.    
Diante da dúvida sobre o verdadeiro significado de “mulherengo’, nosso companheiro João Ubaldo – no artigo que publica hoje em “O Globo” e em “A Tarde”, sob o título “Tudo certo com seu santo?” – ao descrever o personagem itaparicano que ele chama de “”Seu Testa Grande”, opta pelo adjetivo “femeeiro”. Ambos os dicionários acima referidos são unânimes em dar como acepções desse vocábulo: “diz-se de ou macho que busca incessantemente a fêmea” (Houaiss) e “muito dado a mulheres, mulherengo” (Aurélio). JU, portanto, sempre seguro no uso do idioma, preferiu o termo menos polêmico, embora menos comum.

Para entrar o ano-novo com bom humor, aproveito o ensejo e conto uma piada sobre relações entre homem e mulher:

O filho pergunta ao pai:
 – Como se chama quando um homem tem duas mulheres?
 – Bigamia.
– E quando tem mais de duas mulheres?
– Poligamia.
– Pai, e como se chama quando o homem, como você, tem apenas uma mulher?
– Monotonia, meu filho.

Colaboração: Raymundo Pinto


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