quinta-feira, 8 de maio de 2014

GAÚCHOS


Gaúcho da Argentina.


Representação de um gaúcho do Rio Grande do Sul.

Gaúchos
Gaúcho é uma denominação dada às pessoas ligadas à atividade pecuária em regiões de ocorrência de campos naturais do Vale do Rio da Prata e do Sul do Brasil, notavelmente no bioma denominado pampa. Sua origem é Argentina e Uruguaia. As peculiares características do seu modo de vida pastoril teriam forjado uma cultura própria, derivada do amálgama da cultura ibérica e indígena, adaptada ao trabalho executado nas propriedades denominadas estâncias (fazendas). É assim conhecido no Brasil, enquanto que em países de língua espanhola, como Argentina e Uruguai é chamado de gaucho (acento tônico no "a", diverso do português, cujo acento tônico é no "u").
O termo também é correntemente usado como gentílico para denominar os habitantes do estado brasileiro do Rio Grande do Sul estado que atribuiu o nome gentílico após a revolução farroupilha, mas também há gaúchos espalhados por outros estados da região Sul do Brasil como Santa Catarina e Paraná e também outros países como Argentina e Uruguai. Além disso, serve para denominar um tipo folclórico e um conjunto de tradições codificado e difundido por um movimento cultural agrupado em agremiações, criadas com esse fim e conhecidas como CTGs.
Um estudo genético realizado pela FAPESP revelou que os gaúchos, assim como a maioria dos latino-americanos, são descendentes de uma mistura de europeus e índios, mas com algumas peculiaridades.
O termo originou-se na região conhecida como Banda Oriental, um território correspondente ao que são o Uruguai e o Rio Grande do Sul atuais, encontrada pela primeira vez escrita num documento oficial da administração espanhola em 1771, numa comunicação do Comandante de Maldonado, Dom Pablo Carbonell ao Virrey Juan José Vértiz: "Muy señor mío; haviendo noticia quie algunos gahuchos se havian dejado ver a la Sierra mande a los tenientes de Milicias Dn Jph Picolomini y Dn Clemente Puebla, pasasen a dicha Sierra con una Partida de 34 hombres..."
Em1780 em um documento de Montevidéu "que el expresado Díaz no consentirá en dicha estancia que se abriguen ningunos contrabandistas, bagamundos u ociosos que aqui se conocen por Gauchos." (8 de agosto de 1780). Guanches ou Guanchos gentílico dos habitantes das Ilhas Canárias na fundacao de Montevidéu. Gaúcho foi o Guancho fugido de Montevidéu. Quando o Rei da Espanha mandou casais de agricultoresdas ilhas Canárias povoarem a recém-fundada Montevidéu, eles transplantaram a palavra pela qual identificavam os habitantes autóctones das ilhas: guanches, ou guanchos. Foi esta a origem da palavra gaúcho, com pequena distorção de pronúncia: guanches ou guanchos.

"Los gauchos" de José María Pérez Núñez.
O gentílico "gaúcho" foi aplicado aos habitantes da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul na época do Império Brasileiro, por motivos políticos, para identificá-los como beligerantes até o final da Guerra dos Farrapos, sendo adotado posteriormente pelos próprios habitantes por ocasião da pacificação de Caxias, quando incorporou muitos soldados gaúchos ao Exército ao final do Confronto, sendoOsório um gaúcho que participou da Guerra do Paraguai e é patrono da arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, quando valores culturais tomaram outro significado patriótico, os cavaleiros mouros se notabilizaram na Guerra ou Confronto com o Paraguai. Também importante para adoção dessa cultura viva para representação do Estado do Rio Grande do Sul é a influência do nativismo argentino, que no final do século XIX expressa a construção de uma das maiores culturas se não a maior do Brasil.
Na Argentina, o poema épico Martín Fierro, de José Hernández escrita em Santana do Livramento no RS. A patria gaúcha onde ele aprende a palavra Gaúcha do uruguaio Lussich (livro deo Treis Gaúchos Orientales - 1872) e dos próprios riograndeses, exemplifica a utilização do elemento gaúcho como o símbolo da tradição nacional da argentina, uruguaia e brasileira em contradição com a opressão simbolizada pela europeização. Martín Fierro, o herói do poema, é um "gaúcho" recrutado a força pelo exército argentino, abandona seu posto e se torna um fugitivo caçado.
Os gaúchos apreciam mostrar-se como grandes cavaleiros e o cavalo do gaúcho, especialmente o cavalo crioulo, "era tudo o que ele possuía neste mundo". Durante as guerras do século XIX, que ocorreram na região, atualmente conhecida como Cone Sul, as cavalarias de todos os países eram compostas quase que inteiramente por bravos cavaleiros gaúchos.

Gaúchos dançando uma dança típica do folclore gaúcho
Existem vários ritmos que fazem parte da folclore riograndense, mas a maioria deles são variações de danças de salão centro-européias populares no século XIX. Esses ritmos, derivados da valsa, do xote, da polca e da mazurca, foram adaptados para vaneiravaneirãochamamémilongarancheira, xote, polonaise e chimarrita, entre outras.
O único ritmo riograndense é o bugio, criado pelo gaiteiro Wenceslau da Silva Gomes, o Neneca Gomes, em 1928, na região de São Francisco de Assis. Inspirado no ronco dos bugios, macacos que habitam as matas do Sul da América, o ritmo foi banido por algum tempo por ser considerado obsceno, mas em tempos atuais é mantido em todo o estado, onde hoje se realiza um festival "nativista" conhecido como "O Ronco do Bugio".
A partir de 1970, com a criação da Califórnia da Canção Nativa em Uruguaiana, começaram a surgir os festivais, que serviram de incentivo para músicos e compositores lançarem novos estilos, popularmente chamados de "música nativista". Essa música é formada por ritmos pré-existentes, especialmente a milonga e o chamamé, porém com canções mais elaboradas e com letras quase sempre dedicadas ao Rio Grande do Sul.
Também é comum neste estado, entre os descendentes de alemães, a Música folclórica alemã, em festivais como a Oktoberfest de Santa Cruz do Sul e a Oktoberfest de Igrejinha, porem com uma contribuição gaúcha.

Trajes típicos de prenda e peão, em desfile na Semana Farroupilha, Porto Alegre.
Os gaúchos usam roupas de origem indígena (poncholenço,PILCHA e faixa), europeia (camisachapéuguaiaca e bota, além das vestimentas femininas para as mulheres) e turca (bombacha), todas adaptadas ao pampa com o passar do tempo. Menos de 50 % da população gaúcha usa as vestimentas tradicionais, pois é uma cultura essencialmente campeira. A bombacha é muito utilizada nas regiões da campanha, pampa e dos campos de cima da serra. Nas cidades se vê alguns gaúchos pilchados, em sua maioria integrantes de grupos tradicionalistas ou separatistas, ou simples amantes da cultura original de seu estado. Nas aulas das universidades sul-rio-grandenses não falta o chimarrão. Os gaúchos que saem a morar em outros estados do Brasil ou no exterior tendem a realçar seu "gauchismo".
O modo de falar do Rio Grande do Sul e algumas partes de Santa Catarina e Paraná a exemplo do de outras partes do Brasil, possui expressões próprias diferenciadas da linguagem padrão brasileira. Muitas dessas expressões são compartilhadas pelas populações dos países vizinhos da bacia dorio da Prata, a Argentina e o Uruguai. É grande a influência do castelhano no sotaque e no léxico gaúcho.
No Brasil, Gaúcho é o vivente nascido no Rio Grande do Sul estado que atribuiu o nome gentílico após a revolução farroupilha, existem os Gauchos nascidos no UruguaiArgentinaSanta Catarina e Paraná, brasileiros nascidos em outros estados que cultuam as tradições gauchescas as desenvolveram através dos CTG's levados pelos gaúchos afim de divulgar e de manter as tradições e estes que as cultuam são chamados tradicionalistas .

Fonte: Wikipédia


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