por
Edilson Vieira
Recentemente, o mundo assiste atônito
ao desenrolar do eterno conflito que envolve o povo da Palestina e o Estado
Israel e que tem se agravado nos últimos dias, quando a indefesa população
civil e principalmente velhos e crianças têm sido mortos, de forma
injustificável sobre todos os aspectos, o que teria provocado uma manifestação
da diplomacia brasileira de que o povo israelense tem o direito de se
defender mas que não está existindo uma devida proporção na reação.
Pois bem, reportando-se à falta da
proporcionalidade adotada nos ataques das forças israelenses, o porta-voz do
Ministério de Relações Exteriores de Israel, ao falar ao Jornal Nacional,
de forma infeliz e demonstrando a sua total falta de diplomacia, e de que
ainda é imberbe no meio diplomático, chamou o Brasil de “anão diplomático” e também de “criador de
problemas”, acrescentando: “A resposta de Israel é perfeitamente proporcional.
Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha
proporcional, e quando é 7 a 1 é desproporcional. Mas não é assim na vida real
e sob a lei internacional”.
Ora, esqueceu-se o afiado porta-voz que se o Estado de Israel existe, povo a quem tanto admiramos
pela sua luta em prol da independência, se deveu, entre outros aspectos, à luta
de um brasileiro que em 1947, como chefe da delegação brasileira na
recém-criada Organização das Nações Unidas, presidiu a
II Assembleia Geral da ONU que votou o Plano da ONU para a
partição da Palestina de 1947, que culminou na criação do Estado de
Israel, fato esse que rendeu a Osvaldo Aranha eternas gratidões
dos judeus e sionistas por sua atuação, em claro confronto
com os países árabes da região.
Assim,
quando o porta-voz buscou ironizar o Brasil em face da histórica goleada que
lhe foi imposta pela ALEMANHA que viria a se tornar CAMPEÃ MUNDIAL DE 2014,
esqueceu-se de se referir que a plateia brasileira existente na Arena do
Mineirão, naquela oportunidade, na qual se encontrava Edson Arantes do
Nascimento, O REI DO FUTEBOL, aplaudiu de pé os vencedores, embora estivesse,
como a nós todos brasileiros, com as lágrimas rolando pelas faces e os corações
sagrando, numa autêntica demonstração de diplomacia e de um provo que vem
se agigantando entre todos os povos, como um defensor da paz e da coexistência
entre os povos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário