Música
O
maestro como conhecemos hoje surgiu no Romantismo musical, quando a massa
orquestral ou coral tomou
grandes proporções.
Os
grupos eram pequenos (orquestras de câmara) e todos os músicos podiam se
entreolhar para analisar dinâmicas e entradas. Porém, já no classicismo,
com o início do crescimento da massa orquestral ou coral, quem coordenava era o
músico mais visível: o primeiro violinista ou algum instrumentista de sopro. Em
composições com acompanhamento por instrumento de teclado, o cravo na
época e depois o piano,
quem tocava este instrumento conduzia a orquestra. Tem-se notícia de Bach e Mozart regendo sentados ao instrumento.
Uma
evolução deste estado inicial foi a marcação do tempo (métrica musical) através de batidas de um
bastão no chão. Contudo, o ruído produzido pela batida afetava diretamente
a música,
pois todos precisavam ouvir a marcação (batidas) e assim todo o público também
a ouvia. Desta forma, alguns músicos optaram por marcar o tempo com as mãos e
braços e outros, ainda , enrolavam as partituras e marcavam o tempo de
maneira visual.
Carl Maria von Weber foi quem introduziu uma vareta ou pequeno bastão para substituir o
rolo de partitura. A esta vareta deu-se o nome de batuta.
A regência é
o ato de conduzir um grupo de músicos, através do gestual, geralmente exercida
pelo maestro.
A
regência musical é a atividade através da qual se pode coordenar, dirigir e
liderar as atividades musicais realizadas em grupo, para que apresentem coesão
e coerência em sua manifestação.
Há
grupos que possuem um(a) regente que se posiciona à frente de todos e
comunicando referenciais para que os integrantes do grupo possam realizar uma
execução musical com unidade interpretativa. E há outros grupos que não possuem
um(a) regente destacado. Mas, independente disso, qualquer que seja a situação,
todo conjunto musical precisa de um tipo de direção, de uma liderança.
A
regência é uma atividade que envolve diversos aspectos: musicais, gestuais,
vocais, didáticopedagógicas e psicológicas. O(a) regente deve representar e
promover a unidade da expressão artístico-musical de um grupo de pessoas, mesmo
que elas tenham habilidades artísticas heterogêneas. Para isso, precisa se
preparar em todos os aspectos citados, principalmente na sua formação musical:
bom domínio da partitura,
percepção sonora apurada para poder distinguir aquilo que estará conduzindo,
conhecimento e compreensão de estilos, gêneros, autores, épocas, questões
de contraponto, harmonia e análise musical,
etc.
Para
o exercício da regência existem gestos convencionais que precisam ser dominados.
Eles foram estabelecidos ao longo da história da atividade da regência e
permitem um tipo específico de comunicação compreensível por todos que
participam do grupo. Existem gestos pessoais que caracterizam o estilo de cada
regente, mas algumas convenções, até internacionais, são importantes para que a
comunicação se estabeleça de forma homogênea entre grupos distintos.
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