Pintura
Diz-se de
uma pintura ou desenho agrupando certo número de seres e objetos inanimados,
não necessariamente mortos, porém imóveis: frutas, flores, peixes, animais de
pequeno porte, livros vasos e uma infinidade de tantos outros. A aparência de
uma natureza-morta varia, portanto enormemente, segundo a inclinação pessoal e
a fantasia ou a sensibilidade do seu autor.
O termo
natureza-morta foi criado pelo holandês Houbraken em sua História da Arte,
publicada em inícios do século XVIII, tornando-se universalmente aceito por
volta de 1800. O gênero, contudo, já era praticado pelos chineses no período
Ch’in (265-420), e naturezas-mortas aparecem nos mosaicos da Grécia e de Roma,
nos murais de Pompeia e na arte paleo-cristã. A Idade Média negligenciou-a,
contudo a partir do século XV renomados pintores como Carlo Crivelli, por
exemplo, redescobriram o gênero, passando a cultivar a natureza morta com muita
disposição.
As primeiras
naturezas-mortas do século XV surgem com pormenores de retábulos (Construção
de madeira, de mármore, ou de outro material, com lavores, que fica por trás
e/ou acima do altar e que, normalmente, encerra um ou mais painéis pintados ou
em baixo-relevo), e não como
motivos isolados (Van Eyke, Van der Goes, Mestre de Flémalle). Como algo digno
de ser representado por si mesmo, a natureza morta aparece de novo somente no
século XVI, com alguns raros quadros e desenhos de Jacope de
Barbari, Albrecht e outros.
Tal como na
pintura de gênero, os verdadeiros criadores da natureza-morta foram os
holandeses do século XVII, seguindo a trilha aberta por Bruegel e sobretudo por
Pieter Aertsen. Na França, , o principal cultor de gênero foi Chardin, no
século XVIII. Desde o século seguinte até o atual, vem sendo praticada por
inúmeros artistas, os quais as renovam incessantemente, à medida que se sucedem
os diferentes estilos artísticos.
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