Série: cidades mais bonitas do mundo
Considerada a mais bela
joia da África
A Cidade do
Cabo (em inglês: Cape
Town; em africâner: Kaapstad; em xhosa: iKapa)
faz parte do Município metropolitano da Cidade do
Cabo, na província do Cabo Ocidental, na África do Sul. É a
capital legislativa do país, onde o Parlamento Nacional e muitos
escritórios do governo estão
localizados. Também é a capital da província. É a segunda cidade mais
populosa do país, ficando atrás apenas de Johanesburgo. A Cidade
do Cabo é famosa pelo seu porto natural, incluindo marcos bem conhecidos, como
a Tábua do Cabo (ou Montanha da Mesa) e a Baía da Mesa, sendo um
dos mais populares destinos turísticos do Sul Africano.. É
o segundo mais populoso núcleo urbano, financeiro e cultural do país, depois de Joanesburgo.
Localizada na costa
da Baía da Mesa, a Cidade do Cabo foi utilizada pela Companhia Holandesa das Índias
Orientais como uma estação de abastecimento de navios holandeses que
navegavam para a África Oriental, Índia e
o Extremo Oriente. Jan van Riebeeck chegou
à região em 6 de Abril de 1652 e
estabeleceu o primeiro assentamento europeu permanente na África do Sul. A Cidade
do Cabo desenvolveu-se rapidamente, tornando-se o polo econômico e cultural
da Colónia do Cabo. Até a febre do ouro de Witwatersrand, que
resultou no desenvolvimento de Johanesburgo, a Cidade
do Cabo era a mais populosa cidade da África do Sul.
A cidade é um importante polo comercial e industrial, tendo um
dos principais portos do país. Sua economia é baseada nos setores
de refinação de petróleo, automóveis,
alimentar, químico, têxtil e construção naval. Consequentemente, é considerado
o segundo maior centro financeiro, econômico e comercial da
África do Sul, ficando atrás apenas de Johanesburgo.
Em 2007, a cidade
tinha uma população de 3 500 000 habitantes. A área da Cidade do Cabo
estende-se por 2 455 quilômetros quadrados, sendo maior do que outras cidades do Sul Africano, resultando
em uma menor densidade populacional: de 1 425 habitantes por
quilômetro quadrado.
Os indícios mais
antigos de ocupação humana na região foram encontrados nas Grutas de Peers, emFish Hoek, datando de cerca de 10000 a.C. Pouco se sabe
sobre os primeiros habitantes devido à escassez de documentos. A primeira vez
que a cidade foi referida de modo escrito foi durante a Era do Descobrimentos, quando o
explorador português Bartolomeu Dias passou
pelo local em 1486. Onze anos mais tarde, em 1497, outro explorador
português, Vasco da Gama, também navegou perto do local. O contato
permanente com a Europa começou
apenas em 1652, quando uma delegação da Companhia Holandesa das Índias
Orientais, liderada por Jan van Riebeeck aí
estabeleceu um porto marítimo de apoio às viagens para as Índias Orientais Neerlandesas. Nessa época, a
cidade cresceu lentamente, sobretudo devido à falta de mão de obra na zona;
contudo, foram importados escravos da Indonésia e
de Madagáscar para
ajudar no desenvolvimento local.
Durante a Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas, a Holanda, país
europeu que controlava a Cidade do Cabo, foi ocupada várias vezes pela França, deixando,
por isso, a colónia africana desprotegida. O Reino Unido aproveitou
a ocasião e ocupou o território em 1795. Contudo, um tratado assinado entre
estes dois países determinou que a cidade voltaria para o comando holandês, em
1803. Apesar do acordo, três anos depois, em 1806, o Reino Unido voltou a
invadir o local, ocupando-o definitivamente. Um tratado assinado em 1814
declarou que a Holanda cedia permanentemente a cidade ao domínio britânico. A
partir desse momento, a Cidade do Cabo passou a ser a capital da Colónia do Cabo,
território ultramarino do Reino Unido.
A descoberta
de diamantes em Griqualand West em
1869, e em Witwatersrand Gold Rush em
1886, fez com que um grande fluxo imigratório surgisse para a África do Sul.
Alguns conflitos entre as repúblicas Bôeres do
interior do território e o Governo Colonial Britânico culminaram na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1901),
a qual foi ganha pelos europeus. Em 1910, o Reino Unido estabeleceu a União Sul-Africana, que uniu a Colónia do Cabo, as duas repúblicas
Bôeres e a Colónia de Natal. A partir daí, a Cidade do Cabo tornou-se a
capital legislativa da República da África do Sul.
Nas eleições de
1948, o National Party ganhou
a plataforma do Apartheid (segregação
racial). Este facto conduziu o país, e também a Cidade do Cabo, à determinação
de zonas para brancos e outras para negros, fazendo desta forma a segregação
racial. Alguns subúrbios multirraciais da cidade foram a demolidos para que a
ação do Apartheid fosse efetivamente cumprida. O exemplo mais
flagrante desta medida foi no District Six; depois de
ter sido declarado uma zona de "apenas brancos" em 1965, mais de 60
000 pessoas foram forçadas a mudar de residência. Muitos desses residentes
foram realojados nos planos do Cabo (Cape
Flats, em inglês) e
em Lavendar Hill.
A Cidade do Cabo
foi a "casa" de muitos dos líderes de movimentos antiapartheid.
Na ilha
Robben, a 10 km da costa da cidade, estava edificada uma prisão para
presos políticos onde estiveram em cativeiro alguns dos mais famosos ativistas
desses movimentos. Num dos mais famosos momentos que ditaram o final do Apartheid, Nelson Mandela fez o
seu primeiro discurso público em décadas, no dia 11 de Fevereiro de 1990, da
varanda principal do edifício da Câmara Municipal da Cidade do
Cabo horas depois de ter sido libertado da prisão na ilha Robben. O seu
discurso foi início de uma nova Era para o país, e as primeiras eleições livres foram
levadas a cabo quatro anos depois, em 1994, no dia 27 de Abril.
Desde o ano das
primeiras eleições livres, a cidade luta contra graves problemas de saúde
pública tais como o vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência
adquirida ou a tuberculose. Os crimes
violentos cresceram exponencialmente devido principalmente a problemas relacionados
com drogas. Ao mesmo
tempo em que a insegurança aumenta e a saúde atravessa tempos difíceis, a
economia teve um boom devido ao turismo e ao desenvolvimento
do sector imobiliário.
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