Por
Fernando Alcoforado*
Vivemos
em um mundo que tem como uma das suas características principais a violência
praticada pelo homem contra seus semelhantes. A percepção de muita gente é a de
que a violência representa o predomínio do instinto animal que possuímos sobre
os valores da civilização. Isto explicaria a escalada da criminalidade e das
guerras em todas as épocas em todo o mundo. O debate sobre a violência coloca
na ordem do dia a questão sobre a natureza humana cujo tema foi tratado por
eminentes pensadores como Raymond Aron (filósofo e sociólogo francês), Henry
Bergson (filósofo e diplomata francês), Hannah Arendt (filósofa alemã), Sigmund
Freud (austríaco, neurologista e fundador da Psicanálise), Carl Rogers
(norte-americano precursor da psicologia humanista), Thomas Hobbes (cientista
político, filósofo e matemático inglês), Jean-Jaques Rousseau (escritor e
filósofo suíço) e Karl Marx (economista, filósofo, historiador e cientista
político alemão), entre outros. Há milênios cientistas e filósofos levantam a
seguinte questão: a natureza humana é inata ou é produto do ambiente ou de ambos?
É determinada geneticamente ou pela sociedade onde vive o ser humano ou por ambos?
Por
que o mundo se torna mais violento a cada ano? Não apenas se verifica um
aumento do número de conflitos armados no globo, como as próprias pessoas estão
mais violentas. Uma simples desavença de trânsito pode terminar em morte.
Pessoas calmas, sociáveis e aparentemente normais transformam-se, de uma hora
para a outra, em criminosos frios e implacáveis. Qual a explicação para isso?
Não é incomum a afirmativa de que desde que o mundo é mundo, sempre existiu a
violência entre os seres humanos. Será difícil encontrar alguém hoje que não
acredite nesta afirmativa. E, no entanto, ela é falsa. Nos primórdios da
humanidade não havia a violência que se manifesta
hoje nas relações entre os indivíduos e entre as comunidades humanas e estados
nações.
Nenhum
ser humano, nenhum povo daquele tempo longínquo teria tido a ideia de agredir
um seu semelhante. Nem sequer, eles seriam capazes de, por exemplo, de anexar terras
do seu vizinho contra a sua vontade, por meio da força bruta. É difícil tentar estabelecer
um paralelo entre o modo de vida dos seres humanos daquela época com a humanidade
de hoje. Naquela época, o viver em paz e harmonia com os seus semelhantes era
para os seres humanos algo tão natural como respirar, comer e dormir.
Seres
humanos já viveram na Terra, sem se ofenderem ou se maltratarem uns aos outros,
muito menos guerrearem entre si. Isso, contudo, foi há muito, muito tempo. Nenhum
registro dessa época chegou até o presente e, por isso, é suposto que esta situação
não tenha existido.
Segundo
Raymond Aron (1962), à medida que a vida do homem se organiza em famílias
e em bandos, menos prováveis nos poderiam parecer as condutas propriamente belicosas.
A maior parte dos animais luta, mas são raras as espécies que praticam a guerra,
entendida como ação coletiva e organizada (ARON, Raymond. Paz e Guerra entre
as nações. Editora Universidade de Brasília, 1962). Aron afirma que a
guerra é o choque de condutas organizadas, uma prova de força entre “equipes”,
cada uma das quais pretendendo levar a melhor sobre a outra mediante a
multiplicação do vigor de cada combatente pela disciplina do conjunto. Neste
sentido, a guerra não pode ser anterior à formação de equipes, fenômeno social
que implica na existência da sociedade.
Vamos
encontrar na Suméria a primeira prova da existência de tropas com treinamento militar.
O
homo sapiens surgiu há cerca de 600.000 anos. A revolução neolítica, a
agricultura regular
e a criação de animais datam de uns 10.000 anos. As civilizações ou sociedades complexas
surgiram há cerca de 6.000 anos. Isto significa dizer que o período denominado
histórico representa um centésimo da duração total da existência da humanidade
no planeta Terra. Segundo Aron, nenhum antropólogo encontrou jamais qualquer
prova de que os homens tivessem elaborado uma organização ou uma tática de combate
antes da Idade do Bronze (3300 a.C. a 1300-700 a.C.). Não surpreende, pois,
que os primeiros indícios incontestáveis dos exércitos e da guerra datem da
Idade do
Bronze que é um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga
metálica resultante da mistura de cobre com estanho.
Assim
como para os primeiros seres humanos seria inconcebível a ideia de causar qualquer
dano ao seu semelhante, hoje, soa como ilusão, fantasia, a ideia de um mundo sem
conflitos, por considerarmos a violência como uma característica própria do ser
humano. Pode-se especular se não teria havido uma fase intermediária entre os
muitos milênios durante os quais o homem viveu sob a ameaça das feras e o
período, bem mais curto, em que a ameaça a sua segurança passou a se originar
em outros homens. Seria uma época em que os homens possuíam meios técnicos
suficientes para a defesa contra as feras e sem engajamento na busca das
riquezas e nas lutas de classes, nas conquistas e nos domínios. Está
demonstrado que sociedades pequenas, sem instrumentos metálicos, isoladas,
ainda não mostram traços característicos das sociedades belicosas.
Raymond
Aron afirma em sua obra acima citada que os biólogos chamam de agressividade
a propensão de um animal a atacar outro da mesma espécie ou espécie diferente.
Na maior parte das espécies (mas não em todas) os indivíduos lutam entre si. Alguns
não são agressivos (isto é, não tomam a iniciativa do ataque), mas se defendem quando
são atacados. Entre os primatas, o homem se situa na parte inferior da escala
de agressividade. Enquanto animal, é relativamente combativo. Em outras
palavras, basta um estímulo pouco intenso para levá-lo a desencadear a
agressão.
Segundo
Aron, entre os vertebrados superiores, os grupos frequentemente manifestam agressividade
com respeito a indivíduos que não pertencem à sua coletividade. Na espécie
humana, porém, as manifestações de agressividade são inseparáveis da vida coletiva.
Mesmo quando se trata da reação de um indivíduo contra outro, a agressividade é
influenciada, de muitos modos, pelo contexto social. O surgimento de uma
existência propriamente social não foi a única causa das novas dimensões que assumiu
o fenômeno da agressividade: a frustação e a inadaptação resultantes da reação agressiva
constituem o fato mais importante nas relações humanas.
Aron
é defensor da tese de que a frustação é uma experiência psíquica, revelada pela consciência.
Todos os indivíduos sentem frustações desde a infância. A frustação é antes
de mais nada a experiência de uma privação, isto é, um bem desejado e não alcançado,
uma opressão sentida penosamente. A cadeia de causalidade que leva às emoções
ou aos atos de agressividade se origina sempre em um fenômeno externo. Não há
prova fisiológica que haja uma incitação espontânea à luta, originada no
próprio organismo do indivíduo. A agressão física e a vontade de destruir não
constituem a única reação possível à frustração. A dificuldade em manter a paz
está mais relacionada à humanidade do homem do que à sua animalidade. O homem é
o único ser capaz de preferir a revolta à humilhação, e a verdade à vida.
Henry
Bergson, por sua vez, afirma que a origem da violência e da guerra é a
existência da
propriedade, individual ou coletiva, e como a humanidade está predestinada à propriedade,
pela sua estrutura, a violência e a guerra seria natural (BERGSON,
Henry. Les
Deux Sources de la Morale et de la Religion. French
& European Pubns, 1976). Os povos
que temem a falta de alimentos e das matérias-primas de que necessitam se julgam
ameaçados pela fome ou o desemprego, são capazes de tudo. Para sobreviver, estão
prontos a atacar. Assim nascem as guerras autênticas, ajustadas à sua essência. Hannah
Arendt abordou a questão da violência em sua obra On Violence publicado
pela Harvest Book em 1970 na qual discute, especialmente com Niezstche e
Bergson, acerca do que ela chama da justificação biológica da violência. Estes
pensadores atribuem ao poder uma dimensão expansionista natural e uma
necessidade interna de crescer. A ação violenta, neste contexto, é explicada
como uma estratégia para conceder ao poder novo vigor e estabilidade. Arendt
contesta esta posição, afirmando que “nada poderia ser teoricamente mais
perigoso do que a tradição do pensamento organicista em assuntos políticos, por
meio da qual poder e violência são interpretados em termos biológicos.
Arendt
sustenta que nem a violência nem o poder são fenômenos naturais, isto é, uma manifestação
do processo vital, eles pertencem ao âmbito político dos negócios humanos,
cuja qualidade essencialmente humana é garantida pela faculdade do homem para
agir, a habilidade para começar algo novo. Arendt descarta as metáforas
orgânicas da violência como doença da sociedade. A desnaturalização do fenômeno
da violência em Hannah Arendt é sua recusa em associar o processo histórico com
a luta pela sobrevivência e a morte violenta no reino animal e de abrir mão do
significado da política
enquanto determinação do humano. Arendt refuta afirmações como a de Wright Mills
de que toda política é uma luta pelo poder e de que a forma básica de poder é a
violência, de Max Weber de que o domínio do homem pelo homem é baseado nos meios
de violência legítima ou de Bertrand de Jouvenel de que a guerra apresenta-se como
uma atividade que pertence à essência dos Estados.
Freud
enfatiza em sua obra os aspectos destrutivos do homem. Fica evidenciada a necessidade,
colocada por Freud, no sentido de controlar e de coibir o indivíduo, devido ao
perigo que ele poderia representar para a sociedade, o que o leva a concluir
que o homem, por ele preconizado, não é, socialmente falando, muito digno de
confiança.
Segundo
Freud, a sociedade civilizada está perpetuamente ameaçada pela desintegração por
causa dessa hostilidade primária dos homens entre si. A cultura tem de recorrer
a todo reforço possível a fim de erigir barreiras contra o instinto agressivo
dos homens.
Diante
de um ser tão hostil e desintegrador, nada mais natural do que a sociedade
fazer uso do seu poder de coerção (Ver o artigo de Sonia Maria Lima de Gusmão
sob o título A natureza humana segundo Freud e Rogers postado no website <http://www.rogeriana.com/sonia/natureza.htm>).
No
artigo acima citado, constata-se que, em Carl Rogers observa-se o oposto da
visão de
Freud, pois ele acredita que é justamente em um contexto coercitivo, onde o indivíduo
não pode expandir-se, ou melhor, atualizar o seu potencial, que o torna hostil ou
antissocial. Caso contrário, nada temos a temer, pois, seu comportamento
tenderá a ser construtivo. Rogers observa que, quando o homem é,
verdadeiramente, livre para tornar-se o que ele é no mais fundo de seu ser,
quando é livre para agir conforme sua natureza, como um ser capaz de perceber
as coisas que o cercam, então ele, nitidamente se encaminha para a globalidade
e a integração. A concepção de uma visão ingênua da natureza humana atribuída a
Rogers encontra-se bem longe da verdade porque ele tinha consciência de que
para se defender e movido por medos intensos, indivíduos podem e, de fato, se
comportam de modo incrivelmente destrutivo, imaturo, regressivo, antissocial e
nocivo.
Hobbes
tem como tese central sobre a conduta humana, que todos os seres humanos são egoístas
e estão dispostos a usar os outros em seu próprio benefício. Hobbes fala da “guerra
de todos contra todos”, à luta permanente que se desencadearia se os homens não
vivessem em segurança e tivessem que depender por completo dos seus próprios recursos.
Hobbes procura mostrar que não pode haver sociedade sem governo e sem as sanções
da lei. Haveria apenas indivíduos antagônicos entre si. Hobbes compara a vida humana
a uma corrida, em que temos que supor que não há outro objetivo nem outro prêmio
a não ser o de conseguir chegar em primeiro lugar. A competição – o desejo de superar
o outro – é parte da trama de nossas vidas: ou queremos alcançar algo à custa dos
outros, ou queremos defender aquilo que já conquistamos (Ver o artigo de Roger Trigg
sob o título A Natureza Humana em Hobbes postado no website
<http://qualiaesob.blogspot.com.br/2008/03/natureza-humana-em-hobbes.html>).
A
ideia central no pensamento de Rousseau se fundamenta na convicção da bondade natural
do homem. Segundo Rousseau, os percalços da socialização afastaram o homem de
si próprio lançando-o contra o seu semelhante. É nesse processo de
transformação que o homem se degenera. Porque ele abandona seus instintos
naturais passando a usar a justiça no lugar da piedade. Os sentimentos naturais
levam os homens a servirem o interesse comum, enquanto que a razão impele ao
egoísmo. Para ser virtuoso basta que o homem siga os sentimentos naturais mais
do que a razão. Para Rousseau, a socialização é a causa da desnaturação do
homem, e o melhor caminho para a sua degradação. A comunhão com a natureza é a
única forma de preservação da verdadeira essência do homem. (Ver o artigo de
Dalva de Fatima Fulgeri sob o título Conceito de natureza em Rousseau postado
no website <http://www.paradigmas.com.br/parad12/p12.6.htm>).
J.J. Rousseau pensava que as guerras
surgem, ou pelo menos se ampliam, com a expansão das coletividades e que a desigualdade
de classe e a propriedade individual estão ligadas às guerras de conquista e ao
domínio pelos guerreiros. Não poderia ser diferente, uma vez que as unidades políticas
foram forjadas para o combate e o preço da vitória foi sempre a terra, escravos
e metais preciosos.
Para
Marx, o que caracteriza o homem não é apenas a racionalidade, mas o fato de ser
o artífice do seu próprio desenvolvimento. Os seres humanos são capazes de
mudar o mundo
ao seu redor e, fazendo isso, mudam a si mesmos. (Ver o artigo A Natureza do Homem
Segundo Karl Marx postado no website
<http://nomosofia.blogspot.com.br/2011/10/natureza-do-homem-segundo-karlmarx. html>).
Marx apresentou uma definição da essência da natureza humana nos Manuscritos
Filosóficos, caracterizando os seres humanos como atividade livre e consciente,
em contraste com a natureza do animal. (Ver o artigo de Nildo Viana sob o título
A Renovação da Psicanálise por Erich Fromm postado no website
<http://br.monografias.com/trabalhos914/renovacao-psicanalise-fromm/renovacao-psicanalise5fromm.shtml>).
Marx afirma que os conflitos sociais resultam da divisão da sociedade em classes
com o surgimento da propriedade privada em substituição à propriedade coletiva dos
meios de produção imperante nas sociedades primitivas.
Pelo
exposto, constata-se que Aron defende a tese de que a agressividade é
influenciada, de muitos modos, pelo contexto social, Bergson, afirma que a
origem da violência e da guerra é a existência da propriedade, individual ou
coletiva, Arendt sustenta que nem a violência nem o poder são fenômenos
naturais, isto é, uma manifestação do processo vital os quais pertencem ao
âmbito político dos negócios humanos, Freud e Hobbes convergem em seus
pensamentos ao considerar os instintos agressivos do homem e a necessidade da
coerção para reprimi-los. A visão pessimista de Freud e Hobbes é contraposta à
de Carl Rogers que afirma que apenas em um contexto coercitivo o homem se torna
hostil ou antissocial e que se não há coerção ele tenderá a ser construtivo.
Rousseau tem como ideia central a convicção da bondade natural do homem e de
que a sociedade é que o degenera lançando-o contra o seu semelhante.
Marx
afirma que o homem é artífice do seu próprio desenvolvimento e que os seres humanos
são capazes de mudar o mundo ao seu redor e, fazendo isso, mudam a si mesmos.
Em síntese, fica bastante claro que a existência de uma sociedade baseada na justiça
social, antítese do desumano sistema capitalista em vigor, pode fazer com que
os seres humanos tenham comportamento construtivo e sejam capazes de mudar o
mundo ao seu redor e, ao fazer isso, mudar a si mesmos. Esta é a forma de
combater a violência que contribui cada vez mais para a desintegração social do
mundo em que vivemos.
