segunda-feira, 7 de julho de 2014

NATUREZA-MORTA

Pintura



Diz-se de uma pintura ou desenho agrupando certo número de seres e objetos inanimados, não necessariamente mortos, porém imóveis: frutas, flores, peixes, animais de pequeno porte, livros vasos e uma infinidade de tantos outros. A aparência de uma natureza-morta varia, portanto enormemente, segundo a inclinação pessoal e a fantasia ou a sensibilidade do seu autor.




O termo natureza-morta foi criado pelo holandês Houbraken em sua História da Arte, publicada em inícios do século XVIII, tornando-se universalmente aceito por volta de 1800. O gênero, contudo, já era praticado pelos chineses no período Ch’in (265-420), e naturezas-mortas aparecem nos mosaicos da Grécia e de Roma, nos murais de Pompeia e na arte paleo-cristã. A Idade Média negligenciou-a, contudo a partir do século XV renomados pintores como Carlo Crivelli, por exemplo, redescobriram o gênero, passando a cultivar a natureza morta com muita disposição.

As primeiras naturezas-mortas do século XV surgem com pormenores de retábulos (Construção de madeira, de mármore, ou de outro material, com lavores, que fica por trás e/ou acima do altar e que, normalmente, encerra um ou mais painéis pintados ou em baixo-relevo), e não como motivos isolados (Van Eyke, Van der Goes, Mestre de Flémalle). Como algo digno de ser representado por si mesmo, a natureza morta aparece de novo somente no século XVI, com alguns raros quadros e desenhos de Jacope de

 Barbari, Albrecht e outros.

Tal como na pintura de gênero, os verdadeiros criadores da natureza-morta foram os holandeses do século XVII, seguindo a trilha aberta por Bruegel e sobretudo por Pieter Aertsen. Na França, , o principal cultor de gênero foi Chardin, no século XVIII. Desde o século seguinte até o atual, vem sendo praticada por inúmeros artistas, os quais as renovam incessantemente, à medida que se sucedem os diferentes estilos artísticos.

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