Folclore brasileiro
Personagem lendária
brasileira
Sumé é uma
personagem lendária dos índios brasileiros, homem branco que, antes do
Descobrimento, aparecera misteriosamente entre eles, ensinando-lhes o cultivo
da terra e regras morais. Tendo-se desgotado dos homens, Sumé desaparecera
caminhando sobre as águas do mar. Os Jesuítas o identificaram como o apóstolo
Tomé, de cujo nome a palavra parece ser corruptela.
O padre
Manoel da Nobrega, em carta de 1549, assim se refere ao personagem: “Dizem eles
que São Tomé, a quem eles chamavam Zomé (Sumé), passou por aqui, e isto lhes
ficou por dito de seus passados e que suas pisadas estão assinaladas junto de
um rio; as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com os próprios
olhos, quatro pisadas mui sinaladas por seus dedos, as quais algumas vezes
cobre o rio, quando enche; dizem também que, quando deixou estas pisadas, ia
fugindo dos índios, que o queriam frechar, e chegando ali, se lhe abrira o rio
e passara por meio dele à outra parte, sem se molhar, e dali foi para a Índia.
Assim mesmo contam que, quando o queriam frechar, as frechas se tornavam para
eles, e as matas lhe faziam caminho por onde passasse.”
Segundo S.
Vicente do Salvador, foi Sumé que ensinou os índios o plantio da mandioca; mas
como quisesse que eles só tivessem uma mulher e não comessem carne humana, foi
perseguido até uma praia “donde o santo
se passou, de uma passada, à Ilha de Maré (Bahia), distância de meia légua, e
daí não sabem por onde.”
Frei André
Thevet escreve Tome como “Sommay” e o
descreve como sendo apenas grand Pagé et
Caraíbe, afastando a ideia de que fosse um estrangeiro.
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