segunda-feira, 19 de maio de 2014

MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ – SÃO PAULO

Série: municípios brasileiros
A cidade possui um dos maiores parques industriais da América Latina

 A região de Jundiaí era habitada por povos indígenas até o final do século 17. Eles se dedicavam à produção de milho e mandioca.

Parte da cultura indígena foi incorporada pelos brancos colonizadores, entre elas a técnica construtiva e a utilização de queimadas na lavoura.
O nome Jundiaí tem origem tupi e vem da palavra "jundiá", que significa "bagre" e "y" significa "rio". Alguns estudiosos também consideram o termo "yundiaí" como "alagadiços de muita folhagem e galhos secos".

Os primeiros colonizadores chegaram à região em 1615. Apesar das controvérsias dos historiadores, a versão mais aceita sobre a fundação do município remete à vinda de Rafael de Oliveira e Petronilha Rodrigues Antunes que, por motivações políticas, fugiram de São Paulo e refugiaram-se nos arredores, fundando a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro, posteriormente elevada à categoria de Vila em 14 de Dezembro de 1655. Os novos colonizadores afugentaram os grupos indígenas, que se embrenharam na mata. A origem de Jundiaí está ligada diretamente ao movimento bandeirante, principal responsável pela ocupação da antiga Capitania de São Vicente.
De acordo com censo realizado pelo Governo Federal, em 1920, Jundiaí possuía uma população de 44.437 habitantes. O abastecimento de água foi implantado em 1881. A energia elétrica chegou em 1905 e o telefone em 1916. Os imigrantes, de origem oriental, principalmente os japoneses, chegaram na cidade nas décadas de 20 e 30.
O processo de industrialização de Jundiaí acompanhou as vias de circulação. Com isso, as indústrias se concentravam nas regiões próximas à ferrovia e às margens do Rio Guapeva, atendendo principalmente os segmentos têxtil e cerâmico. Nos anos 30 e 40, ocorreu novo impulso industrial e após a inauguração da Rodovia Anhanguera, em 1948, mais empresas procuraram a cidade, aproveitando também a abertura da economia ao capital estrangeiro em 1950. Foi nesta época que vieram para o município as indústrias metalúrgicas. Por tudo isso, pode-se dizer que Jundiaí nasceu com uma forte aptidão para o trabalho e o desenvolvimento.
Com o fim do trabalho escravo no País, os grandes senhores da terra de São Paulo passaram a investir na mão de obra dos imigrantes europeus, que fugiam dos horrores da guerra. Jundiaí recebeu grande número de italianos e, para abrigar as famílias de imigrantes, foram criados na cidade, por iniciativa do presidente da Província de São Paulo, Antônio de Queiroz Telles, o Conde do Parnaíba, quatro núcleos coloniais, entre eles o "Barão de Jundiaí", que deu origem ao bairro da Colônia.
Em 1887, 22 colonos italianos chegaram ao núcleo "Barão de Jundiaí" e, em poucos meses, esse contingente chegava a quase 100 pessoas. O cotidiano não era nada fácil: chegavam ao Brasil apenas com as roupas do corpo e poucos bens, sendo que as passagens foram subsidiadas pelo Governo brasileiro. Com trabalho, as famílias italianas foram criando seus próprios meios de subsistência, cultivando terras, criando seus filhos. Muitos grupos conseguiram comprar pequenos lotes, montaram armazéns, organizaram varias culturas, principalmente de milho, feijão, arroz, batata, legumes, frutas, especialmente uva.
Onde hoje é o atual espaço da Festa della Colonia Italiana, guarda-se a história de um dos períodos mais importantes da imigração italiana em Jundiaí, como parte da memória ainda viva nas lembranças dos descendentes e registrada em livros e documentos de grande valor histórico.
"A Figueira", árvore que existiu na região central da Colônia onde hoje se localizam as cantinas, foi considerada o maior símbolo deste núcleo colonial, e tornou-se lendária ao cumprir, nos primeiros tempos, a função de "alojamento" dos imigrantes. Segundo depoimentos, as famílias permaneciam sob a figueira protegidas por panos, lençóis e barracas, enquanto esperavam a liberação de seus lotes. Citada em versos, livros, história e estórias, "a Figueira" permanece na memória da cidade, remetendo aos primeiros tempos dos imigrantes, ao seu contato com as terras novas, depois de uma viagem dura, carregada de emoções e de fatos dramáticos.


Atreladas do ciclo do café, a chegada da ferrovia e a urbanização impulsionaram Jundiaí ao desenvolvimento industrial. A Estação Ferroviária de Jundiaí foi inaugurada após sete anos de obra, em 1867. Denominada de São Paulo Railway, ela ligava a cidade portuária de Santos a São Paulo e Jundiaí.
Foi também nessa época que o imigrantes - a maioria de italianos - começaram a chegar na cidade e fincar suas raízes.
Jundiaí era última estação da estrada de ferro de Santos. Em 1872, foi inaugurado o trecho da Companhia Paulista.
Em julho de 2005, a administração assinou uma carta de intenção para restauro e adequação da estação, que deverá ocorrer numa parceria entre a Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Para preservar a memória das estradas de ferro paulistas, foi criado, em 1979, o Museu Ferroviário, localizado na Avenida União dos Ferroviários, e que recebe o nome de "Barão de Mauá", uma homenagem ao pioneiro do transporte ferroviário nacional, Irineu Evangelista de Souza. O acervo reúne livros, revistas, periódicos e muitas fotos históricas, bem como documentos relevantes da ferrovia. A visitação é aberta ao público em geral.

Jundiaí Hoje
Aos poucos, tanto os imigrantes como seus descendentes foram se integrando à comunidade jundiaiense. Hoje, mais de 75% da população de Jundiaí é descendente de imigrantes italianos, que constituem uma das maiores colônias em todo o Brasil.
Na primeira metade do século 20, Jundiaí descobriu a sua vocação industrial, que perdura até hoje, pois a cidade possui um dos maiores parques industriais da América Latina.
Jundiaí destaca-se, atualmente, no desenvolvimento das áreas cultural, educacional, tecnológica e ambiental. A indústria do lazer também aquece a economia da cidade, com a instalação de parques temáticos que atraem turistas e geram empregos.
O aniversário da cidade é comemorado em 14 de dezembro.
Fonte: Prefeitura de Jundiaí


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