segunda-feira, 14 de julho de 2014

SUMÉ

Folclore brasileiro 

Personagem lendária brasileira


 Sumé é uma personagem lendária dos índios brasileiros, homem branco que, antes do Descobrimento, aparecera misteriosamente entre eles, ensinando-lhes o cultivo da terra e regras morais. Tendo-se desgotado dos homens, Sumé desaparecera caminhando sobre as águas do mar. Os Jesuítas o identificaram como o apóstolo Tomé, de cujo nome a palavra parece ser corruptela.



O padre Manoel da Nobrega, em carta de 1549, assim se refere ao personagem: “Dizem eles que São Tomé, a quem eles chamavam Zomé (Sumé), passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados e que suas pisadas estão assinaladas junto de um rio; as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas por seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio, quando enche; dizem também que, quando deixou estas pisadas, ia fugindo dos índios, que o queriam frechar, e chegando ali, se lhe abrira o rio e passara por meio dele à outra parte, sem se molhar, e dali foi para a Índia. Assim mesmo contam que, quando o queriam frechar, as frechas se tornavam para eles, e as matas lhe faziam caminho por onde passasse.”
Segundo S. Vicente do Salvador, foi Sumé que ensinou os índios o plantio da mandioca; mas como quisesse que eles só tivessem uma mulher e não comessem carne humana, foi perseguido até uma praia  “donde o santo se passou, de uma passada, à Ilha de Maré (Bahia), distância de meia légua, e daí não sabem por onde.”

Frei André Thevet escreve Tome como “Sommay” e o descreve como sendo apenas grand Pagé et Caraíbe, afastando a ideia de que fosse um estrangeiro.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário