Após
uma lacuna de 46 anos, tempo decorrido desde o fechamento da 2ª Bienal de Artes
Plásticas pelo regime militar, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), junto
com a Secretaria de Cultura do Estado (SECULT-BA), lançou a 3ª Bienal da Bahia
cujo funcionamento acontece entre os
dias 29 de maio e 07 de setembro de 2014. Com uma programação que se estende
por 100 dias, a Bienal apresenta ao
público exposições, ciclos de cinema, performances, atividades educativas e
conversas públicas, envolvendo cerca de 150 artistas e 200 obras espalhadas por
Salvador e outras 9 cidades do interior baiano.
Indo além de um circuito artístico baseado apenas em exposições, a 3ª
edição marca o retorno da Bienal da Bahia como um importante resgate de sua
história e memória, sem deixar de lado a necessidade de atualizar as intenções
originais das primeiras edições do evento. Construída em torno da pergunta “É tudo Nordeste?”, a 3ª Bienal se debruça
sobre a experiência cultural e histórica nordestina a partir de uma perspectiva
baiana, abrindo novos canais de diálogo com o resto do Brasil e a cena
artística mundial.
Museu de Arte Moderna da Bahia
Vale ainda destacar que a 3 ª Bienal da Bahia está sendo desenvolvida
cuidadosamente por um grupo de curadores de diferentes partes do Brasil e
com experiência em grandes eventos nacionais e internacionais. Marcelo Rezende
(escritor, crítico e diretor do MAM-BA), Ayrson Heráclito (artista visual e
professor) e Ana Pato (pesquisadora e ex-diretora executiva da Associação
Cultural Videobrasil) formam o conselho curatorial. A equipe se complementa com
a presença de Fernando Oliva (crítico e pesquisador) e Alejandra Muñoz
(professora e pesquisadora), curadores adjuntos.
Desde
março de 2013, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) tem realizado uma
série de encontros, palestras e atividades que proporcionam o debate sobre os
modelos de Bienais existentes no Brasil e no mundo, ampliando a discussão sobre
qual seria o formato mais propício para o cenário baiano atual. Com a proposta
de fornecer um espaço para a discussão de plataformas e iniciativas que
contribuam para a 3ª Bienal da Bahia, as ações reuniram diferentes públicos, que
puderam compartilhar opiniões e conhecer um pouco mais sobre a história da arte
mundial.
Uma destas ações foi o projeto MAM Discute Bienal, que reuniu artistas,
urbanistas, pesquisadores e professores, entre eles Alba e Chico Liberato, Lia
Robatto, Ieda Oliveira, Gaio, Vauluízo Bezerra, Luciana Vasconcelos, Zé de
Rocha, Juraci Dórea, Juarez Paraíso e Alejandra Muñoz. Cada encontro
Performance de abertura do evento
colocava em foco um tema diferente, sempre relacionado ao cenário
artístico-cultural e à organização de uma Bienal. Além dos convidados, o
público também teve importante participação nas discussões.
Da mesma forma, o MAM Discute Sistema e Circuito das Artes saiu das
dependências do museu e foi até a Escola de Administração da UFBA, para
proporcionar um espaço de discussão sobre o mercado e as formas de circulação,
exposição e comercialização de arte em contextos locais e globais. Além disso,
o MAM foi até a Biblioteca Pública do Estado da Bahia e a Escola de Belas Artes
da UFBA, locais que sediaram as Leituras Públicas do projeto curatorial da
Bienal da Bahia.
Outra ação promovida pelo museu foi o MAM Manifesto, que aconteceu
durante o mês de novembro de 2013 e reuniu inúmeros representantes das artes em
uma programação diversificada, que contou com leituras de manifestos
artísticos, apresentações de dança, performances e até mesmo gastronomia. Todas
as atividades realizadas foram uma prévia do que está acontecendo durante os
cem dias de exposições, encontros, shows e ações educativas da 3ª Bienal da
Bahia.
Fonte: Site oficial da Bienal
Nenhum comentário:
Postar um comentário