É lá,
no arquipélago de Andamã e Nicobar, em uma ilha chamada Sentinela do Norte, que
vivem os sentinelenses, um povo que mata qualquer um que se aproxime.
Os Sentinelenses são vistos como descendentes diretos dos primeiros
seres humanos que surgiram a partir da África. Eles vivem na pequena ilha de
quase 60.000 anos.
A população
exata é desconhecida, mas pode ser tão baixo quanto 40 ou tão alto como 500.
Não se sabe exatamente quantos sentinelenses existem e ninguém tem coragem de
aparecer para fazer a contagem certa: os poucos aventureiros e pesquisadores
que se atreveram a pisar na ilha foram mortos sem misericórdia.
Por
este histórico, é óbvio que os sentinelenses nunca tiveram contato prolongado e
direto com a nossa civilização. Não se sabe nada sobre seus hábitos, cultura ou
língua e não existem imagens do interior da ilha. Os caras são considerados um
dos povos mais isolados do mundo.
Desde
o século X os sentinelenses são descritos como selvagens ao extremo, inclusive
com lendas de que devoram os intrusos.
Em
1986, um homem escapou de um presídio em uma ilha vizinha e parou em Sentinela
do Norte. Virou peneira: dias depois, seu corpo foi visto na praia crivado de
flechas e degolado.
Em
1996, o governo indiano proibiu o acesso à ilha e resolveu deixar os
sentinelenses em paz. As águas ao redor são patrulhadas para que ninguém se
aproxime.
A
ilha foi atingida pelo tsunami de 2004. O governo indiano ficou preocupado com
o povo e enviou uma missão de ajuda para lá. O helicóptero foi recebido por
flechadas e pedradas.
As
últimas notícias são de janeiro de 2006. Dois pescadores bêbados pararam na
ilha com sua canoa. Foram recebidos como bois em um matadouro e acabaram em
picadinho.
Fonte:
Retalhos do Quixadá
Edição: Angela Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário