segunda-feira, 14 de julho de 2014

TEATRO MEDIEVAL

Arte teatral 

O teatro medieval é, como o antigo, de origem religiosa; apenas a religião é outra. Os enredos são tirados das histórias bíblicas. As ocasiões de representações são as festas do ano litúrgico. O palco é uma praça central da cidade. Toda população participa dele. Mas no palco também já se encontram os elementos cenográficos que, mais tarde, constituirão o “teatro ilusão” moderno.



O valor literário das peças é muito desigual: entre cenas de lirismo religioso e de humorismo popular (cenas do diabo e dos judeus) encontram-se longos trechos didáticos e declamatórios. É antes estranha entre as peças das diversas nações:

mystéres franceses e mistérios espanhóis, laudes italianas e mistérios alemães são fundamentalmente iguais. São superiores as peças inglesas, do Ciclo de York e do Ciclo de Wakefield, nas quais já se antecipam alguns elementos do teatro elisabetano. Mas as duas maiores e mais bem costuradas peças medievais são holandesas: Lanseloet, com enredo profano; e Elckerlyc, fonte do inglês Everyman e do alemão Judermann.
No fim da Idade Média e no começo do século XVI surgem na Península Ibérica dois grandes dramaturgos que, sem sair da técnica teatral medieval, enchem-na de ideias novas, em parte já humanistas e renascentistas. La Celestina, de Fernando Rojas, é antes um romance dialogado; obra de influência enorme na Europa de então. As peças de Gil Vicente guardam o caráter de representação para determinadas ocasiões litúrgicas, palacianas ou populares.

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