Série: municípios baianos
Terra Grapiúna
Itabuna é um município do
sul do estado da Bahia. Possui uma área total de 432,244 km².
Está localizada a cerca de 426 quilômetros da capital da Bahia, estando em
torno de 333 quilômetros de distância dessa
cidade via ferryboat. É a quinta cidade mais populosa da Bahia, com
218 124 habitantes, de acordo com o último censo realizado. A cidade de
Itabuna, em conjunto com o município vizinho de Ilhéus, forma uma aglomeração urbana classificada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística como
uma capital regional B, exercendo influência em mais de 40 municípios que,
juntos, apresentam pouco mais de um milhão de habitantes.
Segundo
levantamento realizado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o município de Itabuna apresenta o terceiro melhor Índice de
Desenvolvimento Humano do
Estado da Bahia, ficando atrás somente da capital baiana, Salvador, e do município de Lauro de Freitas.
É
terra natal do escritor Jorge Amado,
que a descreve em algumas de suas obras, como Gabriela,
Cravo e Canela e Terras do Sem Fim.
O
nome "Itabuna" é derivado do termo tupi itáabuna,
que significa "padre de
pedra" (itá, pedra + abuna, padre). O nome é uma
referência a uma formação rochosa que se assemelha a um padre. Essa
formação rochosa veio a designar o terceiro distrito deIlhéus, Cachoeira de Itabuna, ao qual pertencia a
localidade de Tabocas, que veio a dar origem ao atual município de Itabuna.
Por
volta do ano 1000, as tribos indígenas tapuias (mais especificamente, os aimorés) que habitavam a região foram expulsas
para o interior do continente
devido
à chegada de povos tupis procedentes
da Amazônia.
No século XVI, quando chegaram os primeiros portugueses à região, a mesma era
habitada pela tribo tupi dos tupiniquins.
Os portugueses implantaram, na região, a capitania de Ilhéus, porém esta fracassou economicamente devido aos constantes ataques dos
índios aimorés, que retornaram à região vindos do interior do continente a
partir da década de 1550.
O
povoamento de origem europeia na região só se consolidou a partir do momento em
que a região passou a servir como principal ponto de passagem de tropeiros que se dirigiam a Vitória da Conquista. Na região cortada pelo rio Cachoeira, surgiu o Arraial de Tabocas em 1857, em meio à mata, que, então, era desbravada. O
nome Tabocas, segundo a tradição, deve-se a um imenso jequitibá,
de cuja derrubada fora feita uma disputa, sendo aquele o "pau da
taboca", ou seja, da roça que se abria.
O
povoamento intensificou-se a partir de 1867, feito principalmente por migrantes sergipanos, dentre os quais Félix Severino de Oliveira,
depois conhecido como Félix Sevirino do Amor Divino, e José Firmino Alves, que
eram primos. Félix fundou, na entrada de Itabuna, a Fazenda Marimbeta. Hoje,
existe uma rua com esse nome no bairro da Conceição. Eles vieram da Chapada dos
Índios, atual Cristinápolis. A eles, se atribui a fundação da futura cidade de Itabuna.
Em
trinta anos, o crescimento foi tanto que, em 1897, os moradores pleitearam sua
emancipação, que foi negada. Nova tentativa foi feita, junto ao governo
estadual, em 1906, comprometendo-se Firmino Alves a doar os terrenos para que
fossem erguidas as sedes administrativas.
Fundado
em 1910,
o município de Itabuna tem sua cronologia confundida com a própria origem do
seu perímetro urbano, a partir de meados do século XIX,
reduzindo-se a importância da centenária Ferradas, que foi a primeira vila -
com o nome de dom Pedro
de Alcântara, três décadas antes de
Tabocas -, e o primeiro povoamento não indígena no território daquele que viria
a ser o município de Itabuna.
Cacau
Em
abril de 2011, foi protocolado, na Assembleia
Legislativa da Bahia,
uma proposta do deputado Gilberto
Santana, do Partido
Trabalhista Nacional,
para a criação da Região
Metropolitana do Cacau,
que englobaria os municípios de
Almadina, Arataca, Aurelino Leal, Barro Preto, Buerarema, Camacã, Canavieiras,
Coaraci, Floresta Azul, Ibicaraí, Ibirapitanga, Ilhéus, Itabuna, Itajuípe,
Itacaré, Itapé, Itajú do Colônia, Itapitanga, Jussari, Maraú, Mascote, Pau
Brasil, Santa Luzia, São José da Vitória, Ubaitaba, Una e Uruçuca.
Itabuna
é um centro regional de comércio, indústria e
de serviços.
Sua importância econômica cresceu no Brasil durante a época áurea do cultivo de cacau, que, por ser compatível com o solo da região, levou-a ao 2º lugar em produção
no país, exportando para os Estados Unidos e Europa.
Depois
de grave crise na produção cacaueira causada pela presença da doença conhecida
como vassoura-de-bruxa, a cidade tem buscado alternativas econômicas, com a ajuda do comércio,
da indústria e da diversificação de lavouras. A cidade é um importante
entreposto comercial do estado, situada às margens da BR-101 e BR-415 e hoje se destaca com industrias de grande
porte como Nestlé, Kissex, Produtos Padim, Delphi Cacau, Cambuci S/A (Penalty)
e TriFil,
se consolidando como polo médico, prestador de serviços e de educação.
O
município conta com o Shopping Jequitibá, um dos maiores do interior da Bahia,
com mais de 130 lojas e 8 âncoras.
Itabuna
se destaca pela vasta cultura, com grupos de teatro, grupos de capoeira, dança, bandas musicais com trabalho autoral
expressivo de diferentes gêneros como Cacau com Leite, Lordão, Mendigos Blues e
Manzuá e outras atividades do gênero como por exemplo no meio Gospel onde
encontramos a Banda Shalom e no seguimento Rock Gospel encontra-se as Bandas
Projeto Alpha, Restauração e Salmos. Um dos maiores santeiros do mundo, Osmundo
Teixeira, vive e trabalha na cidade.
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