Para
fazer com que os seres humanos tenham comportamento construtivo e sejam capazes
de mudar o mundo ao seu redor, é preciso educá-los. Kant, o filósofo, assim compreende
a educação: desenvolver no indivíduo toda a perfeição de que ele é suscetível,
Tal é o fim da educação. Pestalozzi, o pedagogo consumado, diz: educar é desenvolver
progressivamente as faculdades espirituais do homem. John Locke, grande preceptor,
se expressa desta maneira sobre o assunto: educar é fazer Espíritos retos, dispostos,
a todo o momento, a não praticarem coisa alguma que não seja conforme à dignidade
e à excelência de uma criatura sensata. Lessing, autoridade não menos ilustre, compara
a obra da educação à obra da revelação, e diz: a educação determina e acelera o
progresso e o aperfeiçoamento do homem.
O
combate à violência no mundo só será vitorioso com a educação de todos os seres humanos
em todos os quadrantes da Terra a fim de que, por este intermédio, adquiram a consciência
do mundo em que vivem, se organizem em cada país e em todo o mundo, para
realizarem as mudanças políticas, econômicas e sociais necessárias à eliminação
das desigualdades sociais e dos entraves ao desenvolvimento político,
econômico, social e ambiental em seus respectivos países. Paralelamente ao
esforço de educação de todos os seres humanos, é preciso que a humanidade seja
dotada o mais urgentemente possível de instrumentos necessários a ter o
controle de seu destino e colocar em prática uma governança democrática do
mundo. Este é o único meio de sobrevivência da espécie humana e de sustar a
decadência da humanidade que se manifesta na violência desenfreada como a que
ocorre no momento entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza. Não existe
nenhum outro meio capaz de assegurar os interesses da humanidade e de todas as
nações, de todas as formas de vida e das gerações futuras.
Uma
governança democrática do mundo não substituiria os governos de cada nação. Seu
papel seria o de construir a governabilidade da economia e do meio ambiente
global e a manutenção da paz mundial. Por seu intermédio, seria perseguida a
defesa dos interesses gerais do planeta. Ela zelaria no sentido de cada Estado
respeitar os direitos de cada cidadão do mundo buscando impedir a propagação
dos riscos sistêmicos mundiais de natureza econômica e ambiental. Ele evitaria
o império de um só e a anarquia de todos como ocorre no momento. Uma governança
com essas características só pode resultar do consenso entre todos os povos e
nações do mundo. A preservação da paz é a primeira missão de toda nova forma de
governança mundial.
Amanhã,
quem vai governar o mundo? Ninguém, provavelmente, se nada for feito para construir
uma governança global. E este é o pior cenário. No entanto, as crises econômica,
financeira, ecológica, social e política mundial e o desenvolvimento de atividades
ilegais e criminosas de hoje mostram a urgência de uma governança mundial.
A
humanidade tem de entender que tem tudo a ganhar se unindo em torno de uma governança
democrática no mundo representativa dos interesses das nações, incluindo amais
poderosa, controlando o mundo em sua totalidade, no tempo e no espaço.
A
nova ordem mundial a ser edificada deve organizar não apenas as relações entre
os homens
na face da Terra, mas também suas relações com a natureza. É preciso, portanto,
que seja elaborado um contrato social planetário que possibilite o desenvolvimento
econômico e social e o uso racional dos recursos da natureza em benefício
de toda a humanidade. A edificação de uma nova ordem mundial baseada
nesses
princípios é urgente. Esse governo vai existir um dia mesmo que aconteça após um
gigantesco desastre econômico ou ambiental. É urgente pensar nisso para sustar
a violência
e as guerras que proliferam em todo o mundo.
*Fernando Alcoforado, 74, membro da Academia Baiana de
Educação, engenheiro e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento
Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas
áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional
e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização
(Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora
Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da
Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona, http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944,
2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia-
Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea
(EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development-
The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft &
Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(P&A Gráfica e Editora, Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica,
Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.
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