Filme imperdível – este
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Luzes
da Ribalta (em inglês: Limelight)
é um filme americano escrito,
dirigido e interpretado por Charles
Chaplin, que teve sua estreia
em 23 de outubro de 1952 e
lançamento público em 6 de fevereiro de 1953, e foi o
antepenúltimo filme do cineasta britânico.
Elenco:
Charlie Chaplin -
Calvero
Claire Bloom -
Terry
Nigel
Bruce - Postant
Buster Keaton -
parceiro de Calvero
Sydney Earle Chaplin - Neville
Norman
Lloyd - Bodalink
Melissa
Hayden - dublê de Terry nas
danças
Chaplin
e sua partner Claire Bloom
Esta
foi a última atuação de Edna Purviance no
cinema. A atriz não participara de filmagens desde a década de 1920,
mas Chaplin a manteve na folha de pagamento do estúdio até sua morte.
O
filme passa-se em Londres,
no ano de 1914,
às vésperas da I Guerra Mundial.
Este foi o ano em que Chaplin realizara
seu primeiro filme. Calvero (Chaplin), um palhaço de teatro bastante
famoso, mas agora um bêbedo contumaz, salva de tentativa de suicídio uma jovem dançarina chamada Thereza, mas
de nome artístico Terry (Bloom).
Servindo-lhe
de enfermeiro até recobrar a saúde, Calvero ajuda Terry também a recuperar seu
amor-próprio e retomar a carreira. Ao fazer isto, também ele retoma sua
auto-confiança, mas suas tentativas em novamente atuar são fracassadas.
Terry
declara que deseja casar-se com Calvero, apesar da diferença de idade entre
ambos. Entretanto, ela tinha ajudado um jovem compositor, Neville, que Calvero
acredita ser um melhor companheiro para ela. A fim de permitir que o romance
entre ambos ocorra, Calvero sai de casa e torna-se uma artista de rua.
Chaplin
e seu parceiro do cinema mudo Buster Keaton
Terry
agora estrela seu próprio espetáculo e, por acaso, encontra Calvero,
persuadindo-o a voltar aos palcos para uma apresentação beneficente. Junto ao
seu antigo parceiro (Keaton), Calvero realiza uma volta triunfante, mas sofre
um ataque cardíaco e morre, a poucos passos de Terry que, no segundo ato da
peça, dança no palco.
Embora o filme se passe em Londres, foi
completamente filmado em Hollywood, principalmente no Chaplin
Studios. A rua onde Calvero vive e se
apresenta era um set da Paramount Studios, as cenas da sala de música foram filmadas na RKO e as cenas externas usavam imagens de
Londres projetadas no fundo. A maioria do elenco era britânica ou possuía um
convincente sotaque londrino, com a exceção do próprio Chaplin que, por décadas
morando nos Estados Unidos, perdera o sotaque natal.
Para este filme Chaplin contratou seu rival de
cinema-mudo, Buster Keaton - sendo este o único filme em que atuaram juntos. O biógrafo de Keaton, Rudi Blesh, afirmou que o cômico rival superara na atuação
a Chaplin, e este cortara-lhe tais cenas, fato contestado pelo filho de
Chaplin, Syd.
Além de Sydney, também integraram o elenco
outros filhos e parentes de Charles Chaplin: Geraldine, Josephine, Charles Chaplin Jr., Michael Chaplin e sua esposa Oona.
Alguns
estudiosos da vida de Chaplin afirmam que o enredo foi baseado na biografia de
seu pai, mas o próprio ator diz que tomou por base a vida de Frank
Tierney. Apesar disto, o período em que se desenrola a trama coincide com
o início dos trabalhos cinematográficos do próprio Chaplin.
Sua
duração original é de 149 min, mas uma versão de 138 min também foi
apresentada.
BAFTA de
melhor revelação, para Claire Bloom.
|
Para que chorar o que passou
Lamentar perdidas ilusões (…) |
— Trecho
da letra da música de Luzes da Ribalta
|
Em
1952 Chaplin teve de responder por possíveis ligações comunistas. Seu filme,
então, não pôde estrear em Los Angeles,
fato este que se deu apenas em 1972 - o que permitiu concorrer ao Oscar daquele
ano, sendo vitorioso e aclamado em sua volta aos Estados Unidos - de onde saíra.
No Brasil a música Luzes da Ribalta foi
vertida para o português e mereceu gravação de grandes intérpretes, como Maria
Bethânia.
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