sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A REPÚBLICA DAS BANANAS


República das bananas é um termo pejorativo para países, normalmente centro-americanos, politicamente instáveis, submissos a um país rico e frequentemente com governos corrompidos e opressores. Com economias em grande parte dependentes da exportação de um único produto, tais como bananas.



 Normalmente tem classes sociais estratificadas, incluindo uma grande e empobrecida classe trabalhadora e uma plutocracia que compreende as elites de negócios, política e militares. Esta oligarquia político-econômica controla as produções do setor primário e, assim, explora a economia do o país.


O termo foi cunhado por O. Henry, um humorista e cronista estadunidense.
Originalmente, o termo referia-se a Honduras e foi apresentado no livro de contos curtos Cabbages and Kings, de 1904, ambientados na América Central.


República, nessa época, era também um eufemismo de ditadura. Alguns trechos do livro nos quais o termo é usado são:
In the constitution of this small, maritime banana republic was a forgotten section… (Na Constituição, a pequena república marítima da banana foi esquecida) e
At that time we had a treaty with about every foreign country except Belgium and that banana republic, Anchuria. (Naquele tempo, tínhamos um acordo com todos os países estrangeiros exceto a Bélgica e a República das bananas, Anchuria).


O termo fortaleceu-se devido à forte presença das empresas estadunidenses United Fruit Company e Standard Fruit, que dominavam a produção de frutas como bananas e abacaxis nos países do Caribe. Na época, a exportação de frutas era a grande fonte de riqueza destes países. Assim, as companhias tinham grande poder sobre a economia local destes países, e quando não respondiam a seus interesses, utilizavam-se da força para garanti-los. Exemplo disso foi quando, em 1910, um barco partiu de Nova Orleans rumo a Honduras com o objetivo de instalar um novo presidente pela força, pois o governo daquele país não cortara nos impostos em favor da companhia. O novo presidente empossado permitiu que a empresa ficasse livre de pagar impostos durante 25 anos.
O conceito também foi explorado pelo cineasta Woody Allen no filme Bananas, de 1971, que se passa na fictícia San Marcos.

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