terça-feira, 29 de julho de 2014

MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS - BA

Série: municípios baianos


A cidade de Alagoinhas teve seu primeiro povoamento nos fins do século XVIII, quando um padre português fundou uma capela no seu território e daí começou a prospera vila em virtude da chegada de imigrantes e da passagem da estrada de boiadas, acesso para o norte e para o sertão, razão porque recebeu de Ruy Barbosa o Título de "Pórtico de Ouro do Sertão Baiano". Já foi denominada de Freguesia da Água Fria, Freguesia de Santo Antônio das Lagoinhas e posteriormente Villa de Santo Antônio d'Alagoinhas, então desmembrada da Vila de Inhambupe, quando adquiriu a qualidade de município.



Em torno da igreja de Santo Antônio foram construídas casas, formando uma povoação elevada à categoria de Vila pela Resolução Provincial 442 de 16/06/1852, sendo assim criado o município de Santo Antônio de Alagoinhas, desmembrando o município de Inhambupe. Sua instalação oficial deu-se em 02/06/1853.



Segundo registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o distrito de Alagoinhas foi criado no dia 15 de outubro de 1816, pertencendo a Inhambupe até 16 de junho de 1852, quando se tornou sede Municipal. A emancipação política de Alagoinhas foi oficializada há 153 anos, no dia 2 de julho de 1853, com a posse da primeira Câmara Municipal e do presidente do Conselho, o Coronel José Joaquim Leal.
O nome de Alagoinhas originou-se dos rios (Sauípe, Catu, Subaúma, Quiricó), lagoas e córregos existentes na região. Uma de suas maiores riquezas é a excelência da qualidade de sua água, que faz parte do aquífero que vai de Dias D'Ávila até Tucano.



POÇO
O poço de petróleo MG-1-BA foi descoberto em 1964. Gás natural e petróleo começaram a compor, naquele momento, a vida econômica e social de Alagoinhas. Em 1967 já eram mais de 30 poços no Município. A descoberta trouxe a Petrobras para Alagoinhas e, com ela, a ampliação das oportunidades de trabalho e de investimentos no Município. O petróleo também contribuiu para a organização da categoria dos petroleiros.



A Ferrovia e o petróleo contribuíram para o desenvolvimento do comércio de Alagoinhas. A cidade se voltou para os serviços e se tornou polo para mais de 30 municípios vizinhos. A localidade cresceu de forma desordenada, sem que houvesse um planejamento que orientasse a adequação da sua infra-estrutura às necessidades da comunidade. Entre os problemas mais graves enfrentados pela comunidade podem ser apontados os sérios problemas causados pela deficiência da pavimentação urbana, os serviços de saúde não se adequavam às normas do SUS e a maior parte da população não tinha acesso ao saneamento básico.
Por possuir boa estrutura viária, água límpida e uma das mais puras encontrada no subsolo brasileiro, Alagoinhas vem se constituindo em um grande polo cervejeiro nacional. Estão no município nada menos que duas fábricas modernas cujo produção é distribuída nacionalmente.



ESTRADA DE FERRO
Alagoinhas Nova e Velha, uma mesma cidade (re)organizada, em 1868, por causa das atividades da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco. A instalação da ferrovia provocou um intenso fluxo de produtos e de pessoas que obrigou feirantes e população a mudarem para as proximidades da estação, em função do volume de atividades desenvolvidas no local. Os ferroviários, além de serem trabalhadores que aceleravam o transporte de pessoas e de produtos, também se constituíram em categoria organizada que lutou, em vários momentos, pela conquista e reconhecimento de direitos. A "Greve Ferroviária", em 1909, com repercussão no Estado e liderada pelo cônego José Alfredo de Araújo, foi exemplo de mobilização vitoriosa da categoria.

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