Um avanço ou um
desserviço à música?
Pianola é
um piano equipado
com dispositivo para executar automaticamente a música, por meio
de pedais e alavancas manuais. O
mecanismo original, patenteado em 1897 pelo engenheiro americano Edwin S. Votey, era
instalado diante do teclado e consistia num rolo de papel perfurado com a
notação da peça que se pretendia executar, acionado pelos pedais. Cada
perfuração abaixava uma tecla e impulsionava o respectivo martelo, o que
substituía a ação dos dedos. Mais tarde o mecanismo foi incorporado ao
instrumento, que passou a possibilitar uma considerável variação de dinâmica e andamento.
Entre outras obras,
a pianola inspirou o Estudo para pianola, de Stravinski, em 1917, e a
Toccata de Hindemith, composta em 1926. Para esse
insólito instrumento de teclado, os músicos escreviam peças sem cuidado com as
limitações impostas pelo tamanho da mão do executante.
Também conhecida
como piano mecânico, a pianola ganhou vasta popularidade por volta da primeira guerra mundial. Algumas
companhias fabricavam rolos que reproduziam com bastante exatidão as interpretações
de músicos famosos, como Cortot e Debussy. Apesar do
sucesso que fez no início do século XX, a pianola
caiu em desuso logo a seguir.
Na década de 1990
passaram a ser produzidos pianos mecânicos que, utilizando dados armazenados
num disquete de computador, capazes
de gravar e reproduzir com fidelidade uma execução real.
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