quarta-feira, 30 de julho de 2014

DIPLOMATA ANÃO

por
Edilson Vieira


Recentemente, o mundo assiste atônito ao desenrolar do eterno conflito que envolve o povo da Palestina e o Estado Israel e que tem se agravado nos últimos dias, quando a indefesa população civil e principalmente velhos e crianças têm sido mortos, de forma injustificável sobre todos os aspectos, o que teria provocado uma manifestação da diplomacia brasileira de que o povo  israelense tem o direito de se defender mas que não está existindo uma devida proporção na reação.

Pois bem, reportando-se à falta da proporcionalidade adotada nos ataques das forças israelenses, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, ao falar ao Jornal Nacional, de  forma infeliz e demonstrando a sua total falta de diplomacia, e de que ainda é imberbe no meio diplomático, chamou o Brasil de “anão diplomático” e também de “criador de problemas”, acrescentando: “A resposta de Israel é perfeitamente proporcional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional, e quando é 7 a 1 é desproporcional. Mas não é assim na vida real e sob a lei internacional”.


Ora, esqueceu-se o afiado porta-voz que se o Estado de Israel existe, povo a quem tanto admiramos pela sua luta em prol da independência, se deveu, entre outros aspectos, à luta de um brasileiro que em 1947, como chefe da delegação brasileira na recém-criada Organização das Nações  Unidas, presidiu a II Assembleia Geral da ONU que votou o Plano da ONU para a partição da Palestina de 1947, que culminou na criação do Estado de Israel, fato esse que rendeu a Osvaldo Aranha eternas gratidões dos judeus e sionistas por sua atuação, em claro confronto com os países árabes da região. 
Assim,  quando o porta-voz buscou ironizar o Brasil em face da histórica goleada que lhe foi imposta pela ALEMANHA que viria a se tornar CAMPEÃ MUNDIAL DE 2014, esqueceu-se de se referir que a plateia brasileira existente na Arena do Mineirão, naquela oportunidade, na qual se encontrava Edson Arantes  do Nascimento, O REI DO FUTEBOL, aplaudiu de pé os vencedores, embora estivesse, como a nós todos brasileiros, com as lágrimas rolando pelas faces e os corações sagrando,  numa autêntica demonstração de diplomacia e de um provo que vem se agigantando entre todos os povos, como um defensor da paz e da coexistência entre os povos. 

